Capítulo 2

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– Cara, você tá gostando dela, admite! – Dizia Breno, melhor amigo de Felipe.

– Somos apenas amigos, Breno. Já falei. – Falou Lipe, dando uma mordida em seu sanduíche natural. Os dois estavam no intervalo de aula da faculdade, fazendo um lanche e conversando sobre Bianca.

– Ela também gosta de você cara! Dá para ver pelo jeito como vocês se olham, como vocês conversam... – alertar Breno, gesticulando para Felipe, tentando deixar claro que era algo óbvio.

– Não enche! – Falou Felipe, irritado. – A Bia me vê apenas como um amigo, eu a trato com todo o carinho e respeito do mundo. E mesmo que eu quisesse algo com ela...

– AH! Então você assume que quer? – interrompe Breno com uma carinha de "eu já sabia, fazendo com que Felipe ficasse corado e envergonhando, mas sem dar um pio – Chama ela pra sair, cara! O não você já tem – Sugeriu o amigo. Felipe ficou pensativo.

– Não sei se é uma boa ideia, cara... – Lipe disse.

Felipe sempre teve admiração por Bia, mas após a morte de sua mãe, Lipe se sentia em uma posição de "protetor", além de serem amigos. Ele se preocupava com a saúde mental de Bianca, e principalmente em ter a certeza de que ela estava bem, não apenas para cuidar da casa (já que ela era a única que tinha condições de trabalhar) e de sua irmã, mas também para conseguir virar uma advogada, como era seu sonho.

Por esses motivos, Lipe tinha um certo receio de tentar algo com Bia e ela não querer, e isso causar um clima tenso e um tanto desconfortável para ambos. A amizade deles era extremamente importante, e ele jamais queria que ela esfriasse ou que houvesse qualquer razão para que eles se afastassem.

– Pelo menos tenta. – aconselhou Breno. – Cara, olha para o próprio pai da Bia. Hoje ele está extremamente mal, perdeu a mulher que ele amava. O amanhã é incerto, a nossa única certeza se chama morte. Não espere perder quem você ama para dar uma chance a ela, a história de vocês é linda. E se ela não quiser, faça de tudo para que a amizade continue e tente lidar com o não dela, ou até mesmo com o sim. – concluiu.

– É, tem razão. – Disse Felipe, pegando o celular – Vou ligar pra ela.

– Vai lá! – disse Breno animado com a atitude do amigo.

CHAMADA ON

Bia: Alô?

Lipe: Oi lombriga desnutrida. – Riu.

Bia: Olá, cavalo azedo! – Riu de volta.

Lipe: Bom... Será que podemos sair amanhã?

Bia: Claro! Que horas? E para onde?

Lipe: 16:00, no cinema. Pode ser?

Bia: Está bem. Te encontro na praça.

Lipe: Beleza. Tchau!

CHAMADA OFF

– Pronto. – Falou Felipe olhando para Breno, que sorriu com a notícia e que estava nervoso ao mesmo tempo.

– Eu disse, não disse? – falou Breno, dando um "tapinha" nas costas de Felipe – Boa sorte, cara! Tenha coragem para fazer o que deve ser feito, e não perca tempo

– Valeu. – disse Felipe, se despedindo e voltando para a sala de aula.

Felipe estava com 23 anos e já estava há 3 anos na faculdade. Fazia administração, e trabalhava em um banco nacional. Desde pequeno Felipe sempre teve facilidade com cálculos e com finanças, tendo em vista que sua mãe era economista.

Era Apenas Amizade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora