𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟺

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SeuNome

Cinco dias se passaram desde da minha briga com Noah, não nos vimos e ele não mandou mensagem, queria que aquilo não tivesse afetado ele, mas eu sabia que afetou, ele pensava demais e tinha muitos problemas de confiava e eu não o julgava mais depois de tudo ele ainda me ignorava?

"Cara, tu tá horrível." Heyoon falou parando na sala.
"Sinceramente, tô mesmo." falei largando o celular encima do sofá.

Heyoon me encarou por alguns segundos antes de dar um longo suspiro e se sentar do meu lado no sofá.

"Tem alguma coisa haver com o Noen?" perguntou.
"Noah." corrigi "E sim, brigamos, ele acha por algum motivo que eu ainda sou afim do Patrick."
"E?"
"E eu não sou, só que não entra na linda cabecinha dele." expliquei.

Encarei a coreana por alguns segundos esperando alguma palavra de sabedoria sair de seus lábios, mas ao invés disso foi um sorriso e então um bater de palmas e Heyoon estava de pé na minha frente.

"Iremos sair para dançar." falou após alguns segundos.
"Que?" perguntei "Acho melhor não, não tô no clima."
"Uma noite só das meninas, vou ligar pra Savan e a Shiv, vamos naquele na Black Flamingo." falou puxando o celular.
"Mais fica no Brooklyn." resmunguei.
"Só meia horinha, a Savan tem carro, vai ser rapidinho, agora para de ser chata e vai se arrumar."

Revirei os olhos indo praticamente rastejando até o meu quarto. Tirei a minha roupa me enfiando debaixo do chuveiro, tomando um banho rápido e lavando os meus cabelos.
Não queria ficar em casa durante o fim de semana inteiro esperando o meu celular apitar por uma mensagem de Noah, talvez eu devesse enviar uma, mas cansava, sempre ser a que vai atrás todas as vezes.

"Coloca a roupa que tá encima da cama!" Heyoon gritou "As meninas já estão subindo."

Nem me preocupei em responder Heyoon, ela era como se fosse uma super mãezona para todos ao redor e eu não discutia. Savannah e Shivani eram alunas de intercâmbio, assim como Heyoon, Savannah da Austrália e Shivani na India.
Terminei o banho e finalizei o meu cabelo, distribuindo os cabelos e os secando com o secador no baixo, fazendo por fim dois coques, um em cada extremidade da cabeça.
Me enrolei na toalha e fui até o meu quarto, não era uma das minhas roupas que estavam encima da cama, era um conjunto roxo, uma calça legging com boca de sino, com várias tiras dando espaço para a coxa ficar nua e um top simples com decote em V com uma faixa simples um pouco acima dos seios. Respirei fundo e vesti a roupa, não me importando em vestir uma roupa intimida porque senão ficaria marcada. Fiz uma maquiagem básica, e coloquei um par de tênis da FILA branco.
Parei na frente do espelho me olhando por alguns segundos, estava gostosa pra caralho e não me importava com pele demais aparecendo, eu havia gostado.

...

Savannah conectou o celular no rádio bluetooth, deixando a voz da Doja Cat explodir nas caixas de som do carro.
Heyoon me entregou o vaper e eu apertei o pequeno botão, sentindo o gosto de essência de blueberry invadir a minha boca enquanto eu fazia anéis de fumava, Shivani bebia uma garrafa de vinho sem se importar com oque estava acontecendo no banco de trás, nós quatro só queríamos nós divertir sem se importar com os rapazes estúpidos que estavam por aí.
Black Flamingo era um pub LGBT localizado no Brooklyn, eu já havia ido algumas vezes com a Heyoon e curtia o lugar, era livre, pra aquelas que queriam dançar ou pra aquelas que queriam achar alguém pra passar a noite.
D

eixei os meus quadris se levarem no ritmo de Say So, da Doja Cat, ela estava estourando e eu estava simplesmente viciada nessa música.
As luzes piscavam e eu me sentia levemente tonta por causa da bebida que havíamos ingerido no caminho, mas não importava, eu queria dançar e não me importar com a ressaca que eu iria ter no dia seguinte.

"Day to night to morning, keep with me in the moment, i'd let you had I known it, why don't you say so?" cantei.

Em poucos segundos a música acabou mudando para Tusa, da Karol G com a Nick Minaj. O ritmo latino me fazia lembrar de Any e me perguntar oque ela deveria estar fazendo no momento, suas folgas eram sempre na sexta, talvez ela tivesse saído para dançar também com alguma colega do trabalho, só sabia que sentia falta dela. Puxei o celular do bolso, já eram uma e meia da manhã, minha noção de tempo estava completamente distorcida, eu estava ficando distorcida.
Encarei por alguns segundos a tela brilhante me fazendo suspirar, era uma foto minha e de Noah, estávamos sorrindo, havia sido tirada quando decidimos tentar de novo, na noite em que ambos engoliram o orgulho e decidimos ficar juntos.
Andei meio cambaleante com o celular firme em meus dedos, estava nervosa, sempre ficava nervosa com facilidade.

"Três doses de tequila." falei tentando sobrepor a minha voz.

O bartender ergueu o polegar de modo positivo, pegando três copos de shots e colocando o líquido meio amarelado dentro, me entregando o sal e o limão em um pratinho de vidro separado. Passei um pouco de sal em meus lábios e então virei, um copo atrás do outro, pegando o limão e o chupando sentindo a bebida bater direito no fundo do meu cérebro, dando um nocaute na última parte inteligente que eu tinha.
Passei reto pela pista de dança, indo em direção do banheiro e entrando em uma das cabines. Conseguia escutar a música abafada oque me fez suspirar, puxando o celular o decote e o desbloqueando.
Disquei o numero de Noah e afundei as minhas costas na parede de azulejo do banheiro, escutando o barulho incômodo da chamada.

"Porque você não me atende?" gritei pro celular "Deve tá co... com uma daquel... estudantes de psicologia super inteligentes em suas festas conceituais ridículas."

Encarei o celular encerrar a chamada automaticamente e chutei a porra do banheiro, se ele não queria falar comigo eu também não falaria com ele.
Me levantei do vaso indo aos tropeços para fora da cabine até o espelho, minhas pupilas estavam dilatadas e eu me sentia dormente, estava bêbada pra caralho e pretendia ficar ainda mais, iria curtir, dançar até os meus pés reclamarem e tentar não pensar em Noah, mesmo sendo impossível tirar ele dos meus pensamentos.

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