𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟿

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SeuNome

Minha cabeça estava doendo, puta que pariu, Patrick havia acertado a minha cabeça com força total.

"Filho da puta." resmunguei.

Pisquei algumas vezes tentando me acostumar com a claridade do local, estava em um quarto cor de rosa, havia bichinhos de pelúcia, bonecas e coisas infantis por todo o lugar.

"Mais que porra..."
"Achei que você ia dormir pro resto da vida." Patrick falou.
"Onde eu tô?" perguntei rápida.
"Em um quarto, achei que estivesse óbvio." falou sorrindo.
"O Noah vai te achar e vai te meter a porrada, ele pode ser magrelo mais ele sabe dar uns socos."

Patrick deu uma risada se aproximando de mim, passando uma das mãos de leve pelo meu rosto e depositando um tapa forte na minha bochecha esquerda.

"Não fala dele, você não percebe que ele estragou tudo?" perguntou passando a mão novamente no meu rosto.
"Do que você tá falando?" perguntei em um murmúrio.
"Estávamos bem, você era a minha garotinha e ele tirou isso de mim e eu vou tirar isso dele, é óbvio, você não é burra."

Pisquei algumas vezes absorvendo as palavras de Patrick, na sua cabeça Noah era o culpado de não estarmos mais juntos, sendo que ele havia me dado um pé na bunda antes das férias mais isso não era motivo o suficiente pra ele surtar.

"Patrick, você vai me machucar?"
"Não, você só vai ficar aqui comigo e para isso der certo, você precisa ligar pro Noah e terminar com ele." falou.

Patrick discou o número rapidamente e eu reconheci por ser o antigo telefone de Noah, me fazendo suspirar antes dele colocar o aparelho no meu ouvido.

"(SeuNome)?" Noah chamou "É você? Me diz que é..."
"Sim Noah, sou eu." murmurei.
"Graças a Deus, onde você está?" perguntou nervoso "A polícia tá rastreando a chamada, tenta enrolar o máximo."
"Eu... eu só liguei para avisar que eu estou terminando com você." falei automaticamente.
"O que?"
"Eu estou com Patrick e estou feliz com ele, então Don't Dream It's Over não é mais a nossa música é minha e do Patrick, não pegue a fita que você gravou para mim e não venha atrás de mim." falei.
"Você quer dizer que é pra mim ir atrás de você, é isso né?" perguntou e eu me segurei para não revirar os olhos.
"Óbvio Noah, está tudo acabado."

Desliguei a tela do celular deixando a chamada em curso antes de colocar ela encima da mesa de cabeceira e encarar Patrick.

"E agora?" perguntei baixo.
"Tira a roupa." mandou "Não era disso que você gostava?"
"Quê?"
"Quando eu mandava em você, você curtia isso, de ser uma vadia submissa como sempre foi, então agora tira a porra da roupa." gritou.

Engoli a seco assentindo de leve me levantando da cama, tirando os meus sapatos primeiro, depois o meu casaco, calças e blusa por fim.
Dei um olhar rápido vendo uma tesoura de ponta afiada encima da penteadeira, se eu conseguisse pegar ela eu poderia ter uma mínima chance de não ser estrupada.

"Quando eu vi aquele vídeo seu com aquele merdinha do Noah, eu pensei que não era possível, ele não sabia como te foder de verdade e eu vou te mostrar isso."
"Espera." pedi "Não era assim que você fazia comigo, lembrar?"

Dei um passo em direção de Patrick colocando suas mãos em minha cintura, e pondo as minhas em seu pescoço.

"Eu era a sua bonequinha, lembra?" falei sorrindo "Sua garotinha."

Patrick passou a língua pelos lábios e eu senti a sua ereção começar a crescer contra a minha barriga me fazendo dar um passo para trás, mas sendo puxada em seguida pelo mesmo.

"Quer que as coisas sejam como antes?" perguntou.
"Óbvio, eu não sabia mais você estava certo, só você está aqui comigo, só você."

Patrick assentiu se inclinando em minha direção unindo os nossos lábios, meu estômago revirava e com vontade eu enfiei os meus dedos polegares em seus olhos, me inclinando para pegar a tesoura e enfiar em sua clavícula.
Escutei Patrick gritar de dor enquanto os meus pés me levavam para o lado de fora do lugar, eu estava correndo feito uma condenada para salvar a minha vida, não iria deixar ele levar o que eu tinha.
Assim que os meus pés tocaram a grama molhada eu reparei que estávamos no meio do nada, não conseguia reconhecer o lugar, talvez fosse na área rural de Nova Jersey, não sabia dizer. Senti o meu pé ser puxado e o meu queixo cair com tudo na grama, me fazendo soltar um gemido de dor.

"Mais que porra!" gritei "Me deixa em paz caralho!" gritei tentando chutar ele.

Patrick me virou encima da grama me deixando de barriga para cima, colocando as suas pernas encima dos meus braços enquanto eu tentava chutar ele.

"Qual é o seu problema?" gritou.
"Você é a porra do meu problema! Seu pedófilo doente do caralho!" gritei.

Patrick me olhou com raiva levando as suas mãos até o meu pescoço e o apertando com força. Sentia o ar sumir dos meus pulmões e a minha consciência sumir ao poucos.

"Filho da puta." sussurrei.

Pisquei os olhos tentando me manter acordada, sabendo que não conseguiria sentindo a raiva tomar conta do meu ser, não acredito que eu iria morrer assim, não pelas aos mãos de Patrick invés de estar colocando silicone em Beverly Hills. Puta merda, eu estou tão fodida.

Sex On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora