16 - You Like Me

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Taehyung 

Fingi não perceber seus olhos caindo lentamente em meu peito exposto, ainda sem camisa, descendo pelo resto do meu corpo enquanto eu o analisava por alguns segundos, pensando se o deixaria entrar ou não, tentando ignorar mentalmente a visão horrível de minutos atrás quando o vi aos beijos com aquela garota.

Mas infelizmente tive de aceitar que jamais me perdoaria se não descobrisse o porquê me procurou, por isso apenas sai de sua frente, abrindo caminho para que passasse e ele assim fez.

Fechei a porta ainda sem dizer uma palavra sequer, o observando caminhar curioso pelo quarto até parar ainda em pé no meio da sala, frente ao sofá onde me acomodei, sentando esparramado de qualquer maneira e encarando seu rosto visivelmente cansado, com os olhos levemente avermelhados...

Eu temia que ele tivesse transado com aquela tal de IU, mas não havia cheiro de sexo nele, apenas o cheiro do álcool que sem dúvidas bebeu ainda mais depois que me afastei, sem falar que suas roupas ainda eram a mesmas e estavam impecavelmente em seu corpo, sem sinal algum de remoção...

Então, diante dessa observação minha, decidi ouvir o que tinha a dizer.

- Você sabia que aquela empresa era a tal que prejudicou a do meu pai?

Me controlei para não girar os olhos debochadamente diante de sua dúvida estúpida, apesar já ter imaginado que seria algo que com certeza passaria por sua mente confusa. Mesmo assim, eu estava sem paciência demais, chateado e magoado demais para passar o resto da minha noite discutindo justo sobre aquilo com ele, por isso me levantei, caminhando até a porta, simplesmente a abrindo.

- Eu vou apenas acreditar que você está muito bêbado para me acordar no meio da madrugada procurando saber isso. Então... me deixe voltar a dormir e saia do meu quarto.

Jungkook virou o rosto, fazendo bico e cruzando os braços a cima do peito.

- Eu não saio daqui até que me responda tudo o que quero saber.

Eu ainda o encarei por mais alguns segundos, esperando por uma ação que não veio ao perceber que ele realmente não sairia então apenas respirei fundo e fechei a porta, caminhando de volta e sentando novamente no sofá a sua frente.

- Então pergunte de uma vez.

- Já perguntei.

- Não. Eu não sabia de nada. - Afirmei, o vendo da mesma forma, como se não acreditasse em mim. - Eu estava começando a conhecer a empresa, como sabe, tive apenas uma reunião com eles. Quer dizer, meia reunião, então, eu realmente não sabia de mais nada.

- Não era o que parecia, já que pareciam tão próximos... - Ele resmungou, me fazendo levantar as sobrancelhas diante de sua acusação, quando ele estava mais sujo do que eu nessa história toda!

- E sua amiga?! Você perguntou a ela se sabia de algo também?! - O questionei aborrecido. - Ela também parecia conhece-los bem hoje!

- Ela não sabia dos problemas de minha empresa.

- Ah, não foi o que pareceu quando ela te visitou no escritório dias atrás, abrindo uma enciclopédia sobre sua vida pessoal! - Rebati, virando o rosto diante do seu silêncio condenador.

- Tá... Ela sabia de algumas coisas. - Ele confessou. - Mas é diferente, eu conf...

Fechei forte meus olhos quando ele nem precisou terminar de falar para que eu entendesse o resto daquela frase, machucando meu peito já dolorido.

- Eu não quis dizer isso, é que...

- Não! - O interrompi. - Não tenta explicar, só piora. Não sou tão burro quanto pensa. Sei bem que sou apenas seu empregado e nada mais.

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