[❤] - Inosuke: Aluno Problema

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Era meu primeiro dia na escola KNY e eu já estava preparada para enfrentar qualquer tipo de acontecimento. Não não pensava que conseguiria arrumar uma vaga, porém consegui. Basicamente, você precisa fazer uma prova extremamente difícil envolvendo teoria e prática para ganhar uma bolsa e uma vaga.

— Okay S/n, você sempre esperou por esse momento, então não fique nervosa. — ao chegar na porta, retirei meus sapatos e procurei pelo meu armário onde teria os que eu usaria dentro da escola. Ao encontrar, guardei os meus lá dentro e calcei os novos.

Satisfeita, comecei a andar pelos corredores a procura da sala da diretoria, onde encontraria o senhor Ubuyashiki.

— TIRE ESSA COISA DA CABEÇA AGORA! — Escutei um grito vindo do final do corredor principal.

Aparentemente, havia um aluno mal criado usando uma cabeça de javali e um professor tentando pará-lo. Reconheci de imediato o Tomioka-san, já que ele era amigo da minha tia mais nova, porém nunca havia visto um estudante tão esquisito quanto esse que fugia dele.

— ME OBRIGUE!! HAHAHA! — anunciou o garoto com usando o acessório mais inexplicável de todos.

Eu fiquei tão distraída vendo aquela cena estranha e tentando raciocinar o porquê daquilo, que não percebi que os dois corriam na minha direção. Quando percebi, o rapaz já havia esbarrado comigo com toda a força, me derrubando no chão.

— AII!! OLHA POR ONDE VOCÊ ANDA, SEU- — Por um instante, desejei falar um palavrão bem alto por causa daquele idiota, mas no momento que vi o rosto dele, me senti paralisada.

— EH?? EU TENHO CULPA SE VOCÊ FICA NO MEIO DO MEU CAMINHO?? — O face daquele indivíduo sem noção parecia com a de uma boneca. O cabelo curto meio ondulado em um degradê de preto para azul, os olhos grandes e verdes com cílios definidos. Vendo aquilo, ri muito — TÁ RINDO DO QUÊ, SUA DESGRAÇADA??

— Nada... Só dessa sua cara de Barbie meio Gótica... — mesmo não o conhecendo, percebi que tinha atingido o ponto fraco dele. Ele começou a ranger os dentes.

— COMO É QUE É, SUA DESBOCADA DE UMA FIGA?? — Ele se levantou do chão me olhando com muita raiva, até fazer um cara surpresa ao sentir a mão do Tomioka-san no ombro dele.

— Você vai para a detenção. Aposto que o Obanai vai adorar te ver por lá. — citou com um pouco com sarcasmo. — Perdão por ter te recebido assim, S/n, é que esse idiota fica armando confusão direto aqui e eu tenho que obrigá-lo a seguir as normas.

— Sem problemas, Tomioka-san, sei como é lidar com gente dessa laia — sorri serena para o mesmo e ele retribuiu da mesma forma.

— EU TAMBÉM TÔ AQUI, ESTÁ ME OUVINDO, SUA RATA? — Gritou novamente o cara da cabeça de javali cruzando os braços e voltando a me mirar com ódio, até o mais velho dá um soco na cabeça dele.

— Hmph... A propósito, S/n, esse é Hachibira Inosuke. Acho que sua tia já deve ter falado dele com você, certo? — perguntou Tomioka-san, como se esperasse que eu dissesse sim.

— Na verdade não, Tomioka-san. — eu realmente não sabia quem era aquele incrédulo e nem me lembrava de minha tia ter conversado isso comigo.

— Oh... Bem, o Inosuke é seu colega de sala. É que a mãe dele, Kotoha, havia perguntou a sua tia se você não poderia ajudá-lo no decorrer do ano. — explicou calmamente enquanto o tal Inosuke grunhia com raiva devido ao galo que tinha cabeça.

— Como assim? Como o senhor sabe qual é minha sala?

— Bom, sua tia me disse. Ela recebeu o recado do diretor e me contou. Sobre o auxílio, é que as notas deles andam péssimas, e como você é uma garota bastante inteligente, a Kotoha achou que você poderia ajudar ele com os estudos. — me senti orgulhosa pelos elogios por parte da Kotoha-san e do Tomioka-san, mas uma fina sensação de chatice me dizia que conviver com aquele mentecapto seria um inferno.

— Claro! Farei meu melhor, Tomioka-san. — não gostei muito da ideia de ter que aturar ele pelo resto do ano, porém se era para causar uma boa impressão, então eu aceitaria qualquer proposta.

— Bom, vou levar você e o Inosuke até o Ubuyashiki. Ele vai ficar contente em vê-la e... Bom, ele já deve estar acostumado a ver esse aqui na diretoria para marcar problemas escolares.

Assim o Tomioka-san fez. Entramos na sala nos sentamos nas poltronas a frente da escrivaninha do diretor, com exceção do Inosuke. O que me impressionava era a maneira como ele mostrava um sorriso terno e calmo, mesmo com parte de seu rosto – pelo que ouvi dizer – queimado.

— Você é a S/n S/s, não é? — direcionou a palavra a mim calmamente enquanto continuava pleno.

— Sim. Fiz o exame que teve a uns meses e ganhei a vaga. Vim aqui porque eu preciso do meu uniforme pra poder comparecer a aula e meu horário, já que o senhor sabe onde pegar.

— Sei sim... E acho que o Inosuke poderá te ajudar a encontrar. — ao finalizar a sentença, Ubuyashiki-san olhou para o rabugento de cabelos meio azuis sentado no sofá do fundo.

— Hã? — até ele parecia confuso com o que o diretor tinha dito.

— Tomioka-sensei, pode voltar a direcionar suas aulas... E não se preocupe, eu tomo a rédea do que irei fazer com os dois. — Assim, Ubuyashiki-san demonstrou ter real conhecimento do que fazia.

— Claro. Nos vemos na sala, S/n — Tomioka-san saiu da sala, deixando apenas eu e Inosuke ali com o diretor.

— Bom, você não irá para a detenção com o Obanai se me fizer esse pequeno favor, Inosuke-kun. Pelo número de ocorrências que tive com você, já deveria ter sido expulso da escola, mas ainda estou lhe dando uma chance de se redimir. Então, poderia ajudar a S/n-chan?

— Tá... Desde que eu não tenha que ver minha mãe chateada... — ele esfregou a mão na nuca e assentiu. Nunca achei que o senhor pavio curto se importasse com aquilo.

— Ótimo. Podem ir agora.

Saímos da diretoria e iniciamos uma trajetória retilínea, só algumas vezes dobrando esquinas e subindo escadas. O silêncio súbito daquela situação não me agradava, portanto resolvi dialogar.

— Então... Por que você estava usando uma cabeça de Javali? — perguntei levada pela curiosidade. Não é todo dia que você um garoto usando algo do tipo em uma escola.

— Muitos não acreditam mas... Eu fui criado por javalis quando estive perdido da minha mãe. Só fui encontrado uns anos depois...

— Pensava que era pra esconder o rosto. — Brinquei um pouco pra ver a reação dele.

— Ah, vá se fuder, rata. Eu apenas puxei muito a minha mãe. — ele inflou um tanto as bochechas e colocou os braços atrás da cabeça.

— Então sua mãe deve ser muito bonita! — se eu ia aturar aquele ser estressado, teria que ao menos me tornar amiga dele.

— Que quer dizer com isso?

— Ué, você tem um rosto bonito, só que é feminino. Apenas isso. — Notei que um vermelho surgiu nas têmporas no Inosuke, mas não comentei nada.

— Hmph... Você... Também não é tão rata assim...

Após esse acontecimento, creio que um fino laço amistoso já tenha sido criado.

Kimetsu no Yaiba - Imagine!Onde histórias criam vida. Descubra agora