[❤🔥] - Sanemi: Irmão mais velho

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Há muito tempo desde que conheci meu grande amigo chamado Genya. Sempre estudamos juntos e nos demos muito bem, porque, afinal, éramos parecidos em certas coisas. Gostávamos de esportes, comíamos todo o tipo de comida e, o mais importante, tínhamos irmãos mais velhos.
Para vocês que não sabem, eu sou irmã mais nova da Kanroji Mitsuri, uma das garotas mais doces e populares da escola. Enfim, Genya logo associou que eu tinha um laço sanguíneo com a nee-san por conta do degradê esverdeado no cabelo.
Eu sempre vi o Genya como um irmão que eu nunca tive. Porém, teve um dia que isso mudou relativamente, especificamente no último dia do primeiro semestre. Eu havia recebido um bilhete no armário dizendo o seguinte:

"Por favor, encontre-me no terraço da escola, no final do dia. Você já sabe quem é"

— Haha... Genya... Que será que ele quer, hein? — guardei a cartinha de volta e me dirigi a minha respectiva sala.

Enfim, passaram-se as aulas e, como prometido, fui até o terraço da escola. Lá estava ele, de costas para a porta e olhando para o pôr do sol e aparentemente segurando algo nas mãos.

— Oi Genya! Queria me diz- — ao ouvir minha voz, ele virou-se automaticamente sorrindo. O objeto que ele segurava era nada mais que um buquê de tulipas.

— Oi S/n... — ele caminhou até mim lentamente, continuando a sorrir, notando meu rosto surpreso — Eu sei que é inesperado isso mas... Eu tinha que te falar. — logo, ele me entregou as flores e esfregou a mão na cabeça.

— G-Genya... — não sabia o que dizer. A sensação que tinha dentro de mim era uma mistura de ressentimento e espanto. Aquilo era realmente sério, algo que eu temia mais ainda.

— S/n... Eu gosto de você.

— Genya... Me desculpa mas... — ao falar isso, a expressão dele mudou para uma mais frustrada — Eu te vejo apenas como um amigo... Eu não sinto esse mesmo sentimento que você tem por mim...

Dei a ele as tulipas de volta e aguardei uma resposta, porém não houve. O Genya simplesmente passou por mim de cabeça baixa, jogando o buquê no lixo mais próximo da porta e saindo. Desde daquele dia, eu me perguntava como ele estava passando as férias de verão, porque ele não mandava mais mensagens ou dava notícias.

— Já chega! Eu vou conversar com ele cara a cara! — decidida, me arrumei da melhor maneira e peguei minha bicicleta — Nee-san!! Estou indo pra casa de um amigo, tá bom!

— Okay! Mas vê se não volta muito tarde. — respondeu docemente minha primogênita.

Com minha irmã já avisada, poderia ir tranquila para a casa do Genya, que não ficava muito longe por sinal. Foram apenas seguir algumas ruas, virar algumas curvas e pronto: Uma casa simples, com um dojo ao lado. Coloquei a bicicleta próxima a um poste e toque a campainha. Surpreendentemente, não fui recebida por quem eu esperava.

— Hm? Quem é você? — um rapaz alto e musculoso de cabelos brancos estava parado a porta. Pelo visto, ele praticava luta no dojo, porque estava cheio de cicatrizes no torso e algumas na face. Confesso que fiquei um pouco corada com aquela imagem.

— A-ahm... O Genya está? — perguntei tímida. Não é todo dia que você vê um garoto naquele estado na casa do seu melhor amigo.

— Ah... Você é a S/n, né? — ele me olhou dos pés a cabeça (algo que na minha percepção, era ruim) com uma expressão de seriedade.

— S-sou... Eu preciso conv- AH!!! — Antes que eu terminasse de falar, o mais velho me puxou para dentro da casa e me sentou no sofá da sala. — Isso não foi nada agradável!!

— Quem liga? Você vai ter que esperar um pouco, garota. O meu irmão tá num trabalho de meio período agora, volta um pouco mais tarde.

— Espera... Você é o irmão do Genya? — perguntei meio surpresa. Só agora havia notado a certa semelhança do cara das cicatrizes com ele. Os dois tinham olhos mais raivosos e roxos e um porte físico parecido.

— Meu irmão não deve ter falado meu nome pra você, não é? Aquele cabeção... Enfim, me chamo Sanemi Shinazugawa.

— S/n Kanroji. — falei com suavidade e sorridente, algo que fez o tal Sanemi me olhar com certa malícia. — Ahm... Algum problema?

— Ah... Você é irmã da Mitsuri... Isso explica seu cabelo e seu corpo. — o de cabelos brancos sentou do meu lado me observando ainda com aquele rostinho pervertido.

— Se você continuar com isso, eu vou te bater, seu tarado! — tentei me afastar dele, mas ele segurou meu pulso e me fez olhar nos seus olhos.

— E você tem coragem pra me bater? — a maneira de como ele aproximava o rosto do meu era tentador. Alguma coisa me impedia de fugir dele e me fazia querer ficar daquele jeito.

— O-o que... — por fim, senti uma textura macia e, ao mesmo tempo, áspera se sobrepor aos meus lábios.

Quando eu percebi, já tinha cedido a um beijo quente do Sanemi, onde ele tomava minha boca com a língua e, agora, me colocava nos braços enquanto realizava tal ato. Ele me levou até o que eu diria ser o quarto dele e me colocou contra a parede enquanto continuava com o beijo intenso.

— Gostei do seu beijo, garota... — ele punha a mão no meu queixo e erguia-o levemente. A boca dele estava em meu pescoço, soltando baforadas quentes que me arrepiavam.

Aos poucos, Sanemi desabotoou minha blusa e meu sutiã, e passou a deslizar os lábios pelos meus seios. Em certo momento, ele deu uma mordiscada no meu mamilo e gemi baixo.

— Quer dizer que você é sensível... Isso me faz querer te devorar — Quando ele ia retirando meu short, olhou pela janela e abotoou minhas peças superiores de volta. — Porém, terei que deixar para outra hora... Meu irmão já deve estar chegando. Vamos voltar para a sala.

Concordando, nós dois voltamos e nos sentamos no sofá. Ainda me sentia envergonhada com o que tinha acabado de acontecer. Passado uns minutos, Genya chegou e me observou meio entristecido.

— Por que deixou ela entrar? — direcionou-se ao Sanemi, que agora levantava e ia até a cozinha.

— Para vocês se resolverem. Não aguento mais a sua choradeira. — respondeu rispidamente, já atravessando a porta e nos deixando a sós.

— Hmph... O que você quer?... — o moreno desviou o olhar com repúdio, talvez como se eu fosse algo horrível demais para se ver.

— Genya, eu não quero que nossa amizade acabe. Eu sei que você me queria como uma namorada, mas eu apenas fui sincera... Você sempre foi e será um irmão para mim... — finalizando a sentença, aguardei sua reação.

— Eu... Também não quero que nossa amizade acabe. — ele voltou a me olhar e eu sorri e o abracei.

Finalmente eu poderia ficar em paz comigo mesma. E agora vinha a interrogação: Por que me senti tão atraída por Sanemi Shinazugawa, sendo que eu conheci ele hoje?

Kimetsu no Yaiba - Imagine!Onde histórias criam vida. Descubra agora