Capítulo 1

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Bom dia, povo mais lindo da internet!

É hoje que isso aqui começa, vocês vão poder conhecer um tiquinho do nosso casal - que por enquanto tá longe de ser um casal, infelizmente rsrs - e do passado deles.

Lembrando que a história tá no começo, então é bem importante que vocês cliquem aí na estrela pra votar antes mesmo de começar a ler, tá? Por favor!

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Tomei o restante da dose de uísque enquanto observava sem nenhum traço de empolgação a loira de cabelos cacheados tirar o sutiã e jogar na direção de um grupo de jovens que deviam gastar mais tempo batendo punheta do que respirando

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Tomei o restante da dose de uísque enquanto observava sem nenhum traço de empolgação a loira de cabelos cacheados tirar o sutiã e jogar na direção de um grupo de jovens que deviam gastar mais tempo batendo punheta do que respirando. Baixei a cabeça, cansado, sentindo o efeito leve da bebida que apenas degustei e me levantei de uma vez por todas. Eu nem sabia por que tinha ido ali. Não era o momento.

Fechei o botão do paletó e me dirigi à saída daquele inferninho de luxo. Não sabia o que faria com ele, nem o queria. Não agora. A Caixa Preta era projeto do Felipe, não meu. Minha participação sempre foi somente financeira e, claro, desfrutava do espaço quando sentia vontade. Agora eu precisava pensar em Marina. Era isso que devia estar fazendo e não olhando os peitos de uma dançarina qualquer. Nina era o único traço que restara de Felipe, de qualquer Leão na minha vida e eu faria tudo por ela.

Assim que entrei no carro, conferi o aplicativo no celular para me certificar de que não havia nenhuma blitz pelo caminho, pois não podia correr o risco de ser parado para fazer o bafômetro. Joguei o aparelho no banco ao lado e pressionei o botão de partida, dirigindo com pressa para o Itaim Bibi. Entrei no edifício onde já era bastante conhecido e usei minha chave para abrir a porta, algo que eu provavelmente faria pela última vez. Nossa amizade e parceria era assim, Felipe e eu tínhamos passe livre na vida um do outro porque éramos como irmãos, mesmo que não dividíssemos o mesmo sangue.

- Quem é? - Ouvi Dona Marta gritar assim que fechei a porta e ela saiu da cozinha.

A senhora de sessenta e dois anos era tia da Marina e do Felipe e tinha vindo para São Paulo por conta de tudo que aconteceu. Ela deu um sorriso triste ao me ver e eu me aproximei, abraçando-a e beijando sua cabeça.

- Onde ela está? - perguntei, recebendo como resposta um dedo apontado indicando o corredor. - Vou dar uma palavrinha com ela. Vocês duas jantaram?

- Fiz uma salada e um franguinho, mas a Nina nem tocou na comida, Arthurzinho - Marta suspirou com os ombros caídos. - Eu nunca a vi tão triste. Nem... antes.

Eu tinha quase quarenta anos, possuía o dobro da altura dela, mas sempre era chamado desse jeito pelas pessoas mais velhas que me conheciam há algum tempo. Achava engraçado e fofo, não me importava.

Assenti para Marta, preocupado, porque sabia o quanto estava sendo doloroso para Marina. Se eu me sentia como se tivessem arrancado parte de mim, ela com certeza estava pior; Felipe era seu mundo.

[DEGUSTAÇÃO] Minha Pequena MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora