O epílogo

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Era uma bela tarde crepuscular.
E o sol estava se pôndo como se estivesse se despedindo de mim.
Os pássaros cantavam suavemente o que aparentava ser a canção da morte.
A última sinfonia...
Vi flores com todos os tipos de cores que eu mesma não sabia da existência daqueles tons.
Porém, as mesmas ganharam um novo tom de vermelho.
O vermelho do meu sangue.
Minha vida foi completamente despedaçada.
Meus sonhos destruídos.
Meu passado mutilado sem piedade.
Meu presente dilacerado sem misericórdia.
Meu futuro roubado sem honra e glória.
Por aquele perverso homem e sua faca.
Vi minha vida inteira passando como um registro cinematográfico.
Dei meu último suspiro.
E ali foi o meu epílogo.
Aquela tarde de primavera foi o dia que minha existência foi apagada deste planeta.
O lindo campo de flores agora tem novos tons e uma decoração fúnebre.
Sempre achei o mundo um lugar terrível, contudo nesse dia ele parecia lindo.
Minha alma agora irá buscar novos rumos em um plano desconhecido...

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