Senhor das trevas

Pai e Mãe

Ana
Tem coisa mais chata que viver numa fortaleza e não sair pra lugar algum? A não ser um pequeno vilarejo onde não tem ninguém da minha idade e nem nada de bom. O próximo vilarejo ficam a 2.000 milhas de distância, quase um dia e meia de jornada.

Seria mas fácil se essa droga de lugar tivesse um trem. Mas não, vivemos quase como nômades. A diferença é que temos uma casa sobre nós, tirando isso.

Fica no meio do nada onde judas perdeu as botas e esqueceu de procurar. Grindewald me prometeu uma viagem, já se passaram 2meses e não fizemos nenhum planejamento de quais lugares iremos visitar.

Eu sempre sonhei em sair daqui, a última vez que fizemos uma viagem, foi para paris. O lugar era um horror (eu não penso isso hein!!!) Fedia a banheiro sujo, e aquelas pessoas que te olham com nojo.

Eu tinha uns oito anos, a melhor parte foi o grind que não largava da minha mão. Em compensação, nunca mais voltamos naquele lugar e meu nariz agradece.

Das vezes que toquei nesse assunto, ele sempre me pede paciência. Isso tem me deixado um pouco ansiosa, arrumei e desfiz minhas malas umas trinta vezes só nessa semana. Falta apenas um mês pra finalmente ficar sozinha com meu amor.

_Querida, está sonhando acordada de novo?. Diz grind me despertando dos meus devaneios.

_É... Pena que é só um sonho. Digo desanimado. _É sobre aquela viagem para Londres?Se for, já disse para ter paciência meu amor. Diz num sorriso encantador. _Esta bem, vou esquecer isso e vou ajudar a grifo com o jantar. Indago tristonha e ele me segurou pela cintura.

_ Anastácia, eu não gosto de te ver assim, tudo tem seu tempo e sua hora, nesse momento estou muito ocupado com alguns negócios. Diz simples e retruquei.

_Ah claro, os seus negócios são mais importantes do que eu, a minha vida inteira você e eu nunca tivemos um tempo para nós, vc sempre teve que sair para resolver esses malditos negócios. Esbravejei, ele permanecia neutro.

_Eu sei minha querida, só me de um tempo e eu prometo que ficaremos juntos. Diz compreensivo.

_ Tá bom, eu quero ficar com você, eu quero amar você sem ter que me esconder de ninguém. _ Eu também meu amor, prometo a você que ninguém nunca vai nos separar. Diz selando nossos lábios.

_Agora é sério querido, preciso ajudar grifo com a comida... Grindewald me ajuda. Digo sentindo uma dor muito forte na cabeça, umas imagens apareceram na minha cabeça. Estava tudo confuso e embaralhado. Me aconcheguei nos braços de grind que tentava me manter calma.

_Ana tenta se acalmar, vai ficar tudo bem meu amor... Respira fundo. Diz calmamente, mas era inútil, a dor não passava, e as imagens ficavam cada vez mas confusas.
Eu grunia de dor, serrava meus dentes e segurava o paletó de Gellert com muita força, em um momento tudo passou. Me sentei no baú do quarto de grind, completamente suada e fraca, o mesmo mantinha seu olhar preocupado sobre mim.

_Você está bem querida? _E-eu tô enjoada, não sinto minhas pernas. Digo olhando para as mesmas que estavam trêmulas como as mãos.

_Eu vou buscar água para você, vai ficar tudo bem amor. Diz saindo.

Me levantei com dificuldade e me deitei na cama, estava confusa sobre o acabou de acontecer, fechei meus olhos por um instante e quando abri. Vi a mulher dos meus sonhos (kkkkk) bem a minha frente, com o aspecto de preocupação, se aproximou de mim e tocou meu rosto. Seu toque era mínimo, sua pele era fria como a de um cadáver.

_O que está fazendo aqui? Digo assustada. _Eu vim te ver, não é bastante óbvio?. Diz irônica. _ Tô sendo educada com você, não precisa se irritar. Digo sem humor.

_Você se parece tanto com seu pai. Diz simples. _C-como assim? Você conhece meu pai? Como ele é?. Digo animada.

_Alto, loiro, tem barba e bastante antiquado. Ele é professor de defesa contra as artes das trevas... _Espera, espera... É muita informação pra minha cabeça, arte das trevas? Ele é algum tipo de soldado de Cristo ou testemunha de Jeová? e eu não imaginava que ele era loiro, eu sou ruiva_segurei meu cabelo confusa_ Não importar, ele é meu pai e eu quero muito conhecê-lo aaah . Digo muito animada.

_Você não para de falar em? Até isso vc puxou a ele, pelo menos é bonita. Isso vc puxou de mim... Bom a ele também . Disse orgulhosa. _Então, você é... Minha mãe?. Digo surpresa.

_Sim baby, eu sou. _Mas você é... _Jovem e linda? Sim, eu tive vc com 17, e o seu pai queridinha... Era meu professor. Diz me deixando sem graça.

_Uau, isso que é um fetiche bem bizarro. Digo chocada.
_Sabe né? Aquele par de olhos azuis me deixavam louca, mas enfim, ele não me amava, mas eu dei um jeito de segura-lo por um tempo. Diz com um olhar malicioso.

_Tem certeza que você é minha mãe? Você é louca. _Eu sou uma bru..._ Meu amor, está falando com quem?. Diz com uma cara desconfiada. Óbvio que a mulher ou melhor a minha "mãe" sumiu como sempre.

_Com ninguém amor, por que demorou tanto?. Digo mudando de assunto. _Resolvendo os problemas de casa, só para cuidar de você. Diz sorrindo.

_Oh meu amor, eu te amo muito. Digo selando nossos lábios.

_Eu também minha querida, está melhor ?. _Estou amor, só um pouco fraca. _Procure descansar, estarei aí seu lado se precisar. Diz pegando um livro pra ler, me virei para o outro lado tentando dormir. Quem sabe poderia ver a minha mãe e ela poderia me falar quem é pai?.