Após o nascimento de Benjamin. O reino de Kezzar foi atacado, por uma doença misteriosa*; todos os moradores do reino foram contaminados. Uma terça parte da população morreu... E a morte também chegou a família real.
ㅡ Pai? ㅡ chego ao aposento real e vejo meu pai na sua cama deitado, pálido e fraco.ㅡ MISERICÓRDIA! Não me deixe aqui! ㅡ choro com a cabeça em seu peito.
ㅡ Cof cof, meu filho, cof cof ... ㅡ meu pai tenta falar mas a tosse o faz parar. ㅡ Você tem que ser forte! O reino precisa de você.
ㅡ Não! Eu preciso de você! ㅡ choro mais ainda.ㅡ eu não posso te perder...
ㅡ "A tempo de nascer e a tempo de morrer" ㅡ recita um versículo sobre o tempo. ㅡ A minha hora chegou! Eu te amo meu filho...
ㅡ Eu também te amo pai ... ㅡ digo soluçando alto.
O estado do rei só piorou. Até que seu corpo já não reagia bem, assim como uma terça parte dos moradores de Kezzar não resistiram à doença.
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10 anos depois.
As lembranças do dia em que o meu pai morreu, me atormentam até hoje, que eu algum dia, consiga fazer a metade do que ele fez por Kezzar.
ㅡ Foi doloroso demais, ver o meu pai morrendo aos poucos na minha frente. ㅡ desabafo a Jasmina minha prima e melhor amiga. ㅡ eu vi ele tossir e vomitar sangue!
ㅡ Por Deus! Eu nunca imaginei que o tio Rômulo e tia Clarice morreriam dessa "doença" misteriosa. ㅡ Ela vem em minha direção e me abraça forte. ㅡ Deus e eu estaremos com você.
ㅡ Amém.
Depois da morte de meus pais, os pais de Jasmina vieram me ajudar a por o reino em ordem. Eles ficaram no reino por cerca de 7 meses até eu estar pronto para exercer o meu papel. Mas eu só tomei posse do trono com 20 anos. Enquanto eu não completava meus vinte anos, o reino ficou sendo cuidado pelo sacerdote, até que eu pudesse assumir.
ㅡ Você já imaginou o que seria de mim, se vocês não viessem para cá? ㅡ começo a andar de um lado para o outro .
Jasmina me observa atentamente e percebe que estou a ponto de cavar um buraco no chão.
ㅡ Por Deus, PARE! ㅡ Ela se levanta da sua cadeira e me segura pelos braços. ㅡ Você tem se alimentado bem?
Balanço a cabeça, afirmando que não.
ㅡ Deveria te dar uma surra! ㅡ Ela esbraveja. ㅡ Você quer adoecer? O por que, que vossa "Excelência" não está a comer? Paixão? Haha ㅡ diz ironizando com a minha cara.
ㅡ haha, Some daqui ㅡ gargalho me soltando ㅡ preciso de uma cozinheira eficiente... A Luiza já está velhinha.
ㅡ Verdade! vamos fazer um concurso, para contratar uma cozinheira eficiente. ㅡ ela diz toda empolgada ㅡ e se a cozinheira for bonita?
ㅡ Não mudará nada! Eu não me envolverei com ninguém por interesse do meu estômago em ter comida boa, e nem, por causa de beleza.
ㅡ Ok! Já irei providenciar tudo para que o concurso aconteça o mais rápido possível...
Minha prima rapidamente sai da sala de reuniões, me deixando lá sozinho. As vezes me sinto entediado por não ter nada interessante para fazer aqui no castelo. E esse é um dos meus momentos de tédio, decido ir espairecer; corro até o celeiro e peço a Mário para que prepare um cavalo para mim.
ㅡ Por favor Mário, eu quero o meu cavalo, para ir passear ok? ㅡ Digo indo em direção ao meu cavalo e lhe dando um beijo na sua crina. ㅡ volto daqui a 5 minutos.
ㅡ Estará pronto, majestade! ㅡ Mário faz uma reverência e vai de encontro ao meu cavalo para o preparar.
Saio correndo até o meu quarto e pego um capuz e saio do quarto novamente.
ㅡ Aonde pensa que vai? ㅡ A voz de Jasmina ecoa pela casa, me fazendo parar no meio da escada ㅡ irás sair novamente?
ㅡ Mina,é só um passeio pela vila. Eu preciso ver o meu povo, ter mais contato com as pessoas... ㅡ Digo fazendo bico.
ㅡ Vá logo! ㅡ ordena.
ㅡSim, mamãe! ㅡ balanço a cabeça e volto a descer as escadas.
Quando o assunto é regras, eu sempre obedeço, mas eu sempre amei estar no meio do povo, ver as pessoas, sentir o calor humano. Então sempre que dá, eu vou até o vilarejo ver o povo.
ㅡ Vamos Thor! ㅡ chego no celeiro já chamando meu cavalo.
ㅡEstá pronto, como o senhor ordenou majestade. ㅡ Mário me informa.
ㅡ Obrigado! ㅡ digo montando em thor e partindo.
Quando me aproximo do vilarejo alguns camponeses já vem até o meu encontro para me cumprimentar.
ㅡ Deus te proteja meu rei! ㅡ Um camponês grita.
ㅡ Amém!ㅡ grito também.
Continuo a cavalgar até que vejo que thor para bruscamente.
ㅡ O que foi amigão? ㅡpergunto fazendo carinho nele.
Quando eu desço do cavalo percebo o motivo da parada brusca do Thor.
ㅡ Um rato? ㅡ olho pro thor e o questiono. ㅡ menino seja mais valente meu caro.
ㅡOh meu Deus Margarida. ㅡ Uma camponesa ruiva corre até o rato que está caído e o pega. ㅡ Olha o que aconteceu!
A jovem nem percebe minha presença.
ㅡ Cof Cof! ㅡ finjo tossir para chamar sua atenção. ㅡ algum problema?
ㅡ Misericórdia! Vossa alteza? ㅡ então a moça me olha e percebe de quem se trata ㅡ mil perdões, pelo meu descaso com vossa excelência...
Ela faz uma reverência desajeitada que me faz gargalhar.
ㅡ O que houve? ㅡ diz ficando vermelha.
ㅡ Nada! ㅡ finjo seriedade.
ㅡ MENTIROSO! ㅡ me acusa, mas logo percebe a besteira que fez. ㅡ Aí me desculpa alteza.ㅡ Ela se ajoelha na minha frente.
ㅡ Se levante! ㅡ estendo a mão pra ela ㅡ Não se preocupe com isso.
ㅡ Obrigado amado da minh'alma... ㅡ ela diz e mais uma vez fica vermelha ㅡ com licença alteza. ㅡ Ela simplesmente sai correndo toda envergonhada.
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Dicionário medieval:Doença misteriosa*: Influenza.
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Nota da autora: Oi pexual, espero que vocês gostem do capitulo.
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A Vinha
SpiritualE se você estive frente a frente com um rei mais poderoso que você, e ele quisesse o seu reino em troca de um reino maior e mais estabilizado e muito mais luxuoso,e com direito a um belo casamento arranjado, você trocaria? É essa pergunta que os co...