Capítulo novo, cambada. Tenha uma boa leitura.
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Terça, vinte e quatro de fevereiro de dois mil e vinte e um — Nova York
Acordo elétrico já sentindo meu coração bombear mais rápido. A apresentação é hoje.
Entendem o que eu digo? É hoje. A chance de eu simplesmente colapsar e esquecer tudo é enorme.
Eu vou infartar.
Olho o relógio digital em cima da cômoda a frente indicando 05:33. É cedo, muito cedo e impressionantemente não estou com um pingo de sono mesmo tendo ir dormir tarde. Aquele clássico caso da criança que está muito ansiosa pra viajar com os pais, dorme muito tarde de tanta ansiedade e acorda mais cedo que o necessário sem conseguir se conter com a animação.
Rolo da cama chegando ao chão. O geladinho me acalma, não sei bem o porquê, mas o piso gelado tem um efeito relaxante sobre mim.
Eu ensaiei e reensaiei essa mesma dança milhares de vezes, tudo irá dar certo. Tem que dar, se não eu perco minha oportunidade de trabalhar com Kyle.
Sim, Kyle Hanagami é sobre quem estou falando. Há uns meses ou talvez semanas, meu senso de tempo não é dos melhores, se infiltrou na faculdade procurando novos destaques.
Ficou lá miudinho bisbilhotando tudo ao redor, imagina minha surpresa quando descobri que alguém tinha me notado e que ainda por cima essa pessoa era KYLE HANAGAMI.
Ele me ofereceu um oportunidade de trabalhar com ele temporiamente como uma forma de teste, mas tudo isso irá para o ralo de eu não passar...
O que irá acontecer se eu cair ou então travar ou então desmaiar ou... as possibilidades são infinitas.
Eu vou infartar.
Pego meu celular abrindo o twitter para ver se alguma coisa aconteceu, famoso morreu, avião caiu e etcetera, mas nada. Como sempre, nomes aleatórios que eu não faço a mínima idéia de quem são estão rodopiando pelos trending topics.
Mas entrar no twitter me lembro de algo ou melhor, alguém.
Gaby.
Certo, podemos dizer que eu tô um tanto envergonhado pra chamá-la. Me diz, onde é que eu tava com a cabeça pra chamar a mulher de "metade da minha laranja"? Qualquer coisa eu digo que foi por conta do sono, uma desculpa inteligente e aceitável.
A conversa foi divertida, tivemos essa conexão, pelo menos do meu lado, que fez tudo ficar mais espontâneo, não teve aquela coisa forçada, foi legal conversar com ela, gostaria de conversar de novo, mas não agora. Agora quero enfiar minha cabeça em um buraco.
Envio umas mensagens a ela e deixo o celular em cima da mesa de cabeceira seguindo meu caminho para o banheiro, se eu errar que pelo menos eu esteja cheiroso.
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The DM (sendo reescrita)
FanfictionEm uma noite qualquer em um dia qualquer de um ano qualquer, nasceu Any Gabrielly, uma menina que foi feita para viver pela arte. Desde muito cedo ela foi exposta a diversos meios artísticos o que a fez mergulhar nisso, ela pintava, dançava, atuava...