Capítulo 23

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Pov Josie

Evellyn tava sentada em frente a um computador, eu tava deitada na cama olhando para ela e imaginando o quão eu era sortuda por ter essa mulher do meu lado. Evellyn é a mulher mais incrível que já conheci, a gente se deu bem de primeira, uma dama para os outros e uma safada na cama, uma companheira inigualável.

— Tá pensando em que meu amor? – Ela me olhou por cima do óculos de grau e eu sorri.

— Só estava te observando.

Ela me jogou um olhar safado e se concentrou no computador novamente. Eu continuei a observando, até que ela tirou o óculos e colocou em cima da mesa.

— Josie não acha que Cheryl pega muito pesado com Toni as vezes?

— Não sei como anda o relacionamento delas Ruivinha, mas elas sempre foram assim, se matando e se beijando.

— As vezes fico com pena do meu pequeno monstrinho, ela é apenas uma boba apaixonada, não que Cheryl não seja apaixonada, mas ela é muito explosiva.

— Evellyn não é defendendo Cheryl, mas Toni parece que gosta de provocar ela as vezes.

Evellyn fez um curto silêncio, parecia repensar a situação.

— Vou conversar com ela sobre isso depois.

— Você não deveria se meter no relacionamento delas.

— Mas eu vou, é a Toni e eu me importo com ela.

Solte uma longa respiração.

— Evellyn elas brigam e transam e já tá tudo bem depois.

— É exatamente esse o problema Josie, elas precisam parar de se matar e resolver tudo com sexo.

Revirei meus olhos para ela com tédio, Evellyn me olhou colocou uma mão na cintura e levantou uma sobrancelha.

— E não revire os olhos para mim Josie McCoy! – Ela falou apontando um dedo em minha direção. — Você parece uma criança birrenta as vezes.

— Venha aqui chegue Ruiva.

Bati do meu lado na cama, Evellyn andou até mim e se deitou do meu lado. Ela se aconchegou no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo.

— Evellyn? – Ouvi uma voz e duas batidas na porta, logo conheci ser a voz de Ethel.

Evellyn pulou da cama feito um flash, e abriu a porta, Ethel assim que a viu caiu em seus braços, Evellyn a aconchegou e fechou a porta.

— Tá tudo bem meu amor?

Ethel não falou nada, percebi que ela tava chorando.

— Quer que eu saia? – Falei e Etehl balançou a cabeça em negativo.

Me levantei e fui até o frigobar, peguei uma garrafa com água e coloquei em um copo. Evellyn trouxe Ethel até nossa cama, ela parecia mais calma, entreguei o copo com água a ela que tomou apenas um gole.

— Quer falar o que aconteceu Ethel? – Evellyn tirou alguns fios do seu cabelos que estavam colocados no rosto dela pelas lágrimas.

— A alguns dias eu tava me sentindo estranha, tava tendo enjôos, estava sentindo meu corpo diferente...

— A meu Deus Ethel... – Evellyn falou e eu fiquei com cara de paisagem.

— E então foi no médico? – Falei preocupada, ela podia ter pegado uma virose.

— Eu tô grávida Josie. – Ela falou quase em um sussurro, senti apenas o copo deslizar de minha mão e se estilhaçar no chão.

— Aí meu Deus! – Eu fiquei um pouco desesperada, só de imaginar uma criança, como diabo cuidava de uma criança? Meu desespero passou quando eu lembrei que não era a mãe da criança e Ethel quem teria que se preocupar com isso. — Mas tá tudo bem não é? Você e Sweet estão bem certo?

— Eu não sei... – Ethel falou e Evellyn revezou o olhar de mim para Ethel seguidas vezes. — Eu tô sentindo ele muito estranho e distante desde que estamos todos juntos novamente.

— Como assim Ethel? Ele não está apenas preocupado com tudo que estamos se metendo? – Evellyn disse e segurou em sua mão.

— Não. Eu conheço Sweet, tem alguma coisa muito errada.

Eu fiquei apenas calada, mas fazia alguns dias que eu tava com o pé da orelha coçando em relação a Sweet e Archie, eles estavam muito ligados, e Cheryl tava direto no pé de Archie por algum motivo desconhecido.

Ouvi o bip do meu celular, olhei e era uma mensagem de Toni me pedindo para ir encontrar com ela. Deixei Ethel e Evellyn no quarto e sai, encontrei ela sentada em um capô de um carro.

— E aí monstrinho da meia noite. – Fiz um toque de mãos com Toni e me sentei do lado dela no capô. — O que aconteceu com sua calça? Tá molhada.

Percebi Toni ficar um pouco vermelha, ela deu um sorriso safado e eu queria não ter imaginado com o que molhou aquela calça.

— Tava tomando água e derramei sem querer.

Eu não aguentei e comecei a rir da cara de pau, Toni no fim acabou rindo também.

— Vou acreditar em suas desculpas Tonj. Enfim, o que queria?

— Preciso de sua ajuda hoje a noite.

Fiz uma careta para ela, para que diabos Toni queria me ajuda e logo a noite?

— Josie para de pensar besteira, não é nada disso. – Ela me deu um pequeno soco no braço. — Eu e Cheryl encontramos algo suspeito. – Ela falou mais baixo quase em sussurro.

— Okay! Vamos sair que horas?

— Vão para onde? Vou também! – Heather apareceu feito um fantasma nos assustando.

— Caralho Heather, que susto da porra. – Toni deu um empurrão em Heather que deu apenas uma risada gostosa. Eu não conseguia entender como Heather era tão barra pesada sendo que ela é apenas um bebê, o rosto, a fala doce, a risada de anjo.

— Desculpa bebê de Cheryl. – Ela deu um aperto na bochecha de Toni a provocando. — Mas eu realmente quero ir com vocês, sei que vão aprontar alguma coisa. Minha vida tá muito parada aqui nesse sítio, quero agitação.

Toni falou apenas para ela estar pelos arredores as 22:00, e não comentar sobre com ninguém.

[..]

 A delegada - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora