A delegada - Choni

Capítulo 20

Pov Richard

Tudo estava saindo melhor do que tínhamos planejado, estávamos livres, e com os babacas nas nossas mãos, íamos se vingar do nosso maior inimigo, enquanto eles queriam apenas aquele muleque mimado de volta. Zabdiel sorriu me olhando, eu fiz carinho no cabelo dele e desci as escadas do segundo andar atrás de Cheryl, ela era o coringa do meu baralho, a chave de tudo, ela mandava em cada idiota desses, depois eu mataria ela, e quem se metesse na minha frente, principalmente Veronica Lodge.

— Bom dia garota! – Ela tava virada pro fogão fazendo algo para o café da manhã.

Estávamos sozinhos, como eu realmente queria, era o momento perfeito para ter uma conversa com ela.

— Ah, bom dia, desculpa não te vi entrar.

Ela continuou fazendo algo no fogão, fui até ela, percebi que era ovos e bacon.

— Quer ajuda? Isso tá com uma cara ótima!

— Obrigada, pode fazer as torradas?

Peguei um saco com pães, e comecei a preparar, percebi que Cheryl vez ou outra jogava um olhar desconfiado pra mim, eu precisava ganhar a confiança dela, ou estava tudo perdido.

— Desde que vocês nos ajudaram, foi tudo muito corrido, não tivemos oportunidade de conversar. – Coloquei alguns pães na torradeira e ela me olhou.

— Não pense que eu confio em vocês dois, porque é bem longe disso, você precisa mais do que me ajudar a fazer um café da manhã para conseguir minha confiada Richard! – Ela falava tudo apontando uma colher de madeira para mim.

Eu devia admitir, ela era atraente pra diabo, é uma pena ela ser lésbica, eu foderia com ela a noite toda, deve ser sexualmente frustada para ser tão brava, falta de um homem do lado dela.

— Acho que posso conquistar sua confiança com isso... – Mostrei um papel a ela, a delegada frisou os olhos para mim, e puxou o papel da minha mão com uma força desnecessária.

— O que é isso? – Ela abriu e leu por cima.

— Nomes! O circulado é o meu favorito para o começo.

— Nomes de pessoas que vocês e Kevin deviam algo? – Ela olhou novamente pro papel. —Roberto Aguirre-sacada
ele é sua principal suspeita de quem sequestrou Kevin? Quem é essa mulher?

— Ele é chefe de uma gangue perigosa de drogas, a segunda maior de Los Angeles.

— E o que Kevin fez pra ela querer sequestra-lo? – Cheryl dobrou o papel e colocou no bolso.

— Kevin aceitou um corrida, um roubo de carga pra ela, mas ele simplesmente falhou, ela não aceitou, falou que ele ia ter que pagar a quantia milionária, e o resto você já deve imaginar.

Cheryl ficou calada, a torradeira avisou que os pães estavam prontos, eu tirei e coloquei em um prato.

— Posso pegar um dos carros pra da uma volta?

— Faça o que você quiser! – Ela se virou pro fogão, eu sorri, não foi tão difícil.

Encontrei Zabdiel na sala, mostrei a chave do carro pra ele que sorriu imediatamente, a casa ainda estava quase todos dormindo, encontrei apenas o médico no jardim.

Entrei no carro com Zabdiel e seguimos para nossa verdadeira casa, era hora de colocar as coisas em ordem. Chegamos no nosso velho esconderijo, meus guardas me cumprimentaram assim que cheguei, eu era o rei desse império, nenhuma rainha daria o xeque-mate em mim, elas nascem apenas para me proteger, e me tornar mais poderoso.

— Que saudade irmão! – Erick correu para me abraçar ao me ver, era incrível como eles conseguiram esquecer o Erick, Cheryl tinha jogado ele em uma solitária, a lembrança deles era apenas Joel e Christopher meus dois grandes amigos, eu iria vingar a morte deles, aquela delegada não perde por esperar.

— Cadê o moleque? – Erick sorriu e saiu andando, eu apenas o segui.

Quando a delegada Blossom saiu de seu posto e Marcos passou a mandar na prisão, ele tirou Erick da solitária, não demorou a ele conseguir fugir e estar aqui fora livre, e agora estava comandando todo meu plano.

— Visitas pivete! – Erick falou ao entrar em um velho quarto sujo.

Olhei para o garoto, todo sujo, machucado, amarrado de joelhos no chão por correntes, seus pulsos eram visíveis as feridas.

— Kevin! Meu grande amigo, que saudade de você. – Me aproximei dele, e me abaixei em sua frente.

— Vai se ferrar Richard, você vai se arrepender disso!

Eu soltei uma risada alta, meus dois amigos me acompanharam, nossa risada ecoava no velho salão.

— Seu traidor de merda! Eu vou matar você Kevin! Eu vou matar todos seus amigos!

— Meus amigos são mais espertos que você! – Ele cuspiu as palavras com rancor em seu tom de voz.

— Seus amigos? Os mesmo que me tiraram da prisão? Os mesmo que estão me dando um abrigo, comida e água? Kevin, você é apenas um filhote de carrapato, eles só não vão desistir de você, porque eu vou matar eles antes disso.

Kevin me olhou, a cara dele era de puro ódio e eu achei divertido. Fiz uma cara de deboche e ganhei uma cuspida de volta na cara. Passei a manga da minha camisa secando, fechei o punho e dei um grande soco no rosto dele, ele só não caiu no chão porque as correntes o seguraram. O grito de dor ecoou no salão, era música para meus ouvidos, dei outro soco, e mais gritos de dor, os pulsos dele já estavam na carne viva pelas correntes, dava pra ver o sangue escorrendo.

— Nunca mais você vai cuspir na minha cara não é Kevin? Você vai ser um bom garoto. — Me levantei e dei dois tapinhas nas costas dele. — Eu não quero te matar agora, eu ainda preciso de você vivo.

Deixei o garoto agonizando de dor na sala e sai. Meus amigos me acompanharam no percurso até o carro.

— Zabdiel precisamos voltar. Richard quero o endereço do roberto o mais rápido possível. Preciso me vingar daquele puta antes de matar esse garoto e aquelas crianças que se dizem amigos dele, assim que conseguir me telefone e passe o endereço.

— Tenham cuidado, aquela delegada e mais esperta do que parece.

Entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

— Eu sou mais esperto que ela Erick!

Cantei pneu daquele lugar, não podia passar muito tempo fora, aquela delegada era realmente esperta.