Apenas um mal-estar

603 56 14
                                    


Chegar em casa de uma viajem longa e cansativa é quase que como sentir anestesiada pelo fato de estar distante do meu amor.
Meu pai estava bem impressionado com o Henry, disse que ficaria feliz se eu tivesse feliz, e a aprovação do meu pai me deixa satisfeita e com o caminho aberto para comunicar que em breve vou morar em outro país.
Apesar de eu saber que meus pais me amam, não sei qual será a reação deles, saber que vou morar com o Henry sem ter casado e o que eu acho bem pior é separar minha filha deles, porque se bobear, eles amam mais minha filha do que eu. ( Ri bastante sozinha pensando nisso)
Só vou saber notícias do Henry tarde da noite ou madrugada.
Estou muito cansada e cheguei do Rio de tardezinha, cheguei tomei banho e me deitei para ver série com minha filha.

Cris- Filha, se acaso a mamãe for se mudar para um lugar bem longe, mas um lugar bem legal, você iria comigo?

Filha- Para onde mamãe?

Cris- Inglaterra! Nós iriamos de avião.

Filha- Mas e a vovó com o vovô?

Cris- Eles não poderiam ir, Só para passear.

Filha- Não sei se eu ia querer ir mamãe!

Cris-Lá ia ser bem legal, você vai ter um quarto só seu, vários brinquedos, o que acha?

Filha- Então eu quero! ( Eu ri)

Adormecemos, acordei com o telefone tocando, era por volta de 00:40 am.

Cris- Alô! ( Falei com voz de sono)

Henry- Te acordei né amor?

Cris- Sim! Mas não tem problema. Como foi a viagem?

Henry- Tranquila! Como você está, melhorou o estômago?

Cris- Sim! Não senti mais nada.

Henry- Que bom! Vou deixar você dormir e vou descansar, amanhã vou em uma importante reunião com produtores da Marvel.

Cris- Ok meu amor,! Assim que puder me liga.

Henry- Boa noite! Fica bem!

Voltei a dormir

Acordei tarde e fui tomar café na minha mãe como é meu costume, hoje eu estou com muita fome, comi bastante e conversei com minha mãe a respeito da proposta do Henry de morar com ele na Inglaterra, minha mãe acha que eu não deveria aceitar, como cristãos rígidos com meus pais são, ela acha o fato de morar juntos contra as leis de Deus. Na minha cabeça em questão a isso está tudo bem, porque eu não sigo nenhuma religião e o que vale é o amor e de casta eu não tenho nada. Mas a palavra morar junto me assusta, porque realmente morei junto com o pai da minha filha e não foi uma boa experiência.

Mãe- O que começa errado termina errado! ( Frase da minha mãe)

De certa forma minha mãe tem razão, eu não posso negar que casar é firmar perante a sociedade que duas pessoas estão se unindo e fazendo votos, promessas que vão pelo menos tentar cumprir e apenas morar juntos fica uma coisa tipo: Se não der certo separa. E eu não quero me separar do Henry, quero envelhecer do lado dele, quero experimentar o amor em uma dimensão que eu jamais tive a oportunidade de vivenciar.

Minha irmã está fazendo o almoço fritando alho para refogar o feijão, comecei a me sentir enjoada novamente e corri para o banheiro, vomitei bastante.

Mãe- Tá tudo bem aí ( Falou batendo na porta)

Cris-Tudo! Já passou! (Sai do banheiro.)

Mãe- Acho melhor você ir ao médico.

Cris- Sim eu vou ligar aqui vê se tem vaga.

Me troquei e fui ao médico, depois de relatar ao médico tudo que estava sentindo ele me pediu alguns exames, que farei amanhã de manhã em jejum.
Fui para casa, mensagem do Henry:

Henry- Oi querida, fiquei muito ocupado. Como você está hoje? Foi ao médico?

Cris- Oi meu amor, estou melhor, fui sim ele me passou uns exames, vou fazer amanhã de manhã, como foi a reunião?

Henry- Ok! Assim que sair os resultados você me fala, tá precisando de alguma coisa?

Cris- Não tá tudo bem!

Henry- OK! A reunião foi para me oferecer um papel, mas ainda não posso te dar detalhes.

Cris- Que legal! Quando puder me falar quero saber.

Henry- Tô morrendo de saudades de você.

Cris- Eu também! Já estava tão acostumada com você que parece que tá faltando um pedaço de mim.

Henry - Sinto a mesma coisa! Aqui vou ter que ir, viu quem mandou namorar um homem ocupado como eu!

Realmente sinto isso, sinto como se estivesse sem algum membro, uma certa ansiedade, eu só queria estar perto dele.

No outro dia acordei cedo e fui fazer os exames, mas ao tirar sangue passei mal e tive um desmaio. A enfermeira achou melhor me deixar em observação, até os exames ficarem prontos para saber o que eu tenho. Liguei para minha mãe e logo chegou no ambulatório onde estava em observação, não falei nada para Henry para não preocupa -lo atoa. Minha mãe se sentou do meu lado e ficamos conversando, a minha médica entrou com os exames.

Foi o destino mais uma vez [ CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora