Capítulo 4

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Oi galerinha, essa semana fiz um desafio, mas não rolou. Então vou lançar um novo desafio aqui. Se todos que estão lendo votarem nos capítulos e, se tiver mais de dez comentários sobre a história, dando suas opiniões. Vou publicar capítulo extra no sábado. Porque estou fazendo isso? Primeiro que os votos são importantes, segundo porque a leitura no wattpad é meu leme, serve como uma betagem e gosto quando vocês são sinceros. Boa leitura bjs.

Rebecca

Escuto o barulho da moto se afastar, entro e fecho a porta. Por um instante permaneço no escuro. É um bairro silencioso, morar dentro da base tem suas vantagens. Há sempre regras que serão cumpridas e existe horário para tudo. Também existe desvantagens, há sempre regras que serão cumpridas e existe horário para tudo. Sorrio, porque você sente na íntegra que as mesmas coisas que facilitam sua vida, também te limitam, deixando uma sensação de estar sempre ligado ao trabalho.

É muito difícil separar a vida pessoal quando se mora na base. Um dos motivos pelo qual, sempre optei em manter meu próprio espaço. Levo a mão na parede e acendo a luz, serão poucas semanas aqui e talvez eu termine essa missão inteira.

Eu estava preparada, sabia que poucas coisas poderiam me desestabilizar. Depois que você vive em uma zona de conflito, nenhum cenário assusta. A vida ganha mais sentido e aprendemos a dar valor às pequenas coisas.

Ainda assim, estou aqui, encostada na parede desejando ouvir o ronco da moto novamente. Jack desceria da moto apressado e bateria na minha porta e não haveria nada entre nós. Penso na maldita tatuagem que ele tem no peito, nos seus olhos puxados e todo aquele sangue latino nas veias.

Depois de tanto tempo sem estar com alguém, a intensidade com que tudo aconteceu mexeu comigo. Eu simplesmente não esperava — balanço a cabeça para afastar a imagem — Talvez eu tenha cometido um erro.

Não posso evitar de pensar como seria estar novamente em seus braços, principalmente agora que sabe que não era uma prostituta. Queria poder dizer que desejo que ele se mantenha afastado, mas sou egoísta demais para isso. Alguma coisa bem lá no fundo do peito me diz, que isso não vai acabar bem para nenhum de nós.

Retiro a maquiagem com cuidado, visto o pijama mais confortável que encontro e me jogo na cama espaçosa. — Uma noite de sono pode curar o orgulho — minha avó dizia. Será que cura o tesão também?

***

Jack distribui a foto de satélite da área que sobrevoaremos, os pontos de referência estão sinalizados a caneta. Eu o observo enquanto fala, sua voz grave impõe respeito.

Me excita.

Em nenhum momento ele olha em meus olhos, aqui somos uma equipe acima de tudo. Se não fosse o fato dele estar evitando me olhar com tanta determinação, eu diria que tudo o que aconteceu já havia caído no esquecimento.

Caminhamos para a pista de voo, é um bom dia para voar, esta época do ano no Texas costuma ser bem tranquila e ensolarada. Subo no avião e confiro os instrumentos, Jack ainda está conversando com o mecânico, conferindo alguns equipamentos externos.

Sobrevoaremos o local para identificar os pontos de referência. Esse tipo de voo é planejado nos mínimos detalhes, é assim que desenvolvemos habilidades. Primeiro treinamos em um ambiente controlado, para que nossos corpos se acostumem a reagir corretamente. Mas o intuito desde voo, era apenas para me familiarizar com a equipe.

Jack entra no avião e fecha seu canopi (1), os motores são ligados e ele taxia a aeronave para pista. Hoje serei uma espectadora, um procedimento padrão quando estamos diante a uma nova equipe. Decolamos em formação, ele fala seus pensamentos para que os demais antecipem as manobras. Presto atenção na entonação da sua voz e a forma como conduz. Logo as manobras ficam mais ousadas, puxando até sete G. É bom sentir a velocidade, embora eu não esteja no controle, é um ótimo voo.

Capitão Implacável (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora