「2」

16 2 2
                                    

Antes de começarem, peço que escutem as músicas mais emocionantes de sua playlist, para que você tenham o mesmo sentimento da personagem!

_____________❍❍❍_____________

— Alô, meu amor? - falo ao telefone

— Hey, como você está? - ouço a voz do Tae do outro lado da linha

— Eu tô bem, mas com saudade de você, como vão as coisas aí em Daegu? - me jogo na cama e suspiro

— Vai tudo bem! Nada de mais anda acontecendo.

A voz dele parece cansada, o que vem sendo cada vez mais frequente, a cada vez que ligo pra ele.

— Tem certeza? Você parece cansado e...

— Heesun não se preocupa, está tudo bem, ok?! - ele fala com firmeza, mas custo a acreditar em suas palavras.

— Tudo bem, mas quero vê-lo, vamos completar três anos de namoro, não dá pra gente se ver nesses dias? ‐ mordo o lábio inferior esperando por sua resposta

A ligação fica silenciosa, escuto alguns murmúrios, mas não consigo identificar. Alguns breves segundos se passam e então escuto um suspiro forte do outro lado da linha.

— Meu amor eu tenho que ir, meus pais estão me chamando pra tomar conta dos meus primos, depois a gente conversa sobre, eu te amo, nunca se esqueça disso linda.

— Tudo bem, vai lá. Também te amo meu amor, nunca se esqueça disso! - a ligação fica brevemente silenciosa

Olho para a tela do celular e vejo que a ligação tinha caído. Suspiro, deixo o celular em algum lugar da cama e fecho os olhos. Já faz alguns meses que Taehyung está em sua cidade natal, um tempo antes deles irem percebi que ele estava estranho, quando nos encontrávamos ele não tinha a mesma alegria de antes, por mais que ele fizesse algumas piadas eu percebia que seu olhar logo ficava distante e se perdia em seus pensamentos, quando eu fazia carinho em seus cabelos alguns de seus fios vinham em minha mão, ele me falava que era o estresse de final de período, sem contar as manchas roxas que eu via em seu corpo às vezes.

Era estranho ver isso acontecer com ele, eu cogitava que na época ele estivesse enfrentando algum problema maior que não queria me contar, mas nunca obtive uma resposta concreta. Até que um dia, por mensagem, ele falou que iria se mudar para sua cidade natal, quando insisti em ir vê-lo e ajuda-lo a arrumar suas coisas, para, até mesmo, me despedir, ele falou que não precisava. Aquilo me machucou um pouco, pois nós sempre fomos colados, nos ajudavamos e contavamos tudo um para o outro, mas agora, parece que há uma grande muralha que nos impede de estarmos juntos e isso me machuca tanto.

— Filha? - ouço minha mãe e abro meus olhos e me sento na cama - tá tudo bem? - ela vem até mim e se senta ao meu lado

— Gostaria de dizer que sim, mas esse distanciamento do Tae dia após dia me machuca - uma lágrima escorre de meus olhos e a abraço buscando por seu consolo.

— Calma querida - sinto seus braços me envolverem e ela afaga meus cabelos - vai ficar tudo bem, ele deve estar ocupado com algumas coisa

— Eu sei disso, me sinto tola e egoísta por esta assim, mas mãe já fazem alguns meses que além de não vê-lo, ele tem se mostrado cansado e, principalmente, distante, isso... é tão... doloroso

As lágrimas desceram com mais frequência de meus olhos, expondo toda minha frustração, dor e principalmente saudade que tenho daquele bobo de sorriso quadrado.

— Querida, vá descansar um pouco, amanhã de manhã vai estar se sentido melhor - ela me abraça inda mais apertado e eu aceno para a mesma concordando com o que ela diz.

Downpour; Imagine Kim Taehyung Onde histórias criam vida. Descubra agora