Free-Jikook Abo

Three

Oie pessoas lindas, não sei nem o que dizer da demora grotesca. Me desculpem, mas saibam que não vou desistir de terminar isso aqui, mesmo que tenha apenas uma pessoa esperando. Espero que gostem, boa leitura.                                                                                                                                
                                                                            

Quando a carruagem de seus pais sumiu no horizonte naquele fim de tarde, Jimin sentiu-se muito só. Como se estivesse sozinho no mundo, como se não tivesse ninguém, ou um lugar para qual voltar.   

Sentia tristeza, melancolia e frio. Vestia roupas de tecido fino, em que o ar gelado se infiltrava e chegava a sua pele sensível. Sentou-se no banquinho que ficava na beira da estradinha, que levava para fora da vila.
O sol que pouco lhe aquecia, se punha lentamente, respirou fundo, com a mente livre de qualquer pensamento. Seu corpo livre, de qualquer vontade. Ficou ali, até perder a noção do tempo, sem saber como agir, o que fazer agora.

Seu corpo quase completamente curado, mas suas feriadas iam muito além do que se podia ver. Sua mente, cansada. Num breu.

Um vento gélido soprou, levantando as folhas do chão, balançado as copas das árvores, passando por seu rosto, por entre os fios acinzentados e macios de seu cabelo. Junto ao vento, um uivo soou ao longe, retumbante e duradouro, os pelinhos branquinhos de seu corpo, se arrepiaram todos. E de repente estar ali fora se tornou por algum motivo desconhecido, quase horripilante.

Mas sua atenção se voltou completamente para um cheiro suave que lhe encheu as narinas, passos leves, a voz dela extremamente gentil.
_Meu bem... Por que ainda está aqui fora? Está frio, vai adoecer. _ Disse ela, enquanto sentava-se ao seu lado.

Seus movimentos quase hipnotizantes, sua delicadeza encantadora. Seus cabelos caindo como cascatas negras e sedosas por seus ombros e costas. Seus olhos também da mesma cor, lábios vermelhos, um sorriso gentil.
As bochechas de Jimin tingiram-se, Jungkook realmente se parecia com a mãe. Ao menos na aparência.
Não recebendo uma resposta, o sorriso da mulher não diminuiu, ou perdeu seu carinho e gentileza.

_ Como você se sente?_ Perguntou enquanto lhe olhava com adoração. Um carinho cálido, e reconfortante se desprendiam junto ao cheiro dela.
Sem saber como reagir a forma carinhosa que agia consigo. Jimin gaguejou algumas palavras. Com sua vozinha de anjo, baixa, quase temerosa.

_Eu... Estou bem. Somente um pouco confuso ainda, por tudo que está acontecendo. Eu... eu...
Sua voz morreu na garganta, sem saber o que dizer, perdido em meio a tantos sentimentos conflituantes.

_Eu sei que esta confuso agora, te entendo perfeitamente, só que, eu também sei que vai dar tudo certo Jimin, eu não concordaria com isso se não soubesse. Penso que isso seja melhor para você, e para Jungkook. Eu sinto.

_Eu estou com medo... _ a vozinha tremeu. Quase se perdendo em meio ao vento.

_Não tenha, meu bem._Disse ela, enquanto limpava uma lágrima teimosa que escorreu por seu rosto emagrecido. _ Não tenha... Tudo aqui vai ser diferente, pode ser que seja um pouco difícil, mas nada que você não consiga superar. Então não tenha medo.

Não, Jimin pensou, não irei conseguir. Mesmo que tentasse se sentir acalentado pelas palavras dela, não conseguia, por que ela não sabia o quanto Jimim era fraco. E quebrado. E pequeno.

_Venha, vamos entrar. _Senhora Jeon levantou-se, e lhe estendeu a mão. Jimin a aceitou receoso. _Pela Lua menino, você está gelado, venha logo, vamos te aquecer.