Capítulo 7

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Bianca

Acordo com o despertador berrando no meu ouvido. Droga, estou tão irritada, e ainda é segunda-feira. Me levando preguiçosamente, pego uma calça jeans escura e uma camiseta branca, resolvo ir de tênis branco mesmo, hoje não estou com paciência para ficar escolhendo roupa. Vou para o banheiro e tomo um banho rápido, já tomando café me lembro de Rafael e minha barriga gela, chego até a perder a fome.
_ Já vou indo mãe, fica com Deus!
_ Mas Bianca, você nem comeu direito, vai passar mal!
_ Estou sem fome mãe! E atrasada... _ Digo verificando o relógio, dou um beijo em mamãe e saio correndo.
Chego na farmácia e Vitor me recebe com seu irritante bom humor matutino.
_ Bom dia Bianca, como passou o fim de semana? Eu sai com a minha namorada, nossa bebi muito, fiquei com uma ressaca... _ Então Vitor começa a falar infinitamente sem me dar espaço para qualquer coisa, acho graça do seu jeito divertido. Estava rindo de alguma bobeira de Vitor enquanto Rafael chega com uma cara de poucos amigos.
_ Bom dia!
Nem nos deu tempo de responder e já entrou para a sua sala. Vitor me olhou fazendo graça indicando que o chefe estava de mal humor. Até assim ele é lindo, bem nervosinho... Espando rapidamente esses pensamentos e volto ao trabalho.
São exatamente 12:30 e estou sozinha no atendimento da farmácia porque Vitor foi almoçar e Rafael não saiu mais da sua toca do lobo mal, rio disso e logo penso o quanto mal ele poderia ser, de uma forma muito gostosa... Mas alguém me tira dos meus sonhos eróticos com o meu chefe.
_ Está surda garota, é uma incopetente mesmo serve nem para atender, estão precisando melhorar o atendimento daqui._ Diz o homem alto, negro e forte  a minha frente, o olho assustada e um nó se forma em minha garganta ao ouvir aquelas palavras, eu me lembrei de tudo o que aconteceu... Não pensa nisso Bianca, não chora! Você está no seu trabalho.
_ Desculpa Senhor. No que posso lhe ajudar? _ Tento soar o mais calma possivel. Ele me estende a sua receita, então verifico no sistema e não há a medicação, droga, como vou dizer ao ogro que não tem.
_ Sinto muito Senhor, não temos o seu medicamento. _ E nesse momento o cara me olhou como se fosse me matar ali mesmo, então começou a me atacar sem parar.
_ Como não tem? Você é burra? Eu preciso desse remédio sua vagabunda!_ e quando ouvi essa palavra foi como se eu vivesse tudo novamente, então eu me encolho e congelo. Vejo Rafael sair da sua sala.
_ O que está acontecendo aqui? _ Ele pergunta com uma cara de quem está doido para socar a cara do ogro a sua frente.
_ Que bom que chegou, é o chefe né?_ O babaca diz em dois tons mais baixos do que falava comigo.
_ Sim, sou eu! Posso saber porque estava agredindo verbalmente minha funcionária?
_ Sabe como são incompetentes esse jovens, eu preciso desse medicamento e ela disse não ter, ou será que não querem me dar?!_ Rafael pegou a receita de sua mão, a olhou e deu um sorriso sarcástico.
_ Não temos esse medicamento, e não tem porque escondermos ele do Sr. Agora que o Sr. Fique sabendo que o que aconteceu aqui foi desacato ao servidor público e ela poderá lhe processar!_ O cara ficou completamente sem graça e se desculpou "porcamente" com o Rafael. No mesmo instante em que aquele ridículo sai da farmácia vejo Rafael vindo até mim, com  preocupação e carinho estampados no olhar e meu coração mesmo em meio ao caos, erra uma batida.

P.S. Eu amo meu chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora