Presságio (Concluída)

Os Verdadeiros Sentimentos De Uma Pessoa Invejosa

Enquanto Isso...

Na mansão de Antonieta, a mesma, ao lado de Lucio Montenegro, aponta friamente o seu revólver para Clarisse que pergunta seriamente:

-Não entendo o motivo de tanto ódio por mim, Antonieta? Até onde o eu lembro, éramos amigas inseparáveis na faculdade, e agora vejo você terminando apontando um revólver para mim... E toda essa desgraça causada por um homem cujo os propósitos são tão obscuro quanto a sua própria origem.

Ao ouvir isso, Lucio Montenegro diz com um ar de maldade:

-Hum... Meus propósitos são tão obscuros quanto os seus verdadeiros sentimentos por sua... "querida amiga".

E Clarisse diz com um ar de seriedade:

-Meus sentimentos por Antonieta sempre foram honestos. Eu nunca precisei esconder nada dela, pois desde a época da faculdade, éramos amigas inseparáveis. Tudo só veio mudar após o seu aparecimento.

Lúcio Montenegro sorrir de uma maneira assustadora e questiona expressando certeza:

-Após o meu aparecimento? Não creio que seja isso oque Antonieta deva pensar, pois a mesma sempre viveu sob a sombra de uma falsa amizade.

Clarisse rebate o comentário de Lucio Montenegro dizendo inconformada:

-Falsa amizade? A minha amizade com Antonieta sempre foi verdadeira.

Nesse momento, Antonieta rir de uma maneira perturbadora e diz:

-Verdadeira?... A minha amizade por você nunca chegou a ser verdadeira... Lucio Montenegro tem razão, eu sempre vivi sob a sua sombra, Clarisse... Sempre vivi sob a sombra de uma falsa amizade... Eu tenho certeza que você sempre soube, mas nunca se importou.

Ao ouvir isso, Clarisse diz com os olhos lacrimejando:

-Eu não sei oque esse homem disse para você a meu respeito. Mas você pode ter certeza que meus sentimentos por você sempre foram verdadeiros desde os tempos da faculdade... O que eu não consigo entender é o motivo pra ter tanto ódio de mim aponto de querer me matar?

E com uma expressão odiosa, Antonieta responde, revelando oque sempre sentiu desde a época em que estudava com Clarisse na faculdade:

-Você quer mesmo saber o motivo, Clarisse? Pois eu vou te contar... Você deve lembrar do nosso primeiro encontro na sala de aula. Você estava sentada lendo e eu cheguei e logo puxei assunto com você. Eu lembro que você foi muito simpática comigo, me elogiando e admirando o gosto que tinha por me vestir tão bem. Aquilo sinceramente me fez sentir melhor do que nunca, afinal, eu sempre soube que tinha bom gosto pra tudo, pois dinheiro nunca me faltou. Mas o que me deixou mais feliz foi ouvir isso da boca da única aluna daquela classe que não me olhou torto no primeiro dia em que eu cheguei naquela faculdade. Sinceramente, eu confesso que até me surpreendi por você não ter me menosprezado pela minha boa condição financeira, pois um olhar significa muitas palavras, e você foi a única aluna na qual eu sentir que valeria a pena criar um vínculo de amizade, e foi oque aconteceu... Após aquela conversa, logo nos tornamos amigas, lembra? Dividimos nossos planos profissionais, gostos e até segredos. Nossa amizade era perfeita! Mas havia um problema que eu não conseguia entender. Por que você sempre era boa em tudo e eu não? Seja nos estudos, nas idéias e até com os professores, pois os mesmos, assim como a classe toda, sempre te cobriam de elogios, em quanto eu era esquecida naquela carteira. Aquilo de fato me deixava muito chateada, porém, a pesar de tudo, você nunca deixava de ser uma excelente amiga comigo, sempre me fazendo sentir uma pessoa esplêndida com seus elogios, parecia que só você conseguia enxergar o quão maravilhosa eu sempre fui. A cada dia que se passava, você e eu nos tornava-mos mais amigas do que nunca... Mas um dia tudo isso mudou com a chegada de um rapaz maravilhoso. Um rapaz que a primeira vista conseguiu despertar um sentimento muito intenso dentro de mim, chamado paixão. Um rapaz educado, inteligente e que eu tinha quase certeza que se apaixonaria por mim, até eu ve-lo beijando você na entrada da faculdade.