Sabemos que todo estímulo negativo
Biologicamente nos protege,
Mas isso é só um aperitivo
Para complexidade que isso rege.Quando o medo não está no externo
É difícil se esquivar,
Um vazio que se faz eterno,
Nada consegue fazê-lo parar.Abatimento físico e mental,
Uma desordem colossal,
Ao deplorável contentamento,
Pratos de escuridão é seu alimento.Não só a vida como a sanidade,
Destruição é sua habilidade,
Nada da certo, nada copera,
Cheguei onde a felicidade se encerra.Pelo que parece, todos querem ajudar,
Então porque ainda é difícil escapar?
Tantas portas e tantas oportunidades,
Mas mesmo assim permanecem as calamidades.Contato humano faz bem, é o que dizem,
Mas perdi meu tato, por isso temem,
Eu que devo ter medo de vocês,
Que me matam de um jeito tão cortês.Eles nos sufocam e nos engolem,
Remorso? Dúvido que fiquem,
Aqui, todo mundo se atropela,
Prometem melhorar, a mesma novela.Não me dêem a mão só por um momento,
Eu sei que pra vocês sou apenas um contratempo,
Atraso ao padrão de produtividade,
Me desculpem... Mas é a minha realidade, talvez eu não me encaixe.Longe de mim querer chamar atenção ou ser um fardo,
Mas de tanta abnegação sinto que deveria ter ficado no parto,
Não tenho conseguido reverberar amor,
Olhe pra mim, não é assustador?Deprimente me ver assim não é?
Sinceramente não sei como estou de pé,
Meus sonhos se tornaram uma televisão sem sinal,
Porque perdi a perspectiva de ver um final...
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Vida Turva
PuisiNesta obra, um acróstico de palavras mostra a perspectiva de um ser saturado que vive em sociedade, onde ele perde sua identidade e tenta explicar para as pessoas com esse acróstico o que ele sentiu e ainda sente, mas para conhecê-lo a fundo ele tam...