Seu coração batia muito depressa. Era difícil pensar no que fazer.
A primeira coisa que pensou foi em tirar o irmão daquele hospital, mesmo que para isso tivesse que carregá-lo! Mas não tinha conhecimento do real estado dele, então não poderia fazer algo tão impensado.
O que estavam fazendo com Itachi? Quem poderia brincar com ele daquela maneira, sem se importar com sua vida?
Ouviu barulhos no corredor e achou melhor ser rápido. Apanhou um copo de água limpa e lavou a boca do irmão como pôde, livrando-o do medicamento esbranquiçado até que nada restasse dele, mas sem esquecer-se de guardar algumas das toalhas de papel sujas e enfiá-las no bolso da calça.
Saiu apressado do quarto, querendo deixar o hospital o quanto antes. Percebeu que algumas enfermeiras olhavam para ele de relance.
"Alguma coisa está mesmo acontecendo. Esse maldito hospital irá me pagar por brincar com ele!" – pensava, tão nervoso que seu corpo inteiro tremia de fúria.
Assim que se viu do lado de fora dos portões do imenso hospital apanhou o celular. Suas mãos suavam e tremiam muito, estava muito alarmado com tudo que acabou de presenciar.
Alguém andava manipulando o hospital, disso ele não tinha dúvidas. A ligação foi atendida no terceiro toque, o que para ele parecia era uma eternidade.
- Pronto – a voz alta do advogado soou ao celular.
- Suigetsu! Preciso vê-lo agora mesmo, tenho um assunto urgente a tratar com você!
- Sasukito, sei que você me ama e que não pode viver sem mim, mas sou um homem muito ocupado – ironizou, concentrado enquanto lia um livro gigantesco que mais parecia um manuscrito.
- Isso é muito sério! Acabo de deixar o hospital. Havia remédio na boca de meu irmão! Eles estão drogando Itachi!
O rapaz de cabelo cinzento ficou mudo ao telefone. Deixou de lado o que estava fazendo e se ajeitou melhor na cadeira.
-... Eu já imaginava, e estou movendo uma investigação.
- Já imaginava...? Que maldição, Suigetsu!!! – explodiu de fúria ao telefone – Por que não me disse nada antes? Como pôde permitir que fizessem isso com...
- Se acalme. Eu já imaginava que se te contasse o que sei você perderia as estribeiras, você é um homem muito nervoso, sabia? – coçou atrás da cabeça, impaciente – Não significa que eu estivesse mentindo ou te escondendo nada, eu apenas queria ter certeza para não te alarmar.
Sasuke estava por demais confuso, a ponto da mente sempre tão racional ter dificuldade para processar tudo aquilo.
- Certeza de quê? Suigetsu o que diabos está acontecendo? Exijo que me explique agora mesmo!
- Venha ao meu escritório e conversaremos com calma, vou lhe contar tudo que quiser saber.
Sasuke assentiu e desligou a ligação, indo até seu carro e acelerando rumo ao escritório de Suigetsu.
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"Maldição, agora não!" – baixou-se de joelhos, sentindo uma dor horrenda no ventre.
Naruto estava sozinho na sala de arquivos, um lugar muito fechado e com cheiro forte de papel velho. Foi ordenado a pegar uma pasta arquivo antiga, mas ela era muito pesada e a força que fez para apará-la o fez sentir dores muito intensas.
Respirava depressa, mas aquela sala não tinha ar, era sufocante.
Pegou o celular tremendo muito e digitou uma mensagem em palavras erradas para Hinata, pedindo por ajuda. Fechou bem os olhos esperando a dor passar.
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Entre a razão e o desejo
Fiksi PenggemarOs céus com certeza o puniriam pelo crime que estava cometendo. Era o dia de seu noivado e o que ele fazia? Dormia com outro cara! E logo que cara: o chefe de sua noiva. Um moreno misterioso e atrevido que surgiu do nada para virar sua vida de...