Sakura é uma adolescente do ensino médio tendo de enfrentar uma mudança rápida de escola por se tornar alvo de preconceito e bullying após se envolver com sua nova amiga, Yamanaka Ino.
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Trinta e dois dias antes do ocorrido:
Restavam pouco mais do que quatro minutos para que o sinal do intervalo da escola ecoasse nos ouvidos dos alunos, pronto para estourar os tímpanos de quem se encontrasse desatento. Mas não ela, que aguardava Ino usar o banheiro enquanto segurava seu casaco de veludo.
Era um pouco exagerado ao reparar aquele rosa tão vibrante em suas mãos – embora rosa fosse sua cor predileta – mas achava gracioso o gosto da amiga para a moda.
— Sakura, eu preciso da sua ajuda. — ouviu a voz da loira do outro lado da porta, misturado com o destrave da fechadura.
Ela colocou o casaco em cima da pia, rumando em direção à porta meio aberta e foi impossível não enxergar em antemão pelo vão, Ino ter sérios problemas com o zíper de sua calça que se encontrava entalada no meio das suas coxas, deixando em evidente a calcinha branca que a colega usava. O tecido extrafino contornava desesperadamente todos os detalhes que deveria esconder. Engoliu um seco. Sakura sentia que estaria em apuros.
— Essa merda não quer abrir e por isso a calça não passa. — dizia entre destes cerrados, enquanto fazia força para que o objeto viesse a lhe obedecer, mas era impossível.
Os olhos rútilos correram pelo corpo da amiga, reparando em tempo rápido o ponto de glória antes de cair sua visão sobre o zíper enferrujado. Ino não conseguiria faze-lo subir mesmo se quisesse, e sabendo o quanto era cuidadosa com a unha, seria um escândalo se ela viesse a quebrar.
Ela se ajoelhou no chão, olhando para cima a fim de se certificar que a outra não se encontrava constrangida. Levou seus dedos, pegando o objeto em formato de pinça antes de concentrar força em seu ato e tentar a todo custo puxar para o alto, mas havia sido falho.
— Eu vou ter que... — olhou para Ino, que pareceu ruborizar com o anunciado — Está emperrado. Não temos força o suficiente para...
— Tudo bem, apenas faça isso.
Um seco. Ela sempre engolia um seco quando se sentia em apuros. Por um lardo, tudo o que queria era ajudar e partir novamente para a sala sem trazer muitos problemas. Entretanto, o lado da perdição gritava para que viesse a aproveitar a deixa e finalmente saciar suas vontades.
Sem jeito, aproximou seu rosto do zíper, capturando com a língua o objeto antes de prendê-lo em seus dentes. Sentiu sua testa colar contra o tecido da calcinha de Ino. Estremeceu.
— Você acha que consegue? — perguntou manhosa.
— Olha, — soltou o zíper, olhando para o alto a fim de que seus olhos se encontrassem com o azul desesperado da companheira — pouco provável sem precisar arrebentar isso. Mas você quer que eu tente? — assentiu.
