O Tal do Folhetim

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Olá! Não, espera! Eu quis dizer...
Como vai ou como está? Sei lá acho que um oi já é o suficiente ou será que não; estou confusa, sei lá não acredito em signos, mas o meu é libra; deve ser isso.
Sou uma balança ambulante.
Vamos tentar de novo,
Oi, meu nome é, não vai ficar legal, já sei! Ou melhor não sei, não sei mesmo, nunca fui boa com as palavras quanto mais escreve-las.
Onde o meu professor estava com a cabeça quando disse:

— Vamos escrever um folhetim, e publicar no jornal da escola; todos os dias um conto vai estar disponível para todos os alunos da Helô Fonseca!

Folhetim! Isso aqui parece mais um livro, escrever já é difícil, quanto mais criar ou mesmo começar!
Começar? Como eu começo isso aqui, cara estou estupefata; como existe gente pra escrever? Deve se um dom, não há outra explicação.
Que dia bonito para ler um livro, eu estava pensando.
Não! Eu não estava pensando, eu não leio essa é a verdade; estava pensando aqui, como a gente mente nas atividades da escola, sei lá estamos de "boas" aí, o professor passa uma atividade e a seguinte pergunta:

"Depois de ler um livro de sua preferência, explique as perguntas sobre ele?"

Não preciso dizer que ninguém, ou melhor quase ninguém leu o livro; apenas folheou ele, tentou uma pequena leitura só pra checar do que se trata, aí vem a última pergunta sobre o tal livro.

"O que você achou dele e o que ele mudaria na sua vida, e nas suas atitudes ".

Primeiro, que eu nem li; segundo eu não li, e terceiro eu nem sei o que eu estou fazendo com a minha vida, como vou saber o que esse tal livro muda nas minhas atitudes, já sou um desastre, esse livro só me ajudaria como peso de papel na hora dos trabalhos, só isso.
Falei com o professor que eu ia ficar sem nota, até perguntei se teria outro trabalho, mas não teve jeito e cá estou tentando escrever um folhetim.
Gente! Faz meia hora, e eu ainda nem sei como começar, primeiro porque falar o nome é clichê, segundo eu não faço a menor ideia de como sair daqui, Já escrevi um horror de palavras e nada que se aproveite, vou zerar essa nota essa é a única certeza que vou contar para os meus amigos.
Como se não bastasse eu "ocupadérrima", acho que essa palavra nem existe. Camila, tentou me incentivar a escrever, ela gosta disso, ela sabe escrever, em outras palavras ela se dá bem com esse lance de escrita. Eu nem sei como começar, está vendo já estou repetitiva demais.

Para de rir Alice, tô falando sério! Me ajuda, você não quer me ouvir e eu tenho que escrever esse folhetim para poder me comunicar com a minha amiga, por que ela parece uma hiena, e não para de rir, me escuta, me da uma luz, eu preciso de nota em português, e se você não me ajudar eu estarei ferrada.

Espera! Eu falei um folhetim?

Alice eu escrevi um folhetim! Isso é o máximo;
agora, espera!
Outro dilema, o título.

Como vou colocar um título nisso? Ah não acredito! Saio de um buraco e já entro em outro, me ajuda Alice,
Esse tal de folhetim vai me matar!

Sua amiga Márcia.
PS: para de rir Alice.

Esse tal de folhetim. Souza, Márcia. 18 de abril de 2017

Por: Cartteane Carvalho

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