Amanhecer De Um Novo Sol

A menina do lago

  Uma história escrita especialmente para saciar a compulsiva vontade de ler de minha amada esposa, agradeço a você pelo apoio é por deixar minhas histórias escritas em negrito em lindas cores sintelantes.

Era uma noite como outra qualquer no Lago Mística no centro da floresta de Belter no norte da Inglaterra, o vento soprava para o leste balançando as árvores criando uma chuva de folhas secas que dançavam pelo ar, no céu estrelas espalhadas por todo canto. A luz da lua banhava as águas do Lago criando uma ilusão de uma forte luz que parecia vir do fundo do lago.

Na Inglaterra não há outro lugar que seja mais bonito do que esse lago! - disse uma voz que saia do meio de enormes folhas.

Não havia dúvidas sobre a certeza em suas palavras, porém, não sabia no momento o que chamava mais sua atenção se era a beleza da jovem menina ou a luz do centro do Lago que iluminava tudo ao seu redor.

Quem é você... - Perguntou a menina.

- Desculpe, não queria lhe assustar, eu me chamo Bernardo.

- Não tenho nenhum interesse em saber, não me assustou. Mas me atrapalha, desejo ficar sozinha!

M-mas foi você quem per...tudo bem esqueça, parece que vai começar... - Disse Bernardo enquanto apontava para o centro do lago.

Sons estranhos começaram a vir na direção do centro do lago, as folhas que flutuavam sobre sua superfície começaram a voltar para ar e começaram a se mover em suas direções os rodeando por alguns segundos até caírem ao chão.

O-o q-que acabou de acontecer aqui...- Disse Malena em completo espanto.

- O lago. Nunca havia visto ele demostrar isso pra outra pessoa além de mim.

E você acha isso normal - perguntou Malena.

- No começo não, mas acabei me acostumando, venho aqui todas as noites. Não parece mas ele é um ótimo ouvinte e pode acreditar ele não espalha nada do que você conta pra ele, é verdade!

que... - disse Malena sem entender - isso não será normal para mim nem em mil anos. Enfim, preciso ir.

- Mas você não me disse seu nome.

- Eu me chamo Malena, Malena Walterson.

Aquele nome ficou preso como prego em uma madeira em sua mente. Durante dias foi até o lago na intenção de reencontrar aquela menina, poderia facilmente ditar cada detalhe do seu rosto a cor do seu cabelo, olhos e até mesmo a cor do vestido que usava. Quando estava preste a desistir lá estava ela novamente sentada em cima de uma pedra na beira do lago na mesma posição que na primeira vez havia lhe visto.

E-então realmente voltou... - Disse Bernardo um tanto quanto nervoso.

Manteve a distância aguardando uma resposta para se aproximar, mas não obteve uma resposta. Novamente insistiu em repetir o que já havia dito e novamente não houve nenhuma resposta.

Malena não é - perguntou Bernardo - não pense que estou seguindo você, foi apenas uma concidência, como disse eu moro próximo daqui e venho aqui toda noite.

O vento começou a soprar para todos os lados balançando as árvores com muito mais força as folhas caiam como chuva olhando para o céu não havia nenhum sinal de tempestade.

- Malena e melhor sairmos daqui.

Ao tocar-la se desfez em folhas que escorreram pela pedra e caíram sobre as águas do lago e começaram a flutuar em direção ao centro e assim afundaram uma por uma.

- D-roga! O que está acontecendo.

Desculpa não fique nervoso só queria agrada-lo, você parecia tão triste - disse uma voz feminina um tanto aguda que parecia estar a distâncias.

Quem está aí, apareça maldito! - Gritou Bernardo Furioso - Isso não é brincadeira!

Então uma luz azul saiu do meio do lago em sua direção, a luz apresentava um silhueta semelhante a de uma mão iluminando diretamente o seu rosto é por um momento sentiu seu rosto quente como se realmente houvesse uma mão em seu rosto.

- Sou eu...

Bem no fundo conseguia ouvir alguns sons que assemelhavam-se a gritos, gritos de uma voz que já havia ouvido antes. Era de Malena, correu em direção a floresta e os gritos se tornavam cada vez mais altos, estava correndo o mais rápido que podia saltando e desviando até ir de encontro com uma enorme árvore o impacto havia sido tão forte que acabou fazendo uma fratura em seu ombro esquerdo. Os gritos haviam cessados ainda sim se levantou e continuou a correr mesmo sem direção. Então quando não havia mais para onde ir gritou o nome de Malena com tanta força que ecoou por toda floresta, parado já sem fôlego, levou a mão em em seu ombro esquerdo e, começou a sentir as dores de seu ombro quebrado. Então ouviu seu nome em um enorme grito vindo do lado leste da floresta sem pensar duas vezes voltou a correr e encontrou Malena dentro de um tronco de árvore seca, enquanto um enorme lobo cinzento a acompanhava. O lobo virou em sua direção e começou a caminhar lentamente em sua direção seus olhos eram vermelhos sangue e sua enorme boca havia vestigios de roupas.

Fuja...por favor - Disse Malena enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Eu vim para salvá-la e farei isso mesmo que custe a minha vida!

Então lentamente Bernardo retirou de seu bolso uma adaga enferrujada que havia ganhado de seu pai, o lobo então saltou em sua direção jogando Bernardo no chão o mordendo descontroladamente, Bernardo tentava se defender como podia. Os gritos de dor de Bernardo a cada mordida podiam ser ouvidos a distância, Malena saiu de dentro do tronco seco e acertou o lobo usando um pedaço de madeira que se quebrou com o impacto aproveitando para fugir. O lobo então se virou em sua direção, quando o lobo tomou impulso para saltar em direção a Malena, Bernardo usou sua adaga para perfurar o rabo do lobo o prendendo ao chão. impedindo que fosse atrás de Malena o gemido do lobo deu sequência a uma série de mordidas desrregulares por todo o corpo de Bernardo que já não tinha forças para se defender, desmaiando logo em seguida o lobo então largou seu corpo e voltou a sua atenção para Malena.

- N-não se-se a-aproxime...

- Ainda estou aqui lobinho! - disse Bernardo em um tom de ironia

Bernardo havia se levantando o lobo então correu em sua direção e o mordeu no braço. Bernardo segurou firme o impacto da mordida do lobo em seu braço esquerdo.

Isso não dói tanto quanto achar que irá perder alguém! - Disse Bernardo enquanto usava sua mão direita para acertar o lobo no peito.