Capítulo 4

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As paredes da estrutura alta eram feitas do mais puro granito, as torres eram imensas, via-se que não possuía nada para iluminar pelo lado de fora do belíssimo castelo e que todo o chão do pátio do castelo era todo feito de pequenas rochas.
Caminhando para dentro daquele lugar imenso, Sol se perguntava se morava mais pessoas ali ou se era somente Kohan e sua mãe.
Olhando os detalhes ela percebe que tudo é iluminado por velas, as cortinas do lugar se diferenciavam entre vermelho e branco, os seus empregados usavam roupas iguais as dos aldeões, porém, viu-se uma unica mulher que se distoava de todos ali presentes. Essa usava roupas decotadas, e parecia cobrir apenas o necessário, mas estava praticamente nua, o vestido que usava ia só até metade de suas coxas, e seu decote generoso deixava seus peitos gase amostra, ela realmente era o que chamariam de mulher da vida na terra onde Sol viveu, mas talvez ali fosse normal aquele vestuário, e quem seria ela para criticar as roupas de alguém.

_Meu líder, permita que eu, Sania, lhe servir está noite, para aquecer-lhe._ se ofereceu.

_Vá aos meus aposentos e esteja pronta para receber-me._ Kohan disse.

A mulher saiu saltitando de alegria, mas olhou para trás e viu Sol, não se importou, tinha plena consciência aue seu líder jamais trocaria-a por aquela que foi trazida de outras terras.
Sol olhou a mulher e sentiu que ela lhe via como ameaça, mas de que? Sol nunca havia visto o tal líder em sua vida e nunca se passou por seus pensamentos.

_Eu já lhe disse para tirar essa bruxa de nossa casa!_ falou a mãe de Kohan.

_Sabes que não posso tirar-la daqui fiz uma promessa lembra-te!_ esbravejou Kohan.

_Teu patrono estaria tão decepcionado com sua escolha para quem elegeu como sua fêmea._ disso desapontada e saiu do salão.

_Minha matriz!_ chamou Kanaan.

O jovem se virou para seu lider e então com raiva lhe disse.

_Irmão, nossa matriz está certa, tens de mandar essa fêmea maldita embora de vosso castelo, olhe o que ela lhe fez dizer a nossa matriz._ falou tentando fazer o irmão mudar de idéia.

_Não ei de quebrar minha promessa, desistam disso._ falou já furioso.

Kohan sai andando furioso por mais uma vez seu irmão e sua matriz estarem lhe dizendo para mandar Sania embora de sua casa. Ele não entendia o motivo de tanta insistência em mandar a fêmea embora de seu castelo.
Sol via a cena um pouco distante e percebeu o olhar preocupado que Kanaan deu para o irmão que insistia em manter a bruxa sobre seu teto. A jovem se aproximou de seu amigo e pois a mão em seu ombro, não sabia o que dizer naquele momento para ele mas talvez fosse melhor não dizer nada.

_Você acredita que ela é uma bruxa?_ perguntou seu amigo buscando consolo nas palavras da menina que tinha como irmã em seu peito.

_Acredito, embora eu não acreditasse em mitologias, e folclores, depois de ver um homem virar lobo e falar, acho que posso acreditar em tudo, até que um homem pode ter um bebê._ ela diz sendo irônica.

_Em nossas terras isso é possível._ falou o amigo.

_Sério? Isso realmente pode acontecer aqui?_ ela pergunta surpresa.

_Claro, a muitos casais de machos em que ômegas machos tem filhotes com alfas machos._ seu amigo responde e aponta para um casal de homens logo atrás dele que segurava um bebê.

_Nossa, é realmente impressionante._ ela diz maravilhada ao ver a cena.

Sol tinha vívido em um mundo muito preconceituoso, onde homens que amassem outros homens eram chamados de aberrações e obrigados a casar com uma mulher mesmo que não quisesse, era raro uma família aceitar tal coisa, mas havia algumas poucas que aceitavam seus filhos e seus companheiros.
Sol achava aquilo lindo, e se perguntava se ela algum dia teria um amor como aquele casal logo a sua frente.

_Como sabem quem é seu companheiro? Tem algo de cheiro como nos livros, uma marca talvez?_ ela perguntou curiosa.

_Bem, na verdade tem haver com sentimento, por exemplo, eu e Estrela, eu sinto que Estrela é minha fêmea e ela sente o mesmo, e no dia da lua de sangue iremos confirmar isso, transformando nossos seres em um só, e nos unindo através da luz da mãe suprema que nesse mesmo dia estará sobre os braços do pai supremo e teram uma única noite de amor verdadeiro._ ele falava com admiração.

Kanaan dizia suas palavras com amor a tudo, e parecia estar muito feliz por dividir aquele momento com a fêmea de seu coração tão valente, Estrela era sua paixão desde sempre e Sol sentia que os dois eram realmente um para o outro, e que ela esperava a muito tempo para aquele momento, os dois queriam pertencer um ao outro e somem a eles, mas... Kanaan se preocupava era com seu irmão nesse dia, eles já eram machos completos, e a lua de sangue era o momento perfeito para a bruxa de Sania se enfiar nas cobertas do alfa e lhe força a estar com ela para todo o seu pulso de vida.

_Sol, venha comigo vou te levar para o seu ninho, ele fica na torre norte, é um lugar seguro, sua avó o selou para não deixar espíritos malignos entrarem lá, e o mantivemos assim, só é aberto para limpeza e mais nada, nossa xamã vai ao ninho todo solstício para fortalecer novamento o selo._ Ele fala sério.

_O que minha avó era?

_Ela era uma sacerdotisa, mas depois se aposentou, e casou com seu avô no seu trigésimo ano de vida, e foi embora, foi o que o ancião contou a mim e meu irmão.

_Nossa, que incrível._ Sol falava emocionada.

_Sim, bem aqui está seu ninho, Estrela virá buscar você para o jantar e depois o líder irá falar com você.

Dito isso, Kanaan sai e deixá a jovem Sol parada enfrente ao seu novo quarto, para ela era estranho ter um quarto numa torre, porém se era o mais seguro, era melhor que permanecesse ali, e não contrariasse as ordens, aquele era um lugar novo e se ela viveria ali, era melhor que aprendesse seus costumes e se acostumasse com eles também.
A menina empurrou a porta e viu que o quarto era muito confortável, e parecia ter saído de um dos livros de fantasia da jovem, ela lembra que não tinha trago malas, mas olhou para o guarda roupa e viu milhares de vestidos como os que ela notou que todas as mulheres daquele lugar usavam, eram de seu tamanho perfeito, e havia alguns enfeites de cabelo, cordões, brincos, pulseiras, tudo em uma espécie de penteadeira, sua cama era confortável, feita de madeira, com vários lençóis e pelos que a deixa fofinha e confortável, parecia que tudo ali fora feito para sua chegada. A garota olhou pela janela e na outra torre havia um casal, a menina apeta os olhos e vê o alfa com Sania aos beijos e agarrar de corpos totalmente desnudados. Totalmente assustada com a imagem a menina fechou as cortinas e se agarrou a uma das peles de animal ali em sua cama, ela olhou e viu que o bixo estava vivo e que se tratava de um ursinho filhote, com olhos redondos e escuros, o bichinho estava agarrado a uma das peles, Sol olhou bem, e se tratava de outro urso, porém esse estava morto, pobre ursinho ela pensou. O pequeno ursinho se virou e olhou Sol com olhinhos que demonstravam o quão estava triste, Sol estava com pena, será que não viram que tinha um filhotinho? Ela se perguntou, o bichinho começou a chorar, parecia com fome, Sol então o pegou em seus braços e o levou para fora do quarto.

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Sob os olhos do Supremo_Livro ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora