Capítulo 5

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Sol pedia algumas informações sobre onde seria a cozinha e vários dos empregados apesar de admirados com o que a garota carregava em seus braços lhe disseram a direção, quando ela finalmente chegou, procurou por algum peixei ou qualquer carne que pudesse dar ao pequeno animal que parecia estar fraco. Não demorou muito ela encontrou leite e como seu avô lhe ensinou muito, ela preparou uma mamadeira para o pequeno ursinho, pegou o pequeno no colo e lhe deu de mama, ela se sentia feliz em poder ajudar aquele pequeno animalzinho, a mamadeira foi toda e logo em seguida um pequeno ursinho se via dormindo em seus braços bem confortável.
Sol se virou para sair quando viu Kohan a olhando. O olhar do alfa era de alguém que tentava entender o que aquele pequeno animal fazia junto com a fêmea estrangeira em sua cozinha.
Sol ficou paralisada, e por um momento lembrou do que viu pela janela de seu quarto, e sentiu vergonha, mas graças a sua pele levemente bronzeada, não dava para notar. O alfa se aproximou da garota e a mesma se afastou um pouco, talvez tivesse medo daquele ser fazer algo com o pequeno urso em seu colo.

_O que a fêmea faz aqui com esse ser? Certamente tem uma matriz, por que está com ele?_ perguntou sério.

_A mãe dele foi morta, encontrei no meu quarto, e parecia ter fome, então eu decidi dar um pouco de alimento a ele._ falou conatrangida, pensando ter feito algo errado.

_Te preocupas com esse filhote de urso?_ perguntou o alfa.

_Uhum, eu posso cuidar dele?_ perguntou com os olhos esperançosos.

_Teu compromisso com esse filhote começou apartir do momento que o alimentou fêmea, ele lhe pertence agora._ disse Kohan e saindo do local.

_Obrigada._ disse Sol.

_Não tens nada a agradecer-me.

Kohan saiu da cozinha e em seu caminho ele pensava no que a fêmea fez, geralmente ele brigaria e diria para mandar o animal de volta à floresta, porém dessa vez não, ele simplesmente permitiu que ela cuidasse daquele pequeno urso, por que? Por pena talvez? Quem sabe ele tivesse simpatizado com o ursinho nos braços da garota. Confuso, essa era a palavra que definia ele naquele momento e isso não o agradava, decidiu que era melhor visitar o ancião, para saber o que se passava com ele.
Subindo as escadas da torre Leste o supremo se deita em sua cama mas fica alerta ao ouvir o som de alguém entrando em seu ninho. Olhou para os lados, com calma e viu logo a sua frente um senhor, o mesmo usava uma túnica e assim como todos andava descalço.

_Ancião, preciso de seu conselho._ disse o supremo se aproximando.

_Vejo que a estrangeira confunde os pensamentos do grande líder._ falou o sábio ancião.

_Não entendo porque ancião, ela é uma mísera estrangeira, mas tem um cheiro é tão delicioso e meu pulsar bate mais forte ao vê-la.

_Meu senhor, tens as respostas de teu futuro no passado, apenas deves olhar para ele e entender onde está seu fio do destino e onde está o fio da fêmea._ disse o ancião sabiamente.

_Seja direto ancião! Não tenho tempo para procurar respostas!_ esbravejou o supremo.

_Então deves consultar o feiticeiro, meu senhor._ aconselhou.

_Farei isso, pode ir agora._ ele disse e o velho ancião se retirou com muita calma.

Kohan permaneceu em seu quarto olhando para a janela e lá ele viu a fêmea que atormenta seu juízo adormecida com o pequeno urso em seus braços, sua besta interior fica em alerta, aquele pequeno urso não lhe parecia confiável, mesmo que parecesse só um filhote muitos dos membros da alcatéia podiam ficar tanto na forma de um filhote quanto na forma adulta, e isso o deixou alerta. Kohan ficou por vários minutos olhando para a garota até que a porta de seu ninho foi aberta, ele olhou para trás e lá estava o feiticeiro, um homem com cabelos negros com tranças de nagô, uma pelo morena quase negra, olhos castanhos, e uma barba por fazer que nele ficava muito bem, seu físico era muito bom e estava muito bem conservado, não havia diferença de suas vestimentas para com o resto dos homens naquele lugar.

_Aqui estou meu senhor, como me solicitou._ disse o homem.

_Harun, me diga o que á comigo, estou doente ou algo assim?_ pergunta Kohan.

O feiticeiro lavanta sua mão sobre a cabeça do seu senhor, sentindo sua forte energia, quase insuportável de tanta dominância que possuía, porém no meio disso, Harun vê algo.

_Meu senhor! Tem bruxaria forte em seu ser, e já está em teu corpo a muito tempo, quanto a fêmea, precisarei ver o que a grande mãe me diz, dessa vez só ela possuí a resposta, embora talvez eu saiba do que meu senhor possa estar passando._ disse Harun.

_Qual á tua suspeita?_ pergunta o supremo.

_Talvez tenhas achado tua senhora meu senhor, mas isso é uma suspeita eu irei chamar pela grande mãe e assim que obter as resposta venho lhe dizer tudo, mas meu senhor, se ela realmente for a sua fêmea, sugiro que dê um jeito de ela não lhe negar, será doloroso, pois, se essa suspeita for verdade, teu pulso de vida está nas mãos dela._ ao terminar, o feiticeiro sai e vai para a fora do castelo.

Enquanto isso, em seu ninho, o grande líder pensava nas palavras do xamã, ele esperava que o que ele tenha falado fosse verdade mas metade de seu ser não acreditava nessa coisa e certamente, Kohan talvez não aceitasse Sol por ser uma estrangeira, mestiça e fraca aos seus olhos. Porém, a lembrança de quando ela estava na cozinha cuidado do pequeno urso lhe veio a mente, seguida da lembrança de quando ele lhe carregou em sua forma lupina, e a de quando ela o viu pela primeira vez, em sua cabeça talvez fosse bom ter ela como fêmea, mas talvez era melhor não ficar na expectativa, o que ninguém sábia era que, durante muitos anos Kohan desejou uma fêmea para ser sua companheira, queria alguém para lhe acalentar e poder sempre estar com essa pessoa, sua besta interior clamava por alguém que lhe aquecesse a alma.
Enquanto Kohan estava submerso em seus pensamentos, Harun estava em sua cabana afastada da aldeia preparando o seu encanto para poder falar com a sua deusa que lhe daria a resposta para o problema do seu senhor.

_Com a força da luz da grande mãe, eu chamo a ti, rainha de todos os lobos, protetora da noite, eu rogo a ti, minha deusa, ouça o chamado do seu humilde servo, minha mãe me de a resposta para o que meu senhor precisa._ recitou o feiticeiro.

No céu, uma luz forte aparece, e dela surge a silhueta deu uma mulher. Os cabelos longos e prateados brilhavam na luz do luar, sua pele corada lhe deixava mais bela do que já era, e seu vestido branco desenhava as curvas de seu corpo.

_Minha mãe._ falou o xamã se curvando para a mulher.

_Meu filho, ouvi teu chamado, e estou aqui para lhe dar a resposta de sua pergunta, diga-me.

_Meu senhor deseja saber, a fêmea estrangeira, é mesmo a sua companheira minha mãe?_ perguntou ainda de joelhos não olhando para a mulher que possuía a luz mais bela e forte que já virá.

_A fêmea da qual fala, realmente veio de longe, e eu lhe dei o destino, foi da minha vontade que essa mulher fosse a companheira do seu senhor.

_Minha mãe, diga-me, ela será uma boa senhora?_ perguntou apreensivo.

_Ainda não está pronta mas irá se tornar a sua senhora e seu reinado ao lado do seu supremo irá ser de tamanha paz para todos.

_Obrigada grande mãe.

_Harun, meu filho, quero que ajude sua futura senhora, pois um perigo ronda seu caminho e ela precisará de sua proteção.

_Prometo que nada ocorrera com a minha senhora.

Sem dizer uma unica palavra, a mulher voltou para o céu e assim desapareceu na luz do luar. O xamã olhou para frente e viu que sua deusa já havia partido. Com a missão de proteger sua futura senhora o xamã estava decidido a fazer um selo de proteção e dá-lo a sua senhora, prometeu que a protegeria, e assim o faria.

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Sob os olhos do Supremo_Livro ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora