Não se engane com meu rostinho, não sou nada delicada. A minha vida foi injusta, então não me julgem.
O mundo é uma hipocrisia sem fim e o nos move é o dinheiro, comecei vendendo bala no sinal, as mesmas que são contra abortos me viam implorar por comida e não me davam um real.
Depois dali, foi de roubo pra tráfico e aqui estou hoje, uma coisa que amo é dinheiro e por isso tem um "girls like money" tatuado na minha bunda.
Ptk que me ensinou a não confiar nada e nem ninguém, e me traiu dessa forma nojenta,, eu matei o homem que eu amava.
Não tenho nada e nem ninguém, diria que uma pessoa solitária? eu digo pessoa inteligente.
Não tenho muita amiga mulher, como diz aquele ditado "muita xereca junta fede" e quem eu considerava minha amiga, me roubou dentro da minha própria casa, tive que deixar de exemplo dando uma surra em praça pública, hoje ela nem olha na minha cara.
Encaro minha imagem no espelho do banheiro, e penso que outras mulheres de vinte e três anos agora já devem está começando seu sonho, fazendo uma faculdade ou construír uma família, enquanto eu....
Parar de pensar bobeira e focar no que eu quero e no que eu vou conseguir.
Nessa altura do campeonato todo mundo ja sabe da morte de ptk. Acabo de subir meu vestido e faço um delineado simples no rosto, e dou uma mexida no meu cabelo, iria chegar na reunião com tudo!
O cheiro daquela sala era de dinheiro, cheiro que eu mais gostei da minha vida.
Nunca tinha vindo aqui, patrick nunca me trouxe e eu logo vejo o porque, parece um puteiro de tanto mulher semi nua.
: belezinha, pensa que vai aonde? tu tá com muita roupa pra entrar - segurou meu braço me parando o homem, o olhei de cima a baixa fitando seriamente.
Diana: oque? tá dizendo que mulheres só entram peladas? - que filhos da puta.
: isso aí, se quiser participar da reuniaozinha dos chefes, tire alguma coisa. - ri alto. : ta debochando da minha cara vagabunda?
Diana: me chama de vagabunda de novo! - mandei apontando minha glock prata, ela me lembra do ptk, pois foi ele que me deu.
: Diana como sempre sendo nossa Rihanna brasileira. - ouvi alguém falar atrás de mim, virei me dando de cara com o catra.
Diana: man down. - brinquei, catra é um velho amigo, apesar de eu não gostar de muita gente, eu e ele nos damos bem.
Catra: ela era mulher do ptk, deixe a passar. - falou pro garoto que eu apontei a arma, fez um gesto de desculpa pra mim. : eu soube, eu sinto muito Di, o ptk era um....
Diana: grande filho da puta. - completo a frase dele, que me olha com as sobrancelhas arqueadas. : pelo visto não soube que foi eu que o matei.
Quase engasga com o gin.
Catra: chocado, passado com farofa. - faz uma voz fininha me fazendo rir.
Diana: pois acredite, eu ganhei chifres e ele ganhou asas.
Catra: se bem que...pelo histórico dele acho bem difícil ter subido.
Diana: é verdade. - faço um careta. : deve esta queimando no inferno, vou dar um giro, que não me acrescenta em nada ficar jogando papo fora contigo aqui.
Catra: eu que agradeço por ficar longe de você, matadora de homens. - me gasta se afastando.
Olho ao redor e penso que naquela sala deve ter milhões, de tantas coisas caras que eu reparei.
Procuro com os olhos o loiro, nunca o vi pessoalmente mas sei que é reconhecível, quando bater os olhos saberei quem é.
🖤