Prologue

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Era mais um dia de trabalho para Harry Styles, dentista e proprietário de um pequeno consultório no centro de Londres. Focado na odontopediatria, era um local menos aterrorizante para as criancinhas que se queixavam de dores nos dentes, ocasionadas por cáries devido à grande quantidade de doce ingerida sem uma escovação adequada.

Ele sorriu ao entrar no local, vendo alguns pequenos pacientes brincando nas mesinhas com lápis de cor, outros na piscina de bolinhas e ainda poucos na casinha de plástico. Amava sua profissão e fez o que estava ao seu alcance para deixar o local aconchegante.

Cumprimentou Verônica, sua secretária, e foi para seu consultório. Viu o outro dentista que trabalhava ali, Zayn, procurando alguns materiais. Ele sorriu e cumprimentou o amigo com um aperto de mãos.

— Que invasão é essa? — brincou, deixando sua bolsa dentro do armário branco e tirando seu jaleco. Amarrou seus cabelos em um coque e tirou o óculos, lavando-os sob a água corrente da pia. Em dez minutos de caminhada, enchera as lentes com marcas de dedos e aquilo o incomodava.

— Oi, Hazz. — continuou a mexer em uma caixa de plástico.

Malik era irmão gêmeo de Verônica, a moça estava concluindo a faculdade de administração e precisava de um estágio. Pouco depois de ter aprendido suas funções, a outra secretária pediu demissão e ela foi efetivada, mas já pretendia sair para tentar uma vaga em outro lugar. O outro dentista era responsável pelos pacientes adolescentes, dos doze aos dezoito anos e era mais flexível que Styles.

— As borrachinhas da minha sala acabaram. — murmurou. — Por isso estou aqui.

— Pegue no estoque, criatura. — riu, terminando de lavar seu óculos e enxugando-o no papel toalha. Colocou-os novamente e abriu a porta de sua sala, pegando as fichas dos pacientes em ordem de chegada. — Saia, vou começar meu expediente.

Ele assentiu, saindo do consultório por outra porta, com um conjunto de borrachinhas de aparelho na cor preta em mãos. Harry sorriu, já com a touca em seus cabelos e chamou a primeira paciente. A menininha de sete anos entrou no consultório acompanhada da mãe. Parecia estar com medo.

— Olá, princesa. — ele ajudou a pequena a se acomodar na cadeira. Sentou-se na sua de rodinhas, ao lado dela. — O que te fez sair de seu reino e procurar um simples plebeu como eu?

— Ela está com dores. — a mãe disse, sentada em um puff laranja. — Desde semana passada.

— Oh. Uma princesa precisa se cuidar, huh? — deslizou sua cadeira até ficar próximo do armário e abriu a gaveta. Tirou uma máscara e a colocou sobre o nariz e boca. Deixou na mesinha próxima, também com rodinhas, uma bandeja metálica com os materiais que frequentemente utilizava, todos esterilizados. Voltou para perto da paciente e ligou a luz sobre a cadeira. — Abra o bocão para o tio Harry.

Ela negou, com medo, e ele sorriu.

— Oh, não tenha medo de mim. — calçou as luvas de látex e pegou o espelho dentário. — Vou examinar seus dentinhos com isso. — mostrou a ela. — Não dói.

Parecendo ter mais confiança no homem, ela abriu a boca e ele examinou seus dentes. Os incisivos, ou os quatro da frente, já eram permanentes e estavam saudáveis. Foi mais ao fundo, vendo uma manchinha suspeita em um molar.

— Vou trocar o o espelhinho por outro instrumento, ok? Continue com a boquinha bem aberta. — murmurou, pegando outro objeto e analisando o molar com mais atenção. — Oh, uma cárie.

— É profunda? — a mãe indagou.

— Não. — sorriu. — É superficial, vieram antes que algo maior acontecesse. — permitiu que ela fechasse a boca e pegou mais alguns aparelhos. — O tio vai usar um instrumento que faz barulho. Mas ele é amigo, não vai te machucar de forma alguma, ok?

Chococandies | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora