Perséfone saía acompanhada, levando cestas com pães, queijos, vinhos e mel. Qualquer fosse o destino: campo, floresta, lago ou montanhas, quando estavam suficientemente longe, as damas iam para um lado, e Perséfone, outro. Apreciava a ventania, silenciando a ensurdecedora veleidade dos olimpianos. Cavalgava velozmente, longe quanto lhe permitiam. Tristeza invadia seu semblante quando retornava, ocultava-a dos demais deuses pelo vênero sorriso que forçava nos lábios inocentes.
Aquele dia seria diferente. Perséfone percebera a presença do rapaz há tempo. Apesar de belo, atraiu-se por ver nele melancolia familiar à sua. Sorriu, vendo-o como sempre tão distante.
— Não quer juntar-se à mim?
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Perséfone, Perséfone.
RomanceQuando Hades é vítima de uma armadilha de Eros e Afrodite, o rei do submundo se vê observando a doce Perséfone. Mas Perséfone é uma deusa movida à estações, e possui duas faces: a dócil e obediente filha de Deméter; e a moça livre que corre pelos ca...