Seu toque, seu abraço, o calor de seu corpo que me envolvia junto com a água morna da banheira, toda essa cena me deu a segurança que me faltava, eu não poderia me apaixonar por ele, apesar de que tudo isso seja apenas um acordo, com o tempo pode ser que surja um sentimento que eu não desejo agora.
Ficamos no banho por um tempo e depois fomos dormir, ele teria que dormir na mesma cama que eu, pois não sou de receber muitas visitas, ainda menos para dormir aqui em casa. Deitamos e eu dei um cobertor separado, suponho que ele não irá querer dividir o mesmo coberto com alguém ele mal conhece. "Espera! O que estou dizendo? Estou com uma pessoa que conheci há um dia atrás na minha casa e ainda corro o risco de morrer por isso".
Ele pegou o cobertor e me observou com um olhar suspeito.Abro o guarda roupa, pego um pijama roxo, logo o visto e me deito. Olho para o lado e Toy está parado, ainda com o cobertor na mão, me observando, sendo sincero isso me assusta um pouco.
- por que me deu esse cobertor?- ele me perguntou com um tom duvidoso.
- você não vai dormir no frio certo?
- pensei que iriamos dormir juntos...
- vamos ué- respondo com um sorriso.
- então...
- tudo bem, podemos usar o mesmo cobertor...
Ele sorriu, colocou o cobertor sobre a poltrona que havia ao lado do meu criado mudo e se deitou ao meu lado, logo se cobriu.
Ele estava sem camisa, seu corpo era quente e confortável. Me abraçou. O fato de ele estar comigo, aqui e agora, me conforta, mas me sinto culpado, penso que estou forçando ele a isso, afinal uma pessoa que te conhece há um dia, não teria essas atitudes.
"Está tudo sendo muito rápido..."
Dormimos abraçados, acordei virado para ele, que não havia me solto de seus braços.
Ainda cossando os olhos, eu observo ele, que está sorrindo ainda dormindo.
"Quem será que está em seus sonhos?" Penso.
Encosto minha cabeça sobre seu peito, e retribuo o abraço. Ele acorda.
- Bom dia Candy!
- Ah! Você já acordou... Bom dia.- me afasto um pouco
Ele me observa atentamente, enquanto me aproxima novamente dele, porém ele se abaixa um pouco para ficarmos na mesma altura na cama e aproximada seu rosto do meu.
Nossas bocas estavam quase se tocando, meu coração palpitava. Virei o rosto.
- não quero que faça isso- "não por se sentir obrigado..."
- Eu quero... Só um beijo...- disse ele com sua voz grave e atentamente doce.
Nos aproximamos novamente, eu tentei resistir aquilo, mas eu também queria beija-lo, logo cedi.