| PARTE V

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PARTE V

Na manhã seguinte eu acordei nos braços de Vitor. Estou com uma camisa dele e ele está sem nada, sorrio ao ver que ele já estava acordado.

— Que horas são? — pergunto sentindo o sol batendo na minha cara, ele vem da janela.

— Seis da manhã. — responde Vitor. — Relaxa que nas férias o Gabriel só acorda lá pelas nove, o que nos dá três horas.

— Opa, duas. — respondo. — Minha mãe vem me buscar na mesma hora que seu pai chega.

— Ih, é mesmo. — responde ele. — Tem o meu pai.

Sorrio.

— Me desculpa. — diz ele.

— Pelo o que? — pergunto.

— Ter te zoado naquele dia no fundamental quando você chegou de salto alto. — responde ele.

— Tudo bem, éramos crianças. — respondo. — Apesar de que a maioria das crianças já terem consciência do que estão fazendo.

— Claro. — diz ele.

— E hã... Me desculpa também. — digo. — Por correr atrás de você com o salto.

Vitor Hugo sorri.

— Tudo bem. — diz ele.

— Então... O que vai ser depois disso? — pergunto. — Droga... É verdade, foi sexo sem compromisso.

— Podemos mudar isso. — diz ele.

— Ah... E estragar a magia do Natal? Talvez estivesse escrito em algum lugar que era para acontecer somente uma vez.

— Será? — pergunta Vitor. — Mas nós temos um bom jeito na cama.

— Isso eu não posso negar. — respondo.

— Não podemos. — diz ele.

— Bem... — digo. — Podemos ter mais uma vez.

— Podemos? — pergunta ele.

Subo em cima do colo de Vitor.

— Quer ver mais leitinho... — digo.

Vitor ri e me puxa dando um beijo.

* * *

Babá de Natal | Conto ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora