Capítulo 1

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No momento estou indo entregar a prova que decidirá o resto da minha vida, bom, não o resto da minha vida, mas uma parte muito importante dela.

- Terminou, Juli? - a professora Carla pergunta. Agora eu não sei, realmente terminei? Essa prova é muito importante, acho melhor dar uma conferida. - Juli, eu tenho certeza de que você se saiu bem, vamos, me dê a prova.

- Não sei não professora, e se eu não conseguir? - entrego-lhe a prova.

- Então você tenta de novo próximo ano, mas não pense nessa possibilidade, eu sei o quanto você esta se esforçando para isso. Agora, vá para casa e descanse, amanhã sairá o resultado no seu e-mail.

- Obrigada professora - respiro fundo - sentirei saudades, até mais.

Saio da sala e vou em direção a saída da escola, olho bem para o lugar e espero que seja a última vez que o veja, não que eu odeie minha escola, muito pelo contrário, passei ótimos momentos aqui, afinal eu estudo nessa escola desde que me entendo por gente, mas já esta na hora do basta, terminei o terceiro ano semana passada e estou muito animada para ir estudar na Le Regent Arts. Se for aceita, claro. Tiro esse pensamento da cabeça e percebo que já estou chegando em casa, essa é a parte boa de morar perto da escola - consigo sair o mais rápido possível dela.

- Mãe? A senhora tá aqui? - saio gritando pela casa e jogo minha bolsa no sofá, estou muito cansada para ser organizada.

- Na cozinha, seu pai esta aqui também! - ela grita de volta e sigo em direção a cozinha. Ao entrar, me deparo com um bolo, meus pais e meus amigos ao redor da mesa. - Parabéns Juli! - gritam em uníssono, e todos vem me abraçar ao mesmo tempo.

- Gente, não acredito, nem é meu aniversário. Qual o motivo dessa algazarra? - não estou aguentando de felicidade, minha família é a melhor mesmo.

- Você, sua bobinha. - minha melhor amiga, Manu, é quem fala isso e me abraça ao mesmo tempo.

- Agora vamos comer esse bolo que eu tô morrendo de fome, Juli - o Diogo, meu melhor amigo, senta na mesa e me lança uma piscadinha. Reviro meus olhos e vou abraçar meus pais, eles são mais importantes do que a fome do Diogo.

- Obrigada mãe e pai. - dou um beijo na bochecha deles e me sento a mesa - Agora sim, vamos comer!

Todos sentam a mesa e minha mãe começa a colocar uma fatia de bolo para cada um, coloco um pedação na minha boca e suspiro.

- Huuuummmmm! Recheio de crocante! Meu preferido!

- O bolo tá uma delicia tia Su, mas você tem um paladar muito estranho Juli - o Diogo olha pra mim e depois pra Manu, e ela começa a concordar com a cabeça. - Sério, tantos sabores no mundo e o seu preferido é o de amendoim.

- Primeiro - falo contando nos dedos - meu paladar não é estranho, e sim re-fi-na-do - falo sílaba por sílaba - segundo, é amendoim caramelizado misturado com creme, não tem nada melhor e terceiro, também é o preferido do meu pai. Não é, pai?

- Uhum, a sua avó fazia o melhor de todos. Mas como foi a prova?

- Ah, vocês sabem como é, não foi as mil maravilhas, mas eu fiz. Agora é só esperar o resultado! - dou um pequeno suspiro.

- Qual é a nota máxima? - a Manu me olha em dúvida.

- É 1500, um pouco mais do que o ENEM.

- Julieta, não se preocupe, eu tenho total certeza de que você vai conseguir! Palavra de mãe. - minha mãe cruza os dedos e coloca em frente ao peito e me da um sorriso acolhedor, sorrio de volta.

- Obrigada, mãe.

- Então, como que funciona isso mesmo? Que eu ainda não entendi direito. - o Diogo pergunta.

- Ai gente, é perfeito! a Le Regent Arts fica em Boston, ela é uma colônia de verão, mas dura um ano inteiro, é como se fosse um cursinho interno, mas o aluno só faz as aulas que forem necessárias para a formação que cada um vai querer na faculdade e mora na colônia, tem dormitórios e tudo que precisa. Mas ela é muito cara e a prova que eu fiz hoje é para ganhar a bolsa 100%, e eu tenho que tirar uma nota alta, pois ela é muito disputada. Obviamente eu quero fazer o curso de idiomas e sair de lá poliglota, como eu já aprendi inglês aqui no Brasil mesmo, não vou precisar cursar lá, sendo assim, eu pretendo cursar francês, italiano e alemão.

- Uau! É muita coisa Juli, parabéns, você vai conseguir, todos nós sabemos.

Olhei para cada um na mesa e me senti muito bem, amada, se eu passar vai ser muito difícil deixa-los, mas sei que estarão felizes e me apoiando.

- Amo vocês! - falo olhando para eles.

- Também te amamos muito Juli. - a Manu segura minha mão - Não se esqueça de nós e não ouse ter uma outra melhor amiga. - começamos a rir e aperto a mão dela.

- Pode deixar.

   Estou no meu quarto, muito ansiosa para dormir, muito nervosa para tentar dormir, nem sei que horas que irão me mandar o resultado da prova

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Estou no meu quarto, muito ansiosa para dormir, muito nervosa para tentar dormir, nem sei que horas que irão me mandar o resultado da prova. Eu preciso dormir, um chá me acalmaria mas não estou com coragem de levantar para ir fazer um. E como se lesse meus pensamentos, minha mãe entra no quarto com uma xícara.

- Imaginei que estaria acordada. - ela senta na cama e me entrega a caneca. Como eu esperava. Chá de maçã com canela.

- Obrigada mamãe, estava pensando nisso agora.

- Mamãe? Você realmente deve estar nervosa, faz anos que não me chama assim. - ela bagunça meu cabelo e sorri.

- Ora, me desculpe então, Suzie Meyer. - imito seu movimento o bagunço o cabelo dela.

- Oh não! Eu já estava me acostumando com mamãe, como crescem rápido! - ela leva as mãos ao peito dramatizando e damos risada. - Juli, escute sua mãe, não precisa ficar nervosa, tudo ocorrerá no devido tempo. Se você não passar - o que eu sei que não vai acontecer - você pode sempre tentar novamente. Beba seu chá e tente dormir. Seu pai e eu te amamos. - ela beija minha cabeça e vai em direção a porta.

- Amo vocês. Boa noite, mamãe.















O destino de JulietaWhere stories live. Discover now