Eu amei e perdi✨

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Então gente esta história é de um sonho que tive à uns dias e quando acordei fui logo escrever para não me esquecer kkk.
Acrescentei alguns pormenores para a história ficar mais realista .
Desfrutem e dêem asas à vossa imaginação 😘.

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Mais uma manhã de sol na aldeia onde moro e eu ia entregar a tarte de framboesa da minha avó à Joana, uma grande amiga de infância que morava mesmo à frente do centro da aldeia onde todos os domingos fazem a típica festa com música "pimba" que eu acabava sempre por ir com os meus avós para lhes fazer companhia e no fim dançava sempre uma música ou duas.

Cheguei ao segundo andar do prédio e bati à porta, o namorado dela abriu a porta com umas vestes pouco apresentaveis e chamou-a. Entreguei- lhe a tarte que ela pede todas as terças feiras, combinámos de ir beber um café mais logo, despedi-me dela com um abraço e desci as escadas. Inesperadamente quando chego ao primeiro andar sou projetada para o chão frio do prédio, viro-me já preparada para dar uma resposta mal educada quando uma mão morena se estende à minha frente pronta para me ajudar a levantar e eu aceito, agarro a mão do rapaz reparando na sua face: cabelo bagunçado castanho cor de amêndoa, sobrancelhas finas e perfeitas (que me fez ter um pouco de inveja), olhos cor de mel, nariz fino e redondo na ponta e lábios um pouco carnodos com um sorriso envergonhado.

-Desculpa, eu não reparei que você estava na minha frente. - disse ele a coçar a nuca com a mão direita.

-Não há problema. Mas tanta pressa para ir aonde?

-A dona do prédio me pediu para ir arrumar a minha arrecadação.

-Então não te atrapalho mais. - digo a sorrir.

-Veme-nos por aí - disse-me descendo rapidamente as escadas.

E eu fui à minha vida, tinha de ir para casa ajudar a minha avó a fazer o almoço.

No dia seguinte de manhã, voltei ao prédio para ir ter com a Joana para ir tomar o nosso café mas chego lá e reparo que ela está a ajudar o vizinho novo o que me atirou ao chão, pelos vistos o nome dele é Marco, ouvi a Joana a dizer.

-Bom dia, estou só a ajudar o Marco e vou já para o café. - disse me ela.

-Bom dia, eu posso ajudar assim é mais rápido.

-Agradeço muito. - respondeu ele a segurar uma caixa.

Passámos a manhã inteira a ajudá-lo a esvaziar a sua arrecadação, diverti-me imenso, rimos, conversámos, brincámos, senti que me tornei grande amiga do moreno. No final da manhã trocámos números de telemóvel e eu e a minha amiga seguimos para o café, é óbvio que ela começou a dizer aquelas coisas parvas de que eu estava apaixonada e que íamos namorar mais tarde ou mais cedo, eu achei um disparate eu só... me sentia atraída por ele ser bonito e boa pessoa.

E assim se foram passando os dias, eu e ele todas as tardes a ver filmes na arrecadação dele, sim eu sei que parece estranho mas ele tinha lá um sofá para duas pessoas, uma televisão antiga com um leitor de cassetes. Cozinhavamos, sabem aquela típica cena de filmes onde salta farinha um para o outro e rimos feitos uns perdidos era tal e qual (por sinal o Marco cozinha muito bem não é por acaso que ele está a trabalhar no café do meu avô). Passeámos juntos pela aldeia e entre muitas outras coisas divertidas. Só achava estranho o moreno nunca ir à festa aos domingos mas nunca o questionei sobre esse assunto.

Estavam a ser os dias mais divertidos nestes últimos anos desde que os meus pais faleceram.

Agora tinha a certeza que estava apaixonado por ele.

Mas como tudo neste mundo, a vida não é sempre um mar de rosas.
Como faço sempre todas as manhãs vou beber café com a Joana para lhe contar tudo sobre o meu dia anterior com o moreno. Quando lhe disse que estava apaixonada por ele o sorriso na cara dela desapareceu e deu um golo no seu cappuccino que pede todos os dias, percebi que não ia ouvir coisa boa.

-O que aconteceu? Conta-me por favor. - implorei.

-Descobri hoje e ia te contar o mais depressa possível -Fez uma pausa e olhou me nos olhos -, mas já que tocaste no assunto vou te dizer já.

Uma das notícias mais angústiantes que alguma vez recebi. A vizinha da Joana tinha visto uma rapariga a sair de casa dele e despediram-se com um suave e longo beijo nos lábios, aqui as notícias correm depressa e mentira não seria, as vizinhas religiosas não se atreviam a cumprir um único pecado.

Podia só o ter conhecido à dois meses mas passar todas as tardes com o moreno fez-me desenvolver um grande sentimento por ele mais do que apenas uma simples amizade e não entendia o porquê de nunca me ter falado daquela rapariga.

Os dias foram passando, recebia chamadas e mensagens do Marco mas não consegui-a responder muito menos ver a cara dele, evitava ir para aquela zona apesar de ser a maior fonte de acesso desta região. Pelo menos a Joana vinha-me visitar e fazia companhia a mim e à minha avó já que o meu avô passava o dia inteiro enfiado no café. Bebíamos o chá e comíamos os bolos de mel que a avó faz que aliviam a tristeza que sentia.

Num domingo à tarde tive de ir ajudar o meu avô a arrumar as paletes de cerveja para logo à noite já que o Raul estava doente, um amigo meu que costuma fazer-me companhia a beber uma cerveja porque o namorado da Joana têm ciúmes dele e eu não quero fazer de vela então nós ficamos os dois juntos sentados na esplanada do café ou às vezes a servir ao balcão antes de irmos dançar e beber a tal cerveja.

No final da tarde estava sentada à mesa na esplanada do estabelecimento a jogar às cartas com os velhotes simpáticos aqui da zona quando o meu avô me dá uma palmada no braço e diz-me que o Marco está a vir na minha direção, não me admirava nada que ele soubesse o nome do moreno. Levanto-me da mesa e dirijo-me até ele.

-O qué que queres?

-Venho-me despedir de você. - o meu rosto ficou sério e o meu coração acelerou depois de ele dizer essas palavras. - Eu vou embora arranjei um emprego melhor longe daqui.

Fiquei sem palavras, senti-me mal, triste, com raiva de o destino ser cruel. Abracei-o e chorei e o moreno abraçou-me de volta e susurrou no meu ouvido esquerdo com uma voz suave:

-Irei encontrar você de novo, prometo.

Desencostei a minha cabeça do pescoço dele e dei-lhe um selinho, de seguida apareceu uma carrinha branca e a mulher loira ao volante chamou-o.

-Amor vamos está na hora.

-Vou já Emma - respondeu-lhe vendo as minhas lágrimas à escorrer.

Vi-o partir e chorei ainda mais, senti as lágrimas a escorrerem pelas minhas bochechas.

Agora fazia mais sentido, ele não arrumava as suas coisas da arrecadação para deitar fora ou doar, era para se ir embora e nunca teve coragem de me dizer com medo de me magoar.

Não cheguei a declarar o meu amor apenas ficou as lembranças de uma paixão de verão.

(¯'·.¸¸.·'¯'·.¸¸.->✨ണყ ʠяεąണร ✨<-.¸¸.·'¯'·.¸¸.·'¯)Onde histórias criam vida. Descubra agora