Pássaros cantarolando, um forte cheiro de pão fresquinho e um sol que brilhava intensamente. E ali no centro de tudo isso, deitado em uma cama perto do então campo de batalha estava Tony... Depois de horas apagado ele acorda e se encontra com Miguel ao seu lado.
O garoto sem entender o que havia acontecido acordou achando que tudo aquilo tinha sido um sonho estranho. Mas ao abrir os olhos e se deparar com aquele cheiro, uma mistura de sangue com pão fresco que vinha de um padeiro próximo ele vê que tudo aquilo realmente era real... Miguel pergunta se o garoto está bem, ele estava bastante preocupado...
- Você tá bem?? A horas não acordava -
Tony então diz que estava tudo bem mas pergunta o que aconteceu com o homem com quem ele tinha lutado...
- Depois de uma luta muito intensa você conseguiu matar aquele homem, gigante, ou sei lá o que - Diz Miguel enquanto olha para Tony com uma cara bastante surpresa depois de ver o garoto sobreviver aquela longa batalha.
"ABRAM CAMINHO PARA O CAVALEIRO MESTRE DAVI" Grita uma voz misteriosa que assusta não somente os garotos, mas todos que ali estavam presentes.
Se aproximam então quatro cavaleiros. Um no centro e os outros a sua volta, o principal era diferente dos demais... A armadura era feita com um metal cintilante, era muito mais bem-feita, percebia-se só ao olhar. Em volta de seu pescoço havia um símbolo idêntico ao do medalhão que os jovens escolheram no início de sua jornada.
O Cavaleiro Mestre aponta então para Tony e diz que o rei o aguarda no grande salão.
Tanto Miguel quanto Tony ficam surpresos. Por que o rei queria vê-lo?
O garoto então se levanta e caminha em direção aquele cavaleiro da armadura brilhante... Mas antes para, se vira, e chama Miguel.
- Eu só vou se você vir junto. A gente começou aqui no mesmo lugar, deve ter algum motivo para isso. Não podemos nos separar agora – Fala Tony com um tom bastante suave enquanto olha para seu "amigo de alguns dias".
Dizem então para que ele vá também, e os dois seguem em direção ao castelo junto aos cavaleiros, andando por um caminho de pedras enquanto olhavam para todas as direções e buscavam absorver o máximo de informação possível.
Uma paisagem exuberante, pessoas felizes andando pela cidade, um jardim imenso rodeado de lindas flores que exalavam um cheiro maravilhoso. A grama molhada que dava a sensação de vida à todo momento enquanto o sol brilhava sem parar, cada vez mais. Era isso que acontecia todas as manhãs no Reino de Arcandia.
As garotas continuavam perplexas, ainda sem entender o que estava acontecendo. Mas estavam aproveitando ao máximo não só os luxos do castelo mas a enorme oportunidade de buscar explicações para aquilo tudo, já que a Rainha estava as apoiando.
- Beth anda pelo corredor principal do castelo, que dá acesso ao salão onde a Rainha lhes havia dado o então título de Dama de Lotus. Ela caminha tranquilamente enquanto admirava os quadros que chamavam cada vez mais sua atenção –
- Por estar tão desnorteada prestando atenção apenas no que estava em sua volta Beth acaba se esbarrando em alguém. Ela se vira assustada e percebe que tinha derrubado a Princesa Edinyn. Rapidamente ela se levanta e então diz a Beth que estava tudo bem. As duas se encaram como na primeira vez que tinham se visto, um olhar penetrante que permeava até atingir o coração de ambas, até que.... Uma das servas da Rainha aparece e chama a Princesa dizendo que já está na hora. –
- Ela então diz a Beth que precisa ir. Ela estava indo para um banquete que iria acontecer no Reino de Petrix. Ela se despede com um beijo na bochecha que deixa as duas vermelhas e então segue em direção ao fim do corredor. –
Enquanto Beth pensava na Princesa e seguia pelos corredores, Anne refletia sobre sua vida no seu mundo. Ela sentia falta de suas amigas e principalmente do apoio de seu irmão. Ao olhar pela janela de seu quarto, no alto daquele imenso castelo ela diz a si própria que irá fazer o possível para conseguir fazer tudo voltar ao normal.
A jovem então decide ir à procura de Beth para que juntar elas possam planejar alguma coisa.
Ainda ali por perto, no meio da gigante Floresta de Imebai um garoto de cabelos longos cortava lenha junto a algumas criaturas humanoides. Este rapaz seria Arvid o filho do grande Rei Lucca que fugiu do castelo para viver sozinho neste mundo de caos. Ele então se juntou a Tribo do Norte que fica bem no centro da floresta, conhecidos como Pecus. Os Pecus são pessoas com aparência humana que possuem pequenos chifres, alguns dizem que eles são capazes de sentir a presença de um ser vivo a quilômetros de distância. Aceitaram o garoto na tribo e desde então ele vive por lá.
Enquanto segura seu machado e vai desferindo seus golpes contra os troncos ele pensa na irmã e na mãe que desde pequeno ele sempre protegeu. Meio triste por saber que sua irmã mais nova ainda segue os passos de seu pai ele vem pensando arduamente em voltar ao reino e tirá-la de lá.
Um dos Pacus então vai até ele e lhe diz que o chefe tem um pedido.
Ele precisa de um representante no grande banquete que ocorrerá no Reino de Petrix, a Tribo do Norte foi convidada por algum motivo e o chefe da tribo, Upumka, não tinha confiança suficiente para deixar seu posto.
Arvid diz que não vê problema algum em ir, mas que levaria alguns lutadores com ele. Upumka concorda e o garoto larga seu machado indo em direção a uma cabana feita de madeira, coberta com enormes folhas de algum tipo de palmeira que existia apenas ali. Ao entrar puxa uma bolsa com o símbolo do brasão de seu pai e retira uma pequena adaga. Sua lâmina curta emite um brilho azulado e rapidamente se apaga. Ele pega a adaga e joga-a em cima de uma mesa que fica ao lado de sua cama e então se deita para descansar antes de ir rumo a Petrix.
Por agora deve-se se preocupar com os planos de Baltazar que mais cedo ou mais tarde iriam afetar os quatro jovens. Eles ainda não sabem deste grande mal e nem estão preparados para enfrentá-lo, cabe a cada um treinar e evoluir neste novo mundo que agora querendo ou não virou sua casa. E esse banquete, qual a razão para ele acontecer? Bem...São coisas que apenas nossos jovens poderão descobrir.
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𝕱𝖆𝖓𝖙𝖎𝖒𝖔𝖗 - 𝕷𝖚𝖟 𝖊 𝕰𝖘𝖈𝖚𝖗𝖎𝖉𝖆𝖔
FantasíaSerá possível quatro jovens com sonhos distintos porém pensamentos parecidos serem capazes de descobrir o desconhecido? Um mundo totalmente diferente do qual estão acostumados, onde a base de tudo são os sonhos das pessoas. Um mundo onde tudo é poss...