Entrei no meu quarto jogando os saltos, tirei meu vestido, coloquei um short e uma regata, fui ao banheiro e me olhei no espelho ainda tentando processar o que o Guilherme tinha me falado.
Estava com o batom borrado, meus olhos estavam arregalados e não conseguia respirar direito.
- Respira Carol, respira...
Joguei-me na minha cama e fiquei olhando para o teto. Esse foi o toco mais estranho que já tinha ouvido falar. Me chamou de inexperiente, inocente, mimada, mas ele sabe que eu já tive namorado, deve imaginar que não sou mais virgem. Que cara estranho, e que beijo maravilhoso. Que confusão!
TOC TOC - batidas na minha porta? Porra , achei que a Dani tinha entendido que quero ficar sozinha.
- Entraaa!!
Era o Thiago, mas que porra!
- Ai Thi, não estou muito pra conversa agora, desculpa.
- Eu imagino. Eu estava lá, eu vi e ouvi como ele te tratou.
Fiquei olhando para ele, voltei a deitar e olhar para o teto.
- E você veio aqui pra me dizer "Eu te disse! "?
- Não, eu vim aqui pra saber como você está.
Levantei, olhei pra ele e disse.
- Com fome, mas bebi e não posso sair para comprar alguma coisa, me
leva?
- Claro princesa!
Princesa??? Ahhhh... não vou pensar nisso agora. Coloquei uma
sapatilha e saímos pela porta. Na passagem pela festa não olhei para os lados, a música estava me irritando e todo o zum zum zum de pessoas falando também.
- Thi, você quer ir com meu carro, ou com o seu?
- Vamos com o meu.
O seu era um Honda Civic meio velho, mas conservado. O Thi era
estagiário de direito de um escritório bem famoso em São Paulo, portanto tinha pouca grana, pois não aceitava dinheiro dos pais que eram médicos e viviam bem.
- Quer ir a algum lugar em especial?
- Não, quero comer um sandubão bem gordo. E de preferência tomar um milk-shake.
- Ok, vou te levar em um lugar que eu gosto.
No trajeto fui muda, ainda não saía da minha cabeça a cena com o Guilherme. Entramos em uma lanchonete e pedi um X-bacon com milk- shake de flocos, o Thiago pediu um X-burger com coca e comemos em um silencio fúnebre.
Entramos no carro e ele disse:
- E aí, pra onde?
- Qualquer lugar menos minha casa.
Ele parou em um posto de gasolina e desceu para pagar, quando ele
voltou olhei para ele e perguntei:
- Eu sou mimada?
- Carol, o cara é um babaca e não vale a pena.
- Responde Thiago!
Ele respirou fundo e disse:
- Não.
- Você está mentindo, pois me acha mimada também.
- Carol, não me entenda mal, mas você é uma garota que tem tudo mastigado, é só pedir que alguém corre pra ajudar. É muito diferente da minha realidade e da do Guilherme também.
- Mas mesmo assim você quer ficar comigo.
Silêncio... o olho dele ficou arregalado.
- Teu irmão não devia te falado nada,
- Não foi ele, e por que você nunca tentou nada?
Nessa hora eu estava tão carente que simplesmente o puxei e colei minha
boca na dele.
- Me beija Thiago, como se você dependesse disso pra viver.
E nos beijamos, no estacionamento da loja de conveniência do posto de
gasolina. Foi um beijo gostoso, mas nada igual ao do Gui. Subi no colo dele e intensifiquei o negócio, me esfregava na sua ereção que estava sufocada na calça jeans, ele passava a mão em minhas costas, apertava meu cabelo.
- Porra Carol, eu sabia que teu beijo ia ser delicioso, mas isso é mais do que podia imaginar.
- Me leva em um motel Thiago, agora!
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QUANDO MENOS SE ESPERA
Roman d'amourEsse livro antecede o Leis do Destino. Conta a trajetória da Carolina e do Gilherme. Carolina,uma linda menina mimada que sempre teve tudo o que sonhou, menos o melhor amigo de seu irmão mais velho. Guilherme um lindo homem, com conflitos de carác...