Insegura e a não coragem líquida por álcool.

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_Confiança, Bárbara! Eu estou aqui com você!


Confiança...


Busco por ela no fundo de minha alma, mas parece que o buraco nunca será fundo o bastante para encontrar. Não a quantidade de confiança suficiente para colocar em prática toda essa ideia de girico que Namjoon inventou, que a cada segundo que passa parece mais impossível de acontecer.


Veja bem: eu queria mais do que qualquer coisa ser aquele tipo de garota que consegue respirar fundo e caminhar como um felino certeiro em direção ao seu objetivo, com cabelos esvoaçantes e olhar mortal. Aquele tipo de garota que consegue convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa que quiser apenas ao entregar um sorriso charmoso. Aquele tipo de garota que faz as pessoas se arrependerem de perder.

Quem Namjoon pensa que eu sou? Uma versão das panteras? 

Definitivamente meus óculos que escondem a maior parte do meu rosto não passam essa impressão, muito menos meus ombros naturalmente curvados para a frente, ou minhas roupas que escondem de mais.


Será que dá tempo de desistir?


Olho para a moto do Namjoon, ainda estacionada na beira da calçada, do outro lado da tão esperada calourada da faculdade. Odeio a sensação de instabilidade que ela me passa, mas até isso parece melhor do que entrar. Talvez eu mesma pudesse equilibrar meu peso sobre o estofado estreito e sair em velocidade máxima para a segurança do meu edredom, num ato de completo desespero.

Mas meu Deus, não sei nem andar de bicicleta!


Como se Namjoon pudesse ler meus pensamentos, ele segura a chave entre os dedos e joga o cordão em que ela estava pendurada em torno de seu pescoço sumindo com ela de minha vista por debaixo da sua camisa preta, arruinando minha possibilidade de escapatória. 

Suspiro e encaro seu rosto com o meio da sobrancelha franzido, pronta para começar a implorar para ele desistir de tudo isso e aceitar de vez que eu sou só mais uma derrotada. Que se eu passar na frente de Yerim ou até mesmo de Hoseok só vou ressaltar cada detalhe de que isto é a única verdade absoluta e que se eu fizesse qualquer tipo de falta não seria a última opção de nenhum dos dois.

Pensar sobre isso só faz o restinho de amor próprio que eu tinha se esvair de meu corpo e descer rumo aos bueiros da rua.


_Baby, você só precisa entrar e se divertir - as costas de seu dedo indicador pousa em minha bochecha, escorregando até meu queixo, um carinho que estava se tornando hábito. Sua voz aveludada entra como música em meus ouvidos e seu olhar enigmático embaralha meus pensamentos, pois possuem algo a mais que eu não consigo decifrar. Engulo em seco, sentindo as juntas das pernas perderem as forças e virarem geleia.


_Eu não vou conseguir fazer isto, Namie! 


E novamente eu estou na defensiva. Nem todo o álcool que eu consegui ingerir antes dessa madrugada e nem todo o que eu ainda puder jogar para dentro teriam qualquer tipo de efeito instantâneo para me transformar na super girl. Nem Yerim nem Hoseok acreditariam numa farsa tão falsa a este ponto, porque, infelizmente, eles me conhecem bem até de mais.

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