Primeira Parte: O prenúncio nas chuvas

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Primeira Parte

- O Prenúncio nas chuvas -

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O céu claro de outrora dava espaço para um vento frio que encobria toda a cidade, trazendo consigo o chamado vindo de algum lugar do inverno. Ninguém sabia o que era. Ninguém pudera prever o que se precipitaria junto das águas e dos raios.

As névoas se dissipavam anunciando a chuva eminente.

Onde estariam os pássaros e o seu canto cheio de vida? As primeiras brisas já haviam caído, já haviam soado trombetas e erguido o cheiro de terra molhada e saudade. As flores de uma semana atrás haviam sumido e o verde dos arbustos desbotou, sobraram caules sem folhas.

Tudo era aquilo que podia ser visto, o vazio das ruas e o cinza das coisas. Tudo era frio. Tudo eram trevas.

Tudo era uma crônica de inverno.

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