Elizabeth Cooper
Bom, neste momento, estou saindo de mais um plantão, exausta. Incrível como consegui me adaptar tão rápido em poucos meses num trabalho novo, cidade nova. Estou esperando meu namorado, o qual é filho do meu chefe, pegar o carro para irmos embora. Conheci o William após uma semana do início do meu trabalho aqui no hospital e me encantei com o seu jeito galante e extrovertido, sempre me fazendo rir.
Também trabalha no hospital, mas não se formou em alguma área específica de Medicina, como o seu pai, o doutor Edward Queen. Apenas o ajuda na administração. Não, não pense que estou querendo promoção. Gostei dele, ele gostou de mim, por que não? É uma pessoa maravilhosa, me faz bem. Sua mãe morreu há oito anos, então mora apenas com seu pai, indivíduo que não conheci até agora ( mesmo sendo meu chefe e sogro) e que é muito antipático, segundo algumas pessoas (inclusive o filho).
Oh, não me apresentei, certo? Desculpe-me. Bom, meu nome é Elizabeth Cooper e tenho 26 anos. Sou morena de olhos castanhos escuros e um cabelo grande, liso e enrolado nas pontas. Venho de uma família, digamos, com um grande capital financeiro. Sou filhinha de papai, sinto muito. Minha cidade natal é Atlanta, capital da Geórgia.
Estava trabalhando há alguns meses em um hospital de lá até, quando decidi parar de ser um pouco dependente dos meus pais e seguir minha vida sozinha, em outra cidade, isso foi totalmente contra a vontade deles. Queriam que eu aceitasse dinheiro para me estabilizar pelo menos, mas... sou difícil. Quero conseguir tudo sozinha, inclusive dinheiro. Por isso hoje estou aqui, Nova York. Talvez esteja sendo um pouco egoísta por querer me "livrar" deles após tanto investimento em mim, mas eu realmente precisava disso. Paz, liberdade, independência.
Me formei em Cardiologia com 23 anos, me especializando como cirurgiã cardiovascular. Cedo, não? Entrei na faculdade com 16 anos, isso graças ao intenso investimento dos meus pais em meus estudos, em cursos e mais cursos. Sinceramente, sou grata a eles. Consegui trabalho logo cedo, mas foi com a ajuda deles. Mais um motivo para querer ir embora. Pelo amor, não queria trabalhar só porque papai e mamãe conseguiram emprego para a filhinha deles.
Não me arrependo de ter ido embora. Estou satisfeita com as minhas condições atuais. Ah, o que reclamar? Estou com um bom emprego, um bom namorado e um bom apartamento para morar. Ainda assim, fico pensando em como será daqui pra frente.
Sou tirada de meus desvaneios com beijos sendo depositados em meu pescoço pelo William. Isso me deixa tão louca...
- Vamos, meu amor! - diz ele e entramos no carro -.
Ao chegar em meu apartamento, ele sobe junto comigo, com uma justificativa de querer ter uma conversa. Melhor dizendo, propor algo. Mesmo cansada, concordo, pois sou uma pessoa muito curiosa e não aguentaria esperar até amanhã.
Ele pega uma cerveja na geladeira e começa:
- Então, como você sabe, moro sozinho com o meu pai desde que minha mãe morreu. Apesar de gostar dele, ainda o acho indiferente, um babaca até. Eu me sinto sozinho naquele casarão, Beth. E isso é agonizante. Não aguento mais ter que conviver com ele daquela forma. E, pelo que vejo, você também está sozinha aqui... Então, veja bem, o que acha de ir morar comigo lá?
Ok. Isso foi muito inusitado. Ele só pode estar louco.
- Ir morar com você junto com o seu pai?! Morar juntamente com o seu pai?! Está louco, William?
- Meu amor, por favor! Preciso de você.
- Não, não mesmo. Nem o conheço.
- Veja bem, ele mal para em casa, passa noites fora, e, quando está, é indiferente. Ou seja, é o mesmo que não tê-lo em casa. Não se preocupe.
- Não. Começamos a namorar quase agora e olha o que você já está sugerindo. Morar juntos, E COM O SEU PAI! E outra, saí da casa dos meus pais para morar sozinha, ser independente. Não acha que seria inútil sair da casa deles e ir morar com você? - parei para beber um copo de água e sentei no sofá. Respirei -. Céus! Não é nem apenas nós dois em uma mesma casa, mas o seu pai também. Não me sentiria bem. Me desculpe, mas recuso a oferta.
- Apenas tente. Se não gostar, vá embora. Eu não irei forçá-la a nada, Beth. Eu prometo. Morar sem muito compromisso, ok? Você continuará a fazer o que quiser. Eu me sinto feliz ao seu lado e farei de tudo para vê-la confortável lá. Pense em apenas mais um lugar para morar.
Dou uma risada. Sim, na frente dele.
- Sem pressão?! Pelo amor, é morar no mesmo teto e com o seu pai que estamos falando. Não!
- Poxa, Beth! Eu, eu... não achei que recusaria. - Deita-se no sofá, com sua cabeça em meu colo -. Você foi a primeira pessoa em quem confiei, que achei que me ajudaria. Você sabe de tudo, sabe dos meus problemas. Eu só queria alguma coisa para me levantar.
- Não seria mais fácil você sair daquela casa? Não te faz bem, certo?! Então apenas saia.
- Não é fácil. Sou apegado a tudo lá, até aos funcionários. Desde pequeno morando lá, me faz lembrar da minha mãe. Não posso simplesmente abandonar tudo. Sabe-se lá o que ele pode fazer dentro daquela casa. Não permitiria que ele desrespeitasse a mim e minha mãe.
- Entendo...
- Eu amo você. Por isso estou confiando o meu bem estar em você. Por favor, por mim.
Amor? Não sei se esse sentimento se encaixa no nosso relacionamento por agora. Sou apaixonada por ele, sua voz, seu abraço, tudo. Disso tenho certeza. Mas amá-lo? Sinto que não cheguei a essa etapa ainda. Infelizmente, não consigo correspondê-lo. E isso me deixa desarmada, culpada, sem saber o que fazer. Então, o abraço.
- Me desculpe... Eu... eu vou pensar, prometo.
Eu realmente vou pensar. Ele me faz bem e seria egoísmo meu não fazê-lo bem também. O quê? Se eu aceitar, irei apenas morar com o meu namorado, sem muito compromisso. Se não gostar, apenas vou embora. Só será um novo lugar.
De surpresa, ele agarra minha cintura e nos beijamos, um beijo muito quente e já sinto o volume de sua calça subir. Paro por um segundo e observo seu rosto. Lindo e com um belo corpo. Me excita tanto.
- Me dê um motivo para pensar com carinho - falo, arrancando sua blusa, e ele sorri sacana -.
E lá se vai mais uma noite, com muito sexo.
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E então, o que acharam? Espero que tenham gostado, bjs :)
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A father-in-law temptation
RomansaO que fazer quando seu sogro vive lhe seduzindo? Elizabeth Cooper é uma jovem médica que recebe uma sugestão muito peculiar do seu namorado: morar no grande casarão com ele e seu pai. O que ela não esperava é que lá iria obter tamanha experiência se...