Estocar rápido e recuar, é isso que o Mestre de Armas Tyr o havia ensinado. Loki em grande parte dos momentos é uma pessoa que evita confrontos. Reservado e esperto o mesmo sempre prefere o uso de palavras a espadas. Porém a situação em que se encontra não pode ser resolvida com um "Por obséquio" e receber como resposta um "Obrigado".
Há alguns dias seu pai, Woden Lannister tinha recebido uma carta de seu informante nas Ilhas de Ferro que alguns dos nascidos do ferro (como eles se chamam) iriam atacar a região próxima do Desfiladeiro, o castelo dos Westerling.
Como um teste de valor , seu pai disse, ele os mandaria para deter o ataque e mostrar o rugido dos herdeiros Lannisters. Loki sabia que aquela tarefa nada tinha haver com Thorin, seu irmão. O jovem de barba loira apesar de ainda não ter duas dezenas de idade já era conhecido por sua fúria e desempenho nas batalhas. Mas Loki, por outro lado...
Enfim, retornando ao momento presente, os homens das ilhas saiam correndo das águas do Mar Oeste para se chocar contra uma pequena parede de escudos. Os soldados de Casterly Rock , sem disfarçar, defendem Loki. Ele pode ter ficado bravo a princípio, porém agradeceu ao ver a ferocidade com que os inimigos atacam.
No entanto, ferocidade não é tudo em uma batalha. Loki pode nunca ter vencido uma luta, mas nunca deixa seu cérebro de lado na batalha. Enquanto nesse momento seu irmão berra e ri, entorpecido pelo prazer de matar os rivais com seu martelo de guerra, Loki aprecia o fato de estar protegido pela parede de escudos, oque lhe propicia um papel útil na batalha.
Com isso, o Lannister retorna a estocar e recuar. Cada vez que tem uma brecha, sua espada atravessa um guerreiro desprotegido. Loki é rápido, diferente dos demais, oque permite que se esgueire entre os soldados para desferir golpes fatais durante a intensidade da luta. Também cabe a Loki "dar Adeus" aos inimigos feridos que a parede deixa para trás.
Então, pouco a pouco, a luta acaba. Os últimos nascidos que tentam tolamente recuar são abatidos por Thorin enquanto os que se rendem são mortos pelos soldados de sua casa. Não há misericórdia ali.
O barco que trouxe aqueles guerreiros ergue a vela e se prepara para partir. Thorin urra para eles, como forma de se gabar da matança que fez, e o barco não responde. Sempre é assim em Westlands. Os nascidos do ferro vem e morrem naquelas praias, e se não vierem em grandes quantidades não há motivo para retaliação.
Com o fim da luta, cada um pega seu cavalo. É hora de retornar para casa. Loki monta em seu cavalo de pelos escuros e assim que o incita a ir a frente vê com o canto do olho que seu irmão se aproxima.
-Irmão - Thorin fala de maneira grave, como se tivesse que puxar o ar do fundo dos pulmões para dizer aquilo. - Quantos matou hoje?
-Não sei ao certo, irmão. -Loki suspira. Ele sabe que agora é o momento de seu irmão se vangloriar. Já está acostumado, porém ainda é algo insuportável de se ouvir. -Sete, talvez nove.
Thorin dá uma risada alta e sonora. Quando ri assim, ele parece perder o fôlego, mas o recupera rápido para continuar rindo e falando.
-Eu matei 15! - Ele quase grita ao dizer seu número. - Oito cabeças explodindo, cinco com costelas esmagadas e dois que no final tavam a cara de um purê!
Loki pode não desgostar totalmente das batalhas, no entanto realmente odeia oque se segue após elas. É como se apreciasse o breve e espontâneo momento de um raio, mas desprezasse o barulho ensurdecedor do trovão. Enquanto Thorin tagarela, Loki analisa fatos. No momento em que seu irmão está terminando de narrar as mortes que fez, uma a uma, Loki chega a uma conclusão:
-Você não acha estranho?
-Estranho? Estranho oque? - Thorin se incomoda, afinal não é comum que atrapalhem sua fala.
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War Games - Uma história de Game of Thrones
FanfictionNesse universo de histórias, personagens conhecidos da Marvel e Dc são reeinterpretados sob a luz do universo das Crônicas de Gelo e Fogo (Got) de George R.Martin. A história segue com vários núcleos de narração, se assemelhando aos livros originai...