Astromelia soda

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Os dias ficavam cada vez mais frios, o outono ia se aproximando de seu fim assim como as provas finais.

Sempre que possível Renjun levava um pedaço do sunflower cake para Jaemin, era quase obrigatório pelo menos duas vezes por semana os amigos irem na casa do Na após as aulas, bastava ao Huang conversar com sua irmã os dias que ela poderia trabalhar, a diferença é que as vezes o chinês mais velho dormia ali e ia para a escola no dia seguinte por ser próximo.

Como o único requisito para continuar assim com Jaemin era não deixar suas notas caírem seu desempenho estava melhor do que nunca, parte disso é porque ensinava as coisas para o namorado quando dormia em sua casa e a matéria acabava ficando mais fixada em sua cabeça.

As coisas também pareciam estar indo rápido demais, em Agosto Jaemin ainda se levantava e brincava, conversava e se engasgava apenas algumas vezes para comer e era consideravelmente rápido, com os dias passando ele começou a receber os amigos sentado em seu sofá comentando que estava apenas com muita preguiça para se levantar, não conseguia comer rápido e apresentava algumas dificuldades para falar.

— Jaemin, posso te perguntar uma coisa?

— Pode perguntar, amor.

— Eu vi em um álbum de fotos seu... Onde estão suas medalhas?

— Pedi para minha mãe esconder todas, ver elas na minha parede me machucavam quando descobri meu diagnóstico.

— Renjun, vamos no Jaemin agora no almoço? – Jeno se aproximou do chinês com um grande sorriso.

— Claro! Posso perguntar se tem algo especial para toda essa felicidade? – o Lee abriu ainda mais o seu sorriso e concordou.

— Hoje eu e o Nana completamos quatro anos de amizade e fiz um presente para ele. – comentou animado e o chinês retribuiu o sorriso mesmo que por dentro tivesse despedaçado.

Se agasalharam e saíram do colégio, foram conversando sobre as provas durante todo o percurso e vez ou outra reclamando do clima gélido a ponto de formigar os rostos descobertos, chegaram na casa ao mesmo tempo que a mãe do rapaz saia.

— Rapazes, não sabia que iriam vir agora. – comentou um tanto constrangida.

— Decidimos de última hora, o Nana está? Queria entregar algo para ele. – falou animado enquanto a Na encarava o Huang com certo pavor; provavelmente não era uma boa hora para estarem ali.

— Está sim, no quarto, podem entrar. Ele não está muito bom, cuidado. – Jeno concordou e puxou Renjun pelo pulso para dentro da casa tomando o rumo direto para o quarto do amigo, ao entrarem viram o pai do rapaz sentado ao lado da cama lendo um livro.

— Oi tio, o Jaemin está dormindo? – o Lee perguntou receoso e baixinho.

— 'Tô acordado. – o Na falou baixinho sem se levantar.

— Bom dia, meninos. – o mais velho falou para os rapazes antes de sair.

— Você tá bem? – Renjun perguntou após a porta ser fechada.

— Deve ser um resfriado. – falou pausadamente, o namorado se aproximou e checou sua temperatura e realmente estava quente – Tomei remédio. O que fazem aqui? – Jeno se aproximou enquanto mexia em sua mochila, tirando de lá um pequenino embrulho esverdeado brilhante.

— Feliz quatro anos de amizade, sei que você não preparou nada, mas eu queria fazer isso por você, parece que está passando por uma fase difícil então quis preparar algo. – Renjun ajudou o Na a se sentar na cama e viu sua dificuldade para segurar o embrulho e tentar o abrir – Eu me lembro que eu e a Yeri fomos conversar com você por estar com uma carinha triste, você nos contou que tinha participado de uma competição de dança e por uma contagem errada tinha ficado em terceiro lugar, então...

A vida é como sua dançaOnde histórias criam vida. Descubra agora