Lily cookie

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— Ei, Renjun. – Jaemin chamou o amigo sem se levantar da cama.

— 'Tô aqui. – respondeu se girando a cadeira giratória à frente da escrivaninha que havia no quarto do Na.

— Posso te fazer uma pergunta? – o chinês arqueou a sobrancelha, porém concordou com a cabeça. Já era a terceira vez que ia até a casa de Jaemin, a lembrança era fresca de quando os pais do garoto abriram a porta e o viram ali sozinho foi inacreditável, custou para o coreano explicar para os mais velhos que o chinês já sabia de sua condição e que estava ali para ajudar.

— Pode, ué. – o Na nunca perguntava com antecedência.

— Você é gay? – Renjun quase deixou o material escolar que estava sobre a escrivaninha cair pelo susto que tomou pela pergunta.

— Jaemin? Por que isso do nada? Você é? – pode ver o mais alto rir e voltar a se deitar de forma confortável na cama.

— A vida é muito curta para se prender em padrões, não acha? Por que vou passar meus dias de vida preocupado em "eu posso gostar disso, não posso gostar daquilo, sentir atração por aquilo é errado, mas por isso é certo"? – o Huang se calou por alguns segundos, em um conflito interno para ver alguma resposta para aquela questão.

— Isso é bom...? – o que era para ser uma afirmação, saiu com uma enorme interrogação na testa do Huang.

— Acredito que sim. Posso me sentir livre para amar sem me sentir culpado caso o sentimento seja "errado". – Renjun tentou voltar sua atenção para o caderno sobre a escrivaninha, mas permanecia inquieto.

— Seus pais sabem disso? – o Na murmurou um sim – Eles não se incomodam?

— Quando eu contei, a casa ficou em silencio por um bom tempo, fui mandado para o quarto, mas consegui ouvir meus pais brigando da sala. "O seu único filho irá morrer de qualquer forma, não adianta querer que ele se prive do resto de prazer de poder respirar a cada dia". – o chinês se surpreendeu ao ver que os olhos do garoto não apresentavam tipo algum de dor.

— Mas você já ficou com alguém? Digo, alguém do mesmo sexo.

— Está curioso demais para quem não respondeu anteriormente. – Jaemin riu ao ver como o amigo ficou constrangido e com as orelhas vermelhas – Bom, se prepara; Já fiquei com a Yeeun, com a Yerim, com o Jeno, e com o Donghyuck da outra sala. – se aquilo fosse um anime, certamente seria Pokémon, e Renjun provavelmente tinha acabado de ser atingido pelo Pikachu.

— Resumindo, pra ser amigo seu tem que te beijar? – o Na ria mais e mais, até que parou e começou a reclamar de dor.

— Não é de propósito! Fiquei com a Yeeun antes do Jeno tomar o primeiro fora dela, e com ele fiquei enquanto ele estava de coração partido por ser rejeitado. A Yerim... dependia do humor, e um dia o Donghyuck só estava bêbado e bonito. – o Huang estava chocado, mas de certa forma, não surpreso – Fecha a boca ou entra mosquito.

— Vou fechar mesmo, do jeito que está, se esquecer ela aberta corre o risco de aparecer a sua língua querendo entrar também. – a única coisa que Jaemin queria era poder se acabar de rir e não sentir uma dor tão forte quanto aquela que ele sentia – Irei deixar meu resumo de matemática e biologia aqui para você estudar, pode levar eles pra mim amanhã na escola?

— Sim senhor. – viu que o chinês arrumava seu material com certo nervosismo – Pode ficar tranquilo, não vou fazer nada com você. – Renjun soltou um risinho soprado.

— Eu sei, só estou mal ainda por ter feito você se lembrar das palavras de seus pais sobre esse assunto. – o Na fez um sinal com a destra como se mandasse o assunto embora.

A vida é como sua dançaOnde histórias criam vida. Descubra agora