Capítulo 5

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"Gosto de cactos, porque: A beleza está nos espinhos."

12 de fevereiro

Lebanon, Kansas

Samuel compriu sua palavra e em vinte minutos estava descendo as escadas correndo com a sua mãe logo atrás tentando de todos os jeitos sem sucesso fazer com que ele não corresse por aí como estava fazendo; Adam andava de um lado para o outro na sala esperando preocupado com o que o seu irmão poderia fazer.

- Ele ainda não saiu do quarto. -Adam falou quando viu Sam se aproximando.

- Tá tudo bem Adam. -Sam falou abraçando ele e mexendo em seu cabelo - Eu vou cuidar dele e vamos todos ficar bem.

Adam assentiu dando um leve sorriso se soltando dele e entregando as coisas que tinha preparado de primeiro socorro pro moreno e dando espaço pro mesmo passar e seguir em direção ao quarto que antes pertencia a ele; a porta do quarto estava trancada quando Sam bateu nela a primeira vez.

- Jensen, abre a porta pra mim, por favor. -ele falou a primeira vez mantendo a voz calma mas logo a sua voz calma daria lugar para a voz com desespero que soava mais ou menos como a de raiva.

Sam tentou bater mais algumas vezes na porta de maneira calma e sem pressa enquanto falava palavras que ajudassem a convencer o loiro de que era a melhor a se fazer naquele momento, até que finalmente escutou a porta sendo destrancada mas não escutou passos pelo quarto então soube que ele não deveria estar mais com forças para se mover pelo quarto e que então usava os seus poderes para fazer coisas como abrir a porta. O moreno carregava todas as coisas em uma mão enquanto que com a outra empurrava a porta devagar e se aproximava da cama encontrando o loiro deitado na cama olhando para o lado contrário da porta como se estivesse sozinho ali dentro.

- Que bagunça que tá isso aqui, até parece que eu não venho pra casa a alguns dias. -Sam falou jogando as coisas no chão do quarto que nem estava realmente bagunçado, o que fez com que o Jensen passasse a prestar atenção mas continuava de costas.

O Winchester mais velho viu as caixas que a alguns dias estavam na sala agora no canto do seu quarto e abertas mas mesmo assim o loiro continuava com as suas camisas xadrez, o que não era ruim, afinal deixava o Jensen angelical ao mesmo tempo em que fazia ele ficar naturalmente mais perfeita.

- Esse quarto com tanto cheiro e jeito de garoto que estou começando a me questionar se eu estava trabalhando com uma máquina do tempo. -ele falou se aproximando devagar da cama e essa frase foi o suficiente para fazer até mesmo o Jensen rir, mesmo que fraco.

E no momento em que ele deu a primeira risada Sam com rapidez correu até ele levantando com facilidade e jogando em cima do ombro e só então rindo ainda mais com a risada de surpresa que o Jensen soltou pra ele. Saiu correndo pelo quarto imitando um avião igual as brincadeiras que ele fazia quando o Adam ainda cabia em seu colo, Jensen batia em suas costas tentando sair mesmo que na realidade ele estava feliz ali, porque rir com o Sam era uma sensação que ele nunca tinha sentido mas que não iria mais conseguir viver sem.

- Se você achou essa piada legal deixa eu te mostrar a próxima, porque você com certeza não vai gostar, então por favor não me mate. -Sam falou rindo enquanto corria pro banheiro e rapidamente ligava o chuveiro na água e se colocava dentro dele agora tirando o loiro de seu ombro deixando em seus braços.

Dentro do Bunker fazia frio sempre, independente da temperatura que fazia do lado de fora ali dentro era sempre pior e naquele dia com o inverno prestes a acontecer do lado de fora não era diferente; mas quando a água do chuveiro gelado caiu sobre Sam e Jensen, eles não sentiram frio. Jensen soltou um grito quando o primeiro pingo gelado caiu sobre ele mas quando Sam começou a rir e a puxar ele pra mais perto dele debaixo do jato gelado do chuveiro.

Do lado de fora Adam e Mary não conseguiam entender o que estava acontecendo ou porque tantas risadas ecoavam pelo corredor e principalmente como eles conseguiam estar usando o chuveiro gelado já que não tinha o barulho do aquecedor mas tinha o barulho do chuveiro.

Mas do lado de dentro os dois estavam tão próximos que nem sentiam mais a água gelada batendo neles, o calor que estavam compartilhando e o sentimento de ser a pessoa que era ali. Os corpos molhados, as roupas grudadas, o cabelo do Sam grudando em seu rosto e em seu pescoço, os olhos do Jensen mais verdes do que ele se lembravam.

- Você sentia falta disso tanto quanto eu sentia? -Sam perguntou tirando os cabelos que atrapalhavam a sua visão do rosto.

- Disso o que? -o loiro perguntou sorrindo sem entender o porque da pergunta.

- De rir. -ele respondeu sorrindo e se aproximando mais, então quando o Jensen achou que iria conhecer o sabor dos lábios que ele acreditava que teriam um sabor melhor do que todos os doces que já tinha provado.

Sam apenas beijou sua testa de forma doce, e saiu do banheiro sorrindo de um jeito diferente do que o Jensen já tinha visto, era um sorriso de lado que fazia seu coração querer suspirar, e mesmo o beijo não sendo do jeito que ele esperava ainda sim tinha sido uma sensação surreal.

Jensen agora já de banho tomados com roupas limpas que encontrou na caixa mas ainda com um dos casacos xadrez do moreno, seguiu de novo até a cozinha mas dessa vez se sentindo mais tranquilo em relação a tudo; ali ele encontrou tanto o Sam também com outra roupa e já seco, quanto a Mary que somente levantou os olhos pra ele e Adam que abaixou os olhos mas depois tentou sorrir simpático quando se aproximou dele e de seu irmão que continuavam sentados em volta da mesa depois que a mulher pegou sua xícara e saiu do cômodo.

- Senta aqui Jensen, vamos ver o quanto um nadador conselho comer de bacon. -Sam falou rindo e apontando pro lugar vago ao seu lado.

- Olha, que eu posso surpreender vocês. -ele respondeu rindo e se sentando na mesa.

Eles não sabiam o horário mas sabiam que todos tinham fome e que queriam estar sentados ali em volta daquela mesa com aquelas companhias e com mais ninguém, Jensen não tinha muito o que dizer não entendia tanto de caçadas quanto os dois mas se manteve sorrindo e atento a tudo enquanto comia, porque tudo ali seria levado como um aprendizado.

- Vou descer no porão juntar as minhas coisas que deixei lá, foi ótimo estar aqui e comer com vocês. -o loiro falou depois de um tempo ali e se levantou dando um beijo na bochecha do Samuel que sorriu pra ele com carinho.

Depois do banho com roupas e ter ficado sozinho, aquela sensação de estar sendo preenchida com seus poderes em força total aconteceu de novo e dessa vez foi como se estivesse mais forte, como se canaliza-se de algum lugar e conseguisse manter tudo ali por um tempo, mas que uma hora isso iria sair.

Soltar as correntes sozinho e enrolar elas até que elas pudessem voltar para dentro das malas, tomando cuidado para não prender nenhuma nela de um jeito que precisasse de ajuda para tirar; quando acabou o Jensen se sentia cansado e soube que tinha demorado mais tempo do que pretendia então subiu direto até o quarto do Sam que agora estava tomando para si.

O moreno já estava deitado de um dos lados da cama e mesmo que ainda não estivesse dormindo, ele parece cansado o suficiente para nem se mexer ou reclamar; Jensen tirou a blusa do Sam que estava vestindo e já deixando os chilenos ao lado da cama e tirando a sua calça, permanecendo de camiseta e cueca, se acomodou na espaço vazio na cama.

E mesmo sem estar em real contato com o Sam, dormiu em paz.

Meu OceanoWhere stories live. Discover now