O Cara dos Meus Sonhos

QUATRO

Namjoon parecia ser um cara legal, resolvi dar uma chance, mas não baixei completamente minha guarda. Ele disse que iria tomar um banho e que eu poderia andar pela casa e escolher um quarto. Agradeci e esperei ele sair para começar a inspeção.

Aparentemente, ele fez parecer que a casa fosse assustadora por fora, mas por dentro era quase como uma casa de brinquedo. A sala era amarelo-sol, e tinha um sofá imenso vermelho fogo, ri um pouco da sua decoração excêntrica. Havia também um tapete com desenhos que eu já tinha visto antes em roupas indianas, ele era bem bonito e enorme, bastante confortável também. Não havia televisão, nem nenhum outro tipo de aparelho eletrônico. O que era estranho, pois ele tinha uma geladeira, e luz elétrica. Fiz nota mental de fazer perguntas sobre isso para ele. Tinha um piano no canto e em cima dele tinha um globo de neve, lindo. Era de vidro e as casinhas dentro dele eram bastante detalhistas como se fosse reais, a madeira que servia como base era bem entalhada e eu imaginei ser um trabalho artesanal manual, ele tinha detalhes incríveis e no fundo tinha letrinhas pequenas entalhadas, tive que olhar bem de pertinho para conseguir ler, eu estava de óculos e mesmo assim estava difícil de enxergar. RM, eram essas iniciais que estavam entalhadas no fundo, sacudi o globo e coloquei ele em cima do piano novamente com todo cuidado, observei a neve caindo no globo. Lindo, era um trabalho incrível.

Subi as escadas e fui abrindo as portas, em vez de manter a decoração original que eu imaginei ser com core neutras ou escuras, ele pintou todas as portas de cores diferentes, cores vibrantes e em outras ele simplesmente pintou de várias cores diferentes. Ri com o pensamento, acho que ele ficou muito ocupado nesse tempo todo. Entrei na primeira porta azul, e uma um cômodo vazio, só havia um alçapão, cheguei perto para ver e tinha várias correntes enroladas na pequena porta e um cadeado enorme, abri o suficiente que a corrente permitia e só vi uma escada enorme que parecia que não tinha fim, entendi perfeitamente porque das correntes, eu também ficaria com medo de ter um alçapão desses na minha casa. A próxima porta era dourada, quando abri a porta meus olhos brilharam de excitação, era uma biblioteca! Havia três estantes gigantes que iam do chão ao teto e todas as prateleiras estava lotada de livros, havia também um divã na janela e uma mesa com uma cadeira bastante confortável, tinha uns rascunhos em cima da mesa e dessa vez eu não consegui entender nada, eram vários símbolos. 

Aí eu lembrei que coreano era escrito assim, aí me veio na mente de novo como consigo falar com ele mas não consigo ler oque ele escreve? Frustrante e sem nenhuma explicação. Respirei fundo e continuei, de todas as portas a mais engraçada era uma em que havia vários jogos, alguns bem estranhos, tinha até uma amarelinha desenhada com giz no chão, ele realmente tentava se manter ocupado. A próxima porta era azul clarinho como o céu, abri e ouvi o chuveiro, era o quarto dele. Fechei a porta e continuei, do lado a porta dele vinha a verde neon, entrei e nele havia uma cama enorme e parecia bastante confortável, tinha uma cômoda mas não tinha nenhum pertence dentro, tinha um tapete igual o da sala e eu fiquei deitada nele um pouco, ele era muito confortável. Levantei e resolvi dar uma olhada no banheiro, era bem espaçoso e tinha uma banheiro muito convidativa. Eu nunca tinha tomado banho de espuma na vida então eu estava bastante curiosa e empolgada, coloquei ela pra encher e sai colocando todos os tipos de coisas que eu ia achando na água, logo ela estava cheia e com MUITA, MUITA, MUITA ESPUMA! Fiquei quase dando pulinhos de alegria. 

Quando eu ia começar a tirar a roupa lembrei que eu não tinha nenhuma outra roupa, nem calcinhas, nem sutiãs (tá que eu quase não tenho seios, mas alguma hora eu iria precisar). Sentei na beira da cama e fiquei esperando até dar o tempo em que eu achava necessário para Namjoon terminar seu banho. Depois de contar até 4 mil e oitocentos e um eu fui até o quarto dele. Bati na porta de leve, e ninguém respondeu. Bati um pouco mais forte.