MARIANA CORRÊA
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— Espero ter uma boa justificativa pra isso tudo. — cruzo os braços ao ver meu irmão entrando no quarto.
— As coisas saíram do controle, adimito. Mas, já está tudo certo agora, não precisa ficar chateada — coça a nuca — Você gostou da Mirela?
— Não estou chateada, — um pouco estressada talvez — só fui pega de surpresa. E sim, sua namorada é legal. Que tipo de macumba você fez pra conseguir namorar com ela? — pergunto rindo enquanto levanto da cama.
— Uma que você não gostaria de saber — Breno sorri malicioso e eu faço cara de nojo. — anda lendo muitas fanfics? Sua mente tá totalmente poluída — se faz de ofendido — eu não quis insinuar nada.
— Olha pra falar a verdade... Ah, para de graça e me dá um abraço logo, seu mal agradecido.
Ele caminha rindo, estica os braços e me envolvo no seu abraço. Por um momento, sinto falta de quando éramos mais novos e eu era grudada com meu irmão. Costumava ser assim até meus nove anos, depois que Breno começou a fazer faculdade de economia passei a vê-lo com muito menos frequência.
— Senti sua falta — digo quase num sussurro
— Eu sei.
Dou um soco nas costas dele, que reclama logo em seguida. Largo meu irmão e me jogo na cama, encarando o teto.
— Não vou a festa ou seja lá o que você organizou! Estou cansada do vôo e ainda por cima não conheço ninguém aqui, é duplamente cansativo. — explico com receio de ter deixado ele chateado.
— Tudo bem, eu não vou te obrigar a ir — diz pensativo — a propósito, têm um frigobar ali no canto, seus doces estão ai. Agora vou voltar lá, antes que quebrem minha casa.
— Muito engraçado você não querer me comprar doces, mas uma festa pra 30 pessoas você dá sem reclamar. — ironizo
— Prioridades maninha — zomba e sai do quarto, antes que eu consiga acertá-lo com um travesseiro
Agora sozinha, penso sobre o que deveria fazer, talvez devesse arrumar minhas coisas ou comer os doces? Hum, é melhor deixar minhas coisas na mala, assim fica menos provável que eu esqueça minhas coisas aqui.
Pego meu celular, que estava no bolso da calça, ligo o aparelho e entro no wattpad. Não que realmente eu fosse uma fanfiqueira, mas têm realmente livros bons ali.
Por exemplo, nunca pensei que leria um livro de incesto que ao mesmo tempo fosse de morro! E ainda ter uma escrita impecável.
Pecado Carnal se tornou meu livro virtual preferido. Espero ler mais obras assim e da mesma autora, de preferência.
Não é que não goste das outras autoras, mas é difícil achar alguma autora naquele site que não tenha síndrome de Regina George de Chernobyl.
Tem gente tão sem noção, que se acha a própria J.K, sendo que o livro na maioria das vezes nem é tão desenvolvido e a autora nem tem tantos seguidores ativos. Haja paciência, ainda bem que sou apenas uma leitora.
Afasto meus pensamentos e me concentro em aproveitar o livro. Lia atentamente cada detalhe e ia ficando cada vez mais empolgada com o enredo do livro.
— Não imaginava que você lia esse tipo de livro — uma voz feminina ecoa bem atrás de mim, fazendo com que eu me assustasse. Jogando o celular em algum canto, seguido de um grito.
— AI CARALHO — me viro bruscamente — quem é você, mulher? Pelo amor de Deus, quer me matar de susto?
— Sou a Maju, amiga do seu irmão e cunhada. Satisfação em te conhecer — estranho a mudança de palavra — só não digo prazer, porque você me pareceu um pouco pervertida.
Minhas bochechas cortaram estantaneamente e acabei resmungando um palavrão.
— Sabe, você deveria bater na porta! Ela não tá ali de enfeite não — inferno, mal cheguei aqui e já vou ter a fama errada. — e não sou pervertida, só... estava lendo um livro diferente do costume.
— Pra sua informação, a porta estava meio aberta quando cheguei, vim te chamar e te vi concentrada demais no celular... Acabei ficando curiosa — maju fica calada por um tempo e finalmente diz — desculpe pela intromissão e pelo susto.
Agora mais calma, pude prestar atenção na mulher que estava na minha frente. Aparentava ter seus vinte e poucos anos, os cabelos pretos na altura dos ombros e os olhos verdes feito uma pedra de jade. Tinha um corpo todo definido — diferente de mim, que pareço uma tábua —.
Era uma mulher realmente bonita.
— Tudo bem, já passou. Mas, veio me chamar pra que? — mudo de assunto, na tentativa dela não perceber que eu estava a olhando, se ela percebesse ia ficar me chamando de tarada.
— Como assim pra que? Seu irmão tá dando uma festa, você é nova demais para estar trancada lendo livros eróticos e fingindo que o mundo não existe. — aquilo soou mais natural do que eu gostaria — vai curtir a vida, minha filha.
— Ah, prefiro ficar aqui. Não gosto de contato com humanos, as vezes acho que sou alérgica. — brinco e maju não esboça nem um sorrisinho — Na minha cabeça isso foi engraçado! — comento um pouco decepcionada.
A morena revirou os olhos, agarrou minha mão esquerda — causando um arrepio muito estranho no meu corpo — e me puxou para que eu levantasse da cama.
— Um tempinho fora desse quarto não vai te matar, levanta a bunda daí e vamos lá com eles. — bufo irritada e acabo cedendo ao pedido dela.
— Está bem, mas só vou ficar um pouco, ok?
— Já é um começo. Vamos.
Ai senhor, aonde fui amarrar meu burro?
✿✿✿
Saudades né minha filha?
Pelo amor de god, não me matem. Juro que tenho uma boa justificativa pra toda essa demora.
Bom pra começar, minha vida tá um caos e consequentemente a minha criatividade e inspiração foi junto. Não consigo me expressar nem um pouco.
Aliás, peço desculpas se o capitulo estiver ruim. Faz duas semanas que tento terminar e não conseguia.
Bom, era isso que eu tinha pra dizer. Se você esperou todo esse tempo e ainda não desistiu, agradeço de coração por não terem desistido de mim. Amo vocês
Última coisinha, já leram pecado carnal da brubs? Se não, corre lá minha filha.
Comentem e votem que me ajuda a ter inspiração.
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girls like girls
ChickLitMariana nunca teve certeza sobre sua sexualidade, já que a mesma é bem neutra e não gosta de se aventurar. Mas, tudo mudará quando encontrar Maju, uma mulher belíssima que despertará sentimentos que a garota sequer conhecia. capa feita por: @almafan...