girls like girls

TRÊS

MARIANA CORRÊA

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Eu não acredito que ele fez isso!

Ando em direção a mulher com a placa e vejo que ao seu lado tem um garoto, mais ou menos da minha idade. Ele tinha o cabelo rosa dividido ao meio, vestia roupas pretas e allstar branco, típico garoto emo.

Reviro meus olhos mentalmente ao pensar que ele possa ser cunhado do Breno. A mulher, que presumo ser minha cunhada, era branca de olhos e cabelos castanhos, diferente do garoto ao seu lado, ela vestia um vestido de tons pastéis e um salto médio.

Misericórdia, falei tanto da minha vizinha que ficava reparando nos outros e estou fazendo o mesmo.

— Oi, você é a Mariana, irmã do Breno? — me perguntou gentilmente assim que me aproximei, respondi timidamente com um murmuro — Sou a Mirela e esse é o Pedro, meu irmão — ah, então o emo realmente é irmão dela.

— Prazer em conhecê-los — sorri.

— Fala oi para a Mariana, Pedro, para de ser chato! — Mirela da uma cotovelada no irmão, que fez uma careta de dor.

Daria risada se não tivesse acabado de conhecê-los.

— Oi — disse secamente, enquanto fazia massagem no local atingido.

— Não liga para o Pedro, ele é chato mesmo — Mirela zomba e Pedro mostra a língua pra ela.

Esses dois me lembram eu e meu irmão, só que quem bate sou eu!

— Tudo bem —  rio sem graça — O Breno veio?

— Ele ficou em casa, tentando acender a churrasqueira com o Miguel. Disse para ele vir te buscar para você não ficar chateada e....

— Não, tá tudo bem, não se preocupe, não estou chateada — sorrio, ela não precisa saber que na verdade eu quero estrangular ele — Bom, acho que já podemos ir então?

— Claro, vamos pegar um táxi, o estacionamento desse lugar é enorme e eu não acharia nosso carro — comenta rindo.

Ao contrário do que eu pensava, minha cunhada é gentil e não fez careta ao me ver como a maioria das namoradas de Breno, vou acabar gostando dela.

Tenho pena quando for conhecer meus pais, eles podem ser intimidadores quando querem.

Conversamos enquanto o táxi não chegava, Mirela contou que este é seu último ano na faculdade de Marketing, e a através da faculdade conheceu o Breno, acontece que eles têm uma amiga em comum e acabaram saindo juntos algumas vezes.

O táxi já havia chegado, entramos no carro e Mirela da o endereço ao motorista enquanto colocamos o cinto. Me pergunto se a casa do Breno fica muito longe do aeroporto, já que meu irmão mudou de casa e eu não lembro qual era o bairro.

— Mirela, você disse que o Breno estava com o Miguel, esse é aquele amigo dele que tem cara de drogado? — pergunto sem me dar conta do que falei, Mirela cai na gargalhada e eu pude sentir minhas bochechas esquentarem de vergonha — Ai meu pai, eu juro que não quis dizer isso!

Meu deusinho, eu não posso ver uma vergonha que já quero passar, mal conheci a garota e já tô falando bosta.

Palmas para a anta.

Mirela respira fundo tentando conter a risada e me responde: — Esse mesmo, não se envergonhe, gosto que as pessoas sejam sinceras comigo. Só tome cuidado para não ser sincera demais perto dele.

Suspiro aliviada por Mirela não ligar, tenho que aprender a controlar minha língua.

— Breno está com Miguel, porque vamos fazer um churrasco com nossos amigos — ela sorri.

Vou matar o Breno, ele sabe que morro de vergonha dos amigos dele e ele tem a brilhante ideia de reunir todos de uma vez na casa dele, justo quando vou visitá-lo.

— Entendo, vai ter muita gente lá? — perguntou receosa

— Não, só os amigos mais próximos, se sentir sozinha, eu e o Pedro fazemos companhia com você Mari! — diz animada e vejo Pedro revirar os olhos, estou começando a querer socar esse garoto.

— Obrigada, é muito gentil da sua parte!

Não falamos mais nada no resto do caminho, mas não era um silêncio ruim, eu pelo menos, me sentia a vontade.

[...]

Quando o taxi parou, engasgo quando vejo o tamanho da casa se Breno, essa com toda certeza é muito maior que a antiga, já tô até vendo a demora que vou ter para decorar a ordem dos cômodos.

O motoristas me ajudou a pegar minhas malas após ser pago, o agradeci e fiquei esperando Mirela abrir o portão enquanto Pedro estava mexendo em seu celular.

Quando o portão se abriu, meu coração quase saiu pela boca, tinha no mínimo umas 30 pessoas lá dentro. Olho para Mirela na tentativa de lembrá-la do que me disse antes só os amigos mais próximos.

A garota estava tão surpresa quanto eu, por observar sua feição é possível ver que ela não esperava por isso.

— Calma, vou descobrir o que aconteceu — diz nervosa na tentativa de me acalmar.

Antes de conseguir dizer alguma coisa, Mirela me arrasta pelo quintal até a porta da frente. Vou passando pelas pessoas com a maior dificuldade, não é tão fácil passar com uma mala enorme na mão.

Suspiro aliviada quando a multidão fica para trás e finalmente me encontro num quarto aconchegante e limpinho.

— Você vai dormir aqui, gostou do quarto? — mal consigo responder e ela continua — vou atrás do Breno, não saia daí!

Mirela saí as pressas do quarto, correndo com suas perninhas curtas. Não sei se mencionei, mas ela é muito baixinha, o que a torna extremamente fofa.

Ainda confusa com toda a situação, sento na cama á espera de um dos dois.

✿✿✿

Antes de qualquer coisa, quero deixar meu agradecimento e eterno carinho pra @sophiadelrey que desde que eu comecei a postar a história me deu a maior força e agora está me ajudando de novo! Eu nem sei como agradecer esse anjo, te amo amiga ❤️

Aos leitores novos: sejam bem-vindos e eu esperto que vocês gostem, sei que não chega aos pés da sophia, mas é o que temos KKKKKK

Brincadeira gente, queria dizer que escrevo com muito carinho e fico feliz por vocês estarem lendo 💕

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