A doninha saltitante

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Diário, você não vai acreditar! Draco foi transfigurado em uma doninha, foi bastante engraçado na hora.

O temporal já havia acabado quando amanheceu, embora o teto no Salão Principal continuasse ameaçador; pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no alto quando Charles, Astoria e eu examinavamos nossos novos horários ao café da manhã. A poucas cadeiras de distância, Pammy, Gisele e Albert Snow, um aluno do sexto ano, discutiam sobre o Torneio Tribruxo.

— Vamos ter Feitiços com a Corvinal e Trato das Criaturas Mágicas... Continua sendo com a Grifinória...

- Tenho dois tempos de Adivinhação hoje à tarde com os grifinorios. - comentei com ele.

— Tenho Herbologia com a Corvinal mais tarde. — disse Astoria.

— Nunca presto atenção em adivinhação, as vezes até leio livros aleatórios lá, gosto dessa aula. — falei enquanto brincava com os próprios dedos.

Acima de nós cem corujas entraram pelas janelas abertas, trazendo o correio da manhã. Instintivamente, olhei para o alto, vi duas das corujas dos Malfoy's uma delas vinha até mim, a outra ia até Draco. As corujas circularam sobre as mesas, procurando as pessoas a quem as cartas e pacotes eram endereçados. Uma corujona branca desceu até Gisele e depositou um envelope com um embrulho em seu colo, deve ser a roupa que ela pediu para a mãe comprar.

A coruja de Draco pousou em seu ombro trazendo sua remessa de doces e bolos de casa, logo a minha fez o mesmo, mais sapos de chocolate para mim!

Do outro lado do salão uma coruja Âmbar foi até Harry, Sirius deve ter comprado uma para não ficar precisando sempre de Edwiges, acho que nunca vi Potter recebendo cartas e coisas de casa, ele deve estar bastante feliz.

Na aula o Prof. Flitwick ensinou o feitiço Desino Lacesso que serve para cancelar um feitiço antes de atingir o alvo, achei interessante.

— É um feitiço bastante útil, está escrito nos livros de vocês como fazer os movimentos corretos com a varinha, prestem bem atenção. — disse o professor.

O professor lançou alguns feitiços em um boneco que servia de alvo e nós tínhamos que impedir que o atingissem, também fizemos anotações, menos Charles, ele já sabia esse assunto e não estava prestando muita atenção.

Uma sineta ressonante sinalizou o fim da aula e a turma se separou; os da Corvinal desceram a escada de pedra rumo à aula de Poções e os da Sonserina em direção à pequena cabana de madeira de Hagrid, que ficava na orla da Floresta Proibida, obviamente demorou um pouquinho para chegarmos lá.

- Acabaram de sair da casca – ouvi Hagrid informar orgulhoso –, por isso vocês vão poder criar os bichinhos pessoalmente! Achei que podíamos fazer uma pesquisa sobre eles!

–   E por que nós íamos querer criar esses bichos? – perguntou Draco, frio, enquanto Crabbe e Goyle davam risadas.

Ele estava me deixando cada vez com mais raiva ainda. Lhe lancei um olhar de censura que o mesmo fingiu não ter visto.

Hagrid pareceu embatucar com a pergunta.

- Quero dizer, o que é que eles fazem? – perguntou Draco. – Para que servem?

Hagrid abriu a boca, aparentemente fazendo um esforço para responder; houve uma pausa de alguns segundos, depois ele disse com aspereza:

- Isto é na próxima aula, Malfoy. Hoje você só vai alimentar os bichos. Agora vamos ter que experimentar diferentes alimentos... nunca os criei antes, não tenho certeza do que gostariam... tenho ovos de formiga, fígados de sapo e um pedaço de cobra, experimentem um pedacinho de cada.

Lynx Malfoy: O Torneio TribruxoOnde histórias criam vida. Descubra agora