A pista do ovo

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Todos acordaram tarde no dia seguinte ao Natal, que é feriado aqui na Grã-Bretanha. A sala comunal da Sonserina estava muito mais sossegada do que ultimamente, muitos bocejos pontuavam as conversas ociosas. Astoria conversava com seus amigos do segundo ano, Charles estava jogando xadrez bruxo com um garoto do terceiro ano, Pammy e Gisele conversavam sobre o baile e eu terminava um capítulo do livro que Hermione me deu de presente.

Harry me contou sobre a conversa que ouviu entre Hagrid e Madame Maxine, sabia que ele era um meio-gigante! Também me falou sobre a discussão entre Rony e Mione.

Agora era hora de pensar nos deveres de casa que tínhamos posto de lado na primeira semana de férias. Todos pareciam estar se sentindo pouco entusiasmados, agora que o Natal
terminara.

Eu tinha um problema, o dia vinte e quatro de fevereiro parecia bem mais perto, uma vez passado o Natal, e eu ainda não havia conseguido decifrar a pista que havia no ovo de ouro.

Portanto, passei a tirar o ovo do malão todas as vezes que subia ao dormitório, tentei ir na biblioteca pesquisar um pouco o que poderia significar aquele som mas não deu em nada. Não esqueci da dica que Cedrico me deu, na verdade ia tentar ir no banheiro dos monitores porém sempre arrumava alguma coisa para fazer e por fim me esquecia. Assim, chegou o primeiro dia do novo trimestre e fui para as aulas, sobrecarregada de livros, pergaminhos e penas, como de costume, mas também com essa preocupação a me pesar no estômago, como se o ovo fosse mais um peso a carregar para todo o lado comigo.

A neve continuava alta nos jardins e as janelas da estufa estavam cobertas por um vapor tão denso que não era possível enxergar através delas durante a minha aula de Herbologia. Ninguém estava ansioso para ir à aula de Trato das Criaturas Mágicas com um tempo desses, embora, os explosivins deixassem os alunos bem aquecidos, quer fazendo-os correr atrás deles, quer expelindo fogo pelo rabo.

Quando cheguei lá, porém, encontrei uma bruxa mais velha, com os cabelos grisalhos muito curtos e um queixo muito saliente, parada diante da porta da frente do professor.

– Vamos, andem, a sineta já tocou há cinco minutos – vociferou ela.

– Quem é a senhora? – perguntou Rony, mirando-a. – Aonde foi o Hagrid?

– Meu nome é Professora Grubbly-Plank – disse ela com eficiência. – Sou a professora temporária de Trato das Criaturas Mágicas.

– Aonde foi o Hagrid? – repetiu Harry em voz alta.

– Não está se sentindo bem – respondeu ela secamente.

Uma risada breve e desagradável chegou aos meus ouvidos. Olhei para trás e era Draco, sempre ele. A maioria dos sonserinos tinham um ar satisfeito, e nenhum pareceu surpreso de ver a Professora Grubbly-Plank.

– Por aqui, por favor – disse a professora e saiu contornando o picadeiro onde os enormes cavalos da Beauxbatons tremiam de frio. Harry, Rony, Hermione e eu a seguimos, olhando para trás, por cima do ombro, para a cabana de Hagrid. Todas as cortinas estavam corridas. Será que Hagrid estava ali, sozinho e doente?

– Que é que o Hagrid tem? – perguntou Harry, apressando o passo para alcançar a professora.

– Não é da sua conta – disse ela, como se achasse que o garoto estava sendo intrometido.

– Mas é da minha conta – disse Harry com veemência. – Que aconteceu com ele?

A Professora Grubbly-Plank continuou como se não o ouvisse. Conduziu-nos além do picadeiro
dos cavalos da Beauxbatons, todos agrupados tentando se proteger do frio, e em direção a uma árvore na orla da Floresta, onde encontraram amarrado um grande e belo unicórnio.

Lynx Malfoy: O Torneio TribruxoOnde histórias criam vida. Descubra agora