O Corvo ( Série Criaturas Noturnas - Livro 3 ) Concluída

Capítulo 2

Boa noite meus amores, sei que demorei um pouquinho. Mas agora estou aqui espero que gostem. 

O Corvo — Capítulo 2

Bram acendeu o cigarro e deu uma longa tragada, assim que toda fumaça saiu, colocou um pouco uísque no copo e apoiou um braço contra a grande janela do quarto, havia acabado de se instalar na mansão e olhou para o céu da pequena cidade de Cloud Fields. Aquele lugar era ótimo para ficar e bem o estilo dele. O problema era que estava bem mais populoso do que antes e isso resultava em perguntas e tudo mais. Ele bebeu o uísque e sentiu o líquido descer ardente por sua garganta.

Colocou o cigarro na boca novamente e tragou, fechou as cortinas longas e de cor negra da janela deixando o quarto mais sombrio do que já era, deu uma ultima tragada no cigarro e colocou no cinzeiro em cima da mesa.

Ele virou o pescoço de um lado para o outro e ouviu o estalo, ao lado observou a bolsa sobre o chão, pegou e abriu só havia um livro ali e uma chave que era parecida com a sua.

Bram coçou a barba e ergueu uma sobrancelha, largou a bolsa em cima da mesa, depois iria pensar em um jeito para devolver, se jogou sobre a cama grande e fofa e fechou os olhos.

Seus pensamentos foram diretos para a garota, os cabelos loiros meio presos até a altura dos ombros, os olhos esverdeados e lindos que pareciam ser duas esmeraldas de tão brilhantes, o nariz reto e o corpo tentador, ela tinha também, um cheiro extremamente gostoso, a expressão do olhar doce, inocente e assustado que o fez ficar louco, sem falar na boca que parecia ser macia. Se fosse a um tempo atrás ele não pensaria duas vezes antes de convence-la para ir até sua cama — e não seria difícil já que seu poder de persuasão era encantador —, bom isso eram outros tempos e já havia corrompido muitas donzelas inocentes, mas como aquela ali, nunca tinha visto, era intrigante.

Após uma leve batida na porta, ele deixou seus pensamentos para trás se levantou da cama e tirou o sobretudo.

— Entre. — Disse.

Então observou um homem tão alto quanto ele, entrar no cômodo.

Zaniel. O seu escudeiro confidente, irmão e melhor amigo.

— Você está quieto demais. Isso não é bom. — O homem explicou colocou as mãos sobre o bolso da calça.

Bram deu um sorriso e cruzou os braços se virando para o outro homem com os olhos cor de violetas, mesmo com aquela escuridão do quarto os olhos de Zaniel brilhavam. Aquilo se qualquer humano visse iria achar uma coisa de outro mundo. Mas para eles, era bem normal.

— Que bom por isso, como estão as coisas lá embaixo.

— Bom, a cozinheira já está por aqui, e você estava certo, cigana.

— Mas que droga, esse povo não era para estar extinto. — Resmungou sisudo. — Cozinha bem pelo menos?

— É bem jovem, creio que sim. — Zan deu ombros. — Tudo bem, o que está acontecendo?

— Nada, eu só não estou de bom humor agora. — Respondeu indo até o guarda roupa e escolhendo alguma limpa e foi indo até o banheiro.

— Ah esqueci de dizer o tal do conde de sei lá do que, até agora não decorei o nome desse imbecil, quer dar as boas-vindas ao lorde Stiffy, está preparando um baile para apresenta-lo a cidade, está ansioso por isso? — Questionou o irmão  de um jeito divertido.

— Ah que lindo! — Bram debochou e respirou fundo. — Tudo que eu mais queria agora era aparecer  em publico e deixar um bando de mulheres casadas excitadas.

— Você sabe lidar muito bem com elas. — Zombou o amigo cruzando os braços. — Vá logo nesse baile se apresente e depois isso termina, outra coisa... vai devolver a bolsa para a menina?