chapitre I.

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Seungwoo ainda não sabe se é dele ou se cada cidade realmente tem um aroma diferente e característico.

Quando chegou a Paris, jurou que nunca sentira um aroma semelhante. Quase como numa utopia, os acordeões acariciavam seus ouvidos com doces melodias, os casais andavam de mãos dadas pelas ruas movimentadas e as cafeterias se repetiam em cada canto, no entanto, cada um era único. Com um visual antigo e clientes de todas as idades, cada estabelecimento tentava o coreano a entrar e desfrutar de suas iguarias.

Com cada monumento histórico, seu coração ficava mais ligado à cidade, e a cada dia gasto no hotel barato com um charme de cidade pequena, ficava mais difícil para ele assimilar que em menos de uma semana iria embora. No entanto, quando chegou a hora de pegar o ônibus que o levaria até a próxima cidade, não mostrou nenhum pouco de melancolia pela cidade das estrelas. Disse adeus a ela com um "não vamos voltar a nos ver, Paris" e não se virou para vê-la uma última vez.

Quando chegou à cidade seguinte, Giverny, achou que a beleza de Paris era ridícula diante do que estava vendo. As flores recém-florescidas o saudaram e os pequenos riachos decorados com várias plantas aquáticas o cativaram de tal maneira que achava que estava vendo a representação contemporânea do céu. A poucos quilômetros de Vernon, caminhou por três dia de uma comuna a outra, permitindo viagens pitorescas de canoa e pequenos versos elaborados sobre a beleza do lugar. Desta vez, quando os dias passaram e estava de volta no ônibus em direção a Loan, decidiu despedir-se da bela comunidade devidamente.

Sua visita a Loan não influenciou muito em seu ensaio. Se comparasse suas anotações e reflexões escritas naquela cidade com as anteriores, elas seriam insignificantes. Então aproveitou a oportunidade para aproveitar o ambiente sem estar com um caderno nas mãos. Se dedicou a tirar fotos, a visitar as imponentes catedrais, a mergulhar nas ruas cheias de história e visitar os pequenos museus da região. Se despediu da belíssimas Loan com um aceno de mão e um "Ce fut un honneur!".

A visita a Le Touquet e suas praias foi como uma nostalgia quase ridícula. Apenas havia ficado longe de sua cidade por doze dias e encontrar-se com uma cidade com uma costa tão viva e parecida com a sua era como um balde de água fria. Ainda assim, passou os quatro dias felizes. Cada amanhecer era passado na costa, quando as pessoas ainda não haviam aparecido. Sentava-se na areia com a brisa fria do verão chicoteando seu corpo e a visão do sol nascendo do mar; ali ele tirava a caneta de tinta preta e seu caderno da mesma cor, pronto para escrever. Cada pôr do sol era gasto com seus companheiros de quarto, que desfrutavam da vida noturna com algumas bebidas no meio. Quando foi momento de ir, se despediu de suas recentes amizades e prometeu convidá-los um dia à Coréia. "avec le petit doigt".

A visita a Orleans foi breve e durou apenas uma noite, e embora no começo Seungwoo estivesse bravo com isso, percebeu que essa cidade não tinha muito a oferecer além de andar pelas ruas.

Quando o relógio bateu às sete e ele desceu do ônibus e pisou no chão de Amboise, jurou que se apaixonara. Perder-se nas ruas estreitas era quase um prazer e ao observar as varandas decoradas com as mais belas flores achou não merecer uma vista tão magnífica. Tomou o café da manhã na cafeteria mais pitoresca que encontrou e ali dentro se submergiu em seu caderno. Quando o café terminou e sua terceira meia lua também, decidiu se perder mais uma vez.

O que Seungwoo mais amou naquela cidade foi os habitantes e o comportamento deles. A forma como viviam entre si, a maneira como se cumprimentavam com dois beijos, como as casas quase minúsculas repletas de flores e videiras decoravam os extremos das ruas estreitas e parecia transportá-lo para um século totalmente diferente.

Quando chegou à praça principal, verificou a hora; Eram nove e meia. Acreditando que fosse mais tarde, sorriu e decidiu ir mais longe pelas ruas que este lugar tinha para oferecer.

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