Na manhã seguinte, Seungwoo foi acordado muito cedo. O sol espalhava seus raios diante de toda a humanidade e cada um deles parecia atingir o rosto de Seungsik, fazendo-o brilhar de uma maneira primorosa em sua frente.
- Tome seu tempo de manhã - disse, com um sorriso agradável em seus lábios - eu arrumei todas as roupas que você tirou deliberadamente no meu chão - riu - Acho melhor coloca-las.
Ao ouvi-lo, Seungwoo se sentou no sofá e olhou para baixo, dando-se conta de que ainda estava nu com apenas um manta em seu corpo enquanto o menino a sua frente estava completamente vestido. E em vez de corar de constrangimento, sorriu feliz e puxou o corpo de Seungsik para si, sentando-o em seu colo. Qual era a razão de sentir vergonha? O jovem francês já havia visto tudo sobre si.
Sabia que não deveria fazê-lo, depois de tudo não eram mais do que dois desconhecidos que haviam desfrutado de uma noite erótica apenas uma vez, mas não pôde evitar de beijá-lo assim que Seungsik virou o rosto para olha-lo nos olhos. O menor correspondeu ao beijo, que terminou logo assim começou. Acariciou suas costas nuas e afastou-se dele com um sorriso.
- Não quero ir.
O sorriso de Seungsik desapareceu e uma mistura de pena e tristeza tomou conta de seus olhos. Seu corpo já havia se afastado e Seungwoo estava desanimado no sofá, sem vontade alguma de se vestir; porque logo após de colocar as roupas já não haveria maiz razão para ficar, nenhuma desculpa para não se afastar do garoto que acariciava seus joelhos.
Suspirou resignado; não havia nada a fazer do que não seja aceitar a realidade. Quando terminou de se vestir em silêncio e sem a companhia de Seungsik, foi para fora da casa e o viu ao lado de suas flores, regando cada uma delicadamente, enquanto a suave brisa de verão movia seus cabelos; e naquele momento não havia força na terra capaz de deter seus impulsos. Juntou seu corpo ao do jovem por trás e sem esperar um segundo, beijou seu pescoço com delicadeza.
Seungsik deu um pequeno salto ao sentir os braços do maior o rodeando e suspirou ao ter os lábios úmidos entrando em contato com sua pele.
- Seungwoo... Por favor...
Os braços ao seu redor se uniram ainda mais ao corpo oposto, transmitindo a tranquilidade quase avassaladora que fez derreter seu coração.
- Alguém pode nos ver - disse entre suaves e quase inaudíveis suspiros. Riu internamente por essa desculpa ruim, mas se Seungwoo não se afastasse ele tampouco seria capaz de fazê-lo.
Em resposta, Seungwoo levou-o para trás de sua pequena casa e apoiou o pequeno corpo contra as dezenas de trepadeiras.
O mais novo suspirou pesadamente, como quando você sabe que vai perder algo não importa o que faça, e pegou a borda da camisa contrária na tentativa de atraí-lo para si. Ele correspondeu ao beijo desesperado de Seungsik com o seu próprio desespero, e se alguém os visse conhecendo sua história, em vez de tristeza, sentiria uma enorme angústia. Uma imensa pena pelos dois amantes que embora quisessem conhecer um ao outro mais afundo para talvez em algum futuro poderem ser mais do que apenas dois amantes, não podiam. Porque Seungwoo iria embora e o pouco que viveram se tornaria parte de uma memória que permaneceria secreta.
Logo depois do que para eles pareceram escassos segundos - quando na verdade foram mais de dez minutos - Seungsik se separou do outro e com um pequeno sorriso sussurrou em um de seus ouvidos.
- A que horas você estará saindo?
- Meu ônibus sai às duas - respondeu igualmente baixo, enquanto seus dedos acariciavam o cabelo oposto.
- Há tempo para eu te mostrar um lugar que eu gosto muito.
E com o mesmo sorriso com que anunciou as palavras, afastou-se dele e agarrou o regador que em algum momento havia soltado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ville de l'amour | 2seung.
FanfictionSeungwoo embarca em sua viagem à França para escrever um ensaio que vem rondando sua mente há meses. Seungsik acorda como todas as manhãs às dez horas e depois do café da manhã, sai para regar suas flores; só que agora acompanhado pelo olhar de um t...